A ex-prefeita da
capital potiguar, afastada, em outubro de 2012, do cargo pela Justiça, sob
suspeita de possível ligação com sistema fraudulento na Secretaria de Saúde de
Natal, entrega carta de desfiliação do Partido Verde, alegando que, "A partir de hoje minha trajetória política
está definitivamente encerrada". Em entrevista, ela, que é jornalista
e empresária, disse que se dedicará aos filhos e à própria saúde. A desistência
da vida pública talvez tenha sido influenciada pelo resultado da pesquisa realizada,
em outubro do ano passado, pelo Ibope, quando a população de Natal mostrou
quase total desaprovação da sua gestão por 95%. Segundo a diretora do Ibope,
esse índice é recorde da história política, tendo sido a pior avaliação já registrada pelo instituto em mais de 20 anos. Ela afirmou
que "Não temos nenhuma pesquisa de
avaliação de prefeitos pior do que a que verificamos na pesquisa de Natal".
Na sua última entrevista, a ex-prefeita disse que: "Eu como repórter política, considerava que os políticos tinham uma vida
perfeita, os rótulos eram muito fáceis. Hoje, conhecendo o outro lado, eu vejo
que a vida pública é muito dura, de cobranças, e percebi que os políticos são
seres humanos falíveis”. Como a sua administração deve ter sido mais do que
sofrível, deixando um legado para ser esquecido o mais rapidamente possível, a
sua despedida da vida pública é enorme contribuição aos seus partícipes, que
poderão tirar importantes lições da sua horrível administração, tirando
proveito no sentido de somente eleger pessoa qualificada e competente para
representá-los. Aliás, políticos com qualidades negativas e incapacidade
gerencial atestadas pela sociedade, como no caso em foco, deveriam ter a
dignidade de jamais se candidatar a cargos públicos eletivos, como forma de se
evitar desastrosa contribuição para seus representados. Seria muito importante para o país se 99,99%
ou mais dos políticos brasileiros tivessem a grandeza, a dignidade e a
honestidade que essa cidadã teve de reconhecer que a política não pode conviver
com as fragilidades pessoais, irresponsabilidades e incompetências gerenciais.
Com toda honestidade, ela teve sensibilidade e soube captar a realidade dos
fatos e aceitar a avaliação da sociedade, que, por certo se baseou no seu
trabalho medíocre e prejudicial à comunidade, que mereceu desaprovação de 95%,
quase a unanimidade da sociedade, que deixou muito claro que essa cidadã havia
prestado contribuição bastante negativa à população da sua cidade, porquanto
somente 5% ainda foram capazes de aprovar a sua administração, o que demonstra
o fiasco da sua participação na execução dos recursos públicos. Não há a
menor dúvida de que é muito difícil se evitar que políticos despreparados,
inaptos e irresponsáveis entrem na vida pública e, logo de início, assumem
importante atribuição de administrar o patrimônio da sociedade, mas, em
harmonia com os avanços e as conquistas da humanidade e a imprescindível
necessidade da eficiência na administração pública, deveriam haver mecanismos
capazes de impedir que má gestão e drásticos gerenciamentos continuem
prejudicando os interesses da sociedade. Urge que o sistema político brasileiro
seja reformulado, aprimorado, aperfeiçoado, tendo por finalidade a sua
modernidade, em especial para possibilitar o imediato afastamento de maus
políticos da vida pública, em benefício dos interesses nacionais. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 25 de abril de 2013
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