sexta-feira, 26 de abril de 2013

Basta de políticos incompetentes

A ex-prefeita da capital potiguar, afastada, em outubro de 2012, do cargo pela Justiça, sob suspeita de possível ligação com sistema fraudulento na Secretaria de Saúde de Natal, entrega carta de desfiliação do Partido Verde, alegando que, "A partir de hoje minha trajetória política está definitivamente encerrada". Em entrevista, ela, que é jornalista e empresária, disse que se dedicará aos filhos e à própria saúde. A desistência da vida pública talvez tenha sido influenciada pelo resultado da pesquisa realizada, em outubro do ano passado, pelo Ibope, quando a população de Natal mostrou quase total desaprovação da sua gestão por 95%. Segundo a diretora do Ibope, esse índice é recorde da história política, tendo sido a pior avaliação já registrada pelo instituto em mais de 20 anos. Ela afirmou que "Não temos nenhuma pesquisa de avaliação de prefeitos pior do que a que verificamos na pesquisa de Natal". Na sua última entrevista, a ex-prefeita disse que: "Eu como repórter política, considerava que os políticos tinham uma vida perfeita, os rótulos eram muito fáceis. Hoje, conhecendo o outro lado, eu vejo que a vida pública é muito dura, de cobranças, e percebi que os políticos são seres humanos falíveis”. Como a sua administração deve ter sido mais do que sofrível, deixando um legado para ser esquecido o mais rapidamente possível, a sua despedida da vida pública é enorme contribuição aos seus partícipes, que poderão tirar importantes lições da sua horrível administração, tirando proveito no sentido de somente eleger pessoa qualificada e competente para representá-los. Aliás, políticos com qualidades negativas e incapacidade gerencial atestadas pela sociedade, como no caso em foco, deveriam ter a dignidade de jamais se candidatar a cargos públicos eletivos, como forma de se evitar desastrosa contribuição para seus representados. Seria muito importante para o país se 99,99% ou mais dos políticos brasileiros tivessem a grandeza, a dignidade e a honestidade que essa cidadã teve de reconhecer que a política não pode conviver com as fragilidades pessoais, irresponsabilidades e incompetências gerenciais. Com toda honestidade, ela teve sensibilidade e soube captar a realidade dos fatos e aceitar a avaliação da sociedade, que, por certo se baseou no seu trabalho medíocre e prejudicial à comunidade, que mereceu desaprovação de 95%, quase a unanimidade da sociedade, que deixou muito claro que essa cidadã havia prestado contribuição bastante negativa à população da sua cidade, porquanto somente 5% ainda foram capazes de aprovar a sua administração, o que demonstra o fiasco da sua participação na execução dos recursos públicos. Não há a menor dúvida de que é muito difícil se evitar que políticos despreparados, inaptos e irresponsáveis entrem na vida pública e, logo de início, assumem importante atribuição de administrar o patrimônio da sociedade, mas, em harmonia com os avanços e as conquistas da humanidade e a imprescindível necessidade da eficiência na administração pública, deveriam haver mecanismos capazes de impedir que má gestão e drásticos gerenciamentos continuem prejudicando os interesses da sociedade. Urge que o sistema político brasileiro seja reformulado, aprimorado, aperfeiçoado, tendo por finalidade a sua modernidade, em especial para possibilitar o imediato afastamento de maus políticos da vida pública, em benefício dos interesses nacionais. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 25 de abril de 2013

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