Um forte grupo do PT,
que pretende se transformar na segunda maior força dentro do partido, se
apresentou para a eleição interna com a plataforma de combater a corrupção e
punir os atos irregulares, inclusive com relação à própria agremiação. O grupo diz
que o PT deve “dar tratamento específico
e diferenciado à temática da corrupção”. No entanto, quanto ao passado, não
fazendo qualquer menção direta ao escândalo do mensalão, o grupo entende que “Uma coisa é a solidariedade a companheiros e
companheiras frente a armações e acusações falsas. Outra é a timidez e o
constrangimento de agir perante erros notórios de petistas numa dada frente
institucional. A inação das instâncias dirigentes do partido, seja para
defender ativamente militantes injustamente atacados, seja para tomar medidas
disciplinares cabíveis, quando isso se colocar, tem ajudado a nos empurrar para
a vala comum da pior tradição política brasileira”. Chega a ser risível que, no auge da aprovação do governo petista, com as
pesquisas batendo sucessivos recordes, nenhum grupo do partido sequer imaginava
se tornar ético e condenar a corrupção. Ao contrário, a sua atitude foi de
deboche, prepotência e de arrogância, sempre tripudiando a sociedade, ao ignorar
os atos de corrupção, inclusivo o mais famoso escândalo da história
republicana, o famigerado mensalão, que jamais existiu, para o PT. À
unanimidade, os petistas insistiam em defender os quadrilheiros condenados pelo
Supremo Tribunal Federal, apesar de as cristalinas e robustas provas materiais,
testemunhais, periciais e tantas outras lícitas confirmarem a roubalheiras aos
cofres públicos, com o desvio de dinheiros públicos para pagamento da indecente
compra de votos de indecorosos parlamentares, para apoiar projetos do governo
no Congresso Nacional. Também é engraçado tentar negar as ilicitudes do
passado, depois de o partido ter se beneficiado dos seus afeitos maléficos.
Fica muito difícil se acreditar nessas “boas” tentativas de enxergar a
desonestidade e de mudar de atitude somente depois de a materialização dos atos
de corrupção surtir efeitos negativos e prejudiciais aos objetivos da
agremiação, com a percepção de que a opinião pública, indignada, condena nas
ruas a leniência do governo petista com a corrupção e a impunidade. Até então, os
“malfeitos” são considerados atos normais pelos petistas, sob a justificativa
de que os políticos cometem atos ilícitos de corrupção com recursos públicos,
como se os erros de outrem pudessem justificar os pecados da humanidade. A
sociedade deve se conscientizar de que os atos desonestos e indignos protagonizados
pelo PT já deixaram indeléveis marcas da sua capacidade destruidora da ética,
da moral e do decoro na política, em contrariedade aos consagrados princípios da
democracia. Não há como acreditar nas pretensões de ala do PT, tendo em conta
tudo de ruim que o partido já foi capaz de produzir em prejuízo aos interesses
da sociedade, ao cometer o maior estelionato eleitoral que se tem conhecimento
na história brasileira, quando prometia combater a ladroagem, roubalheira,
politicagem, o fisiologismo e tantos malfeitos na política, mas, ao chegar ao
poder, não teve o menor pudor de fazer parte da mesma sociedade dos
"bons" amigos antes considerados picaretas e desonestos. A verdade é
que a conquista do poder e a perenidade nele motivaram brusca mudança do
caráter de quem se dizia ético e defendia a honestidade na política e na
administração pública. Agora, a sociedade se despertou da eterna letargia, ao
enxergar a verdadeira ideologia programática da politicagem praticada
exclusivamente para beneficiamento dos interesses partidários, com o claro
objetivo de se manter no poder, não importando os fins escusos empregados para
o seu atingimento, em evidente prejuízo das causas da sociedade e do país. O povo precisa se conscientize de que as
promessas petistas em apreço não diferem daquelas apresentadas antes da
conquista do poder, fato que ajuda a se concluir que as presentes intensões não
merecem o menor crédito, em face da brutal desmoralização pelo PT dos
princípios éticos e morais. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 26 de julho de 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário