sábado, 27 de julho de 2013

A marca indelével do estelionato eleitoral

Um forte grupo do PT, que pretende se transformar na segunda maior força dentro do partido, se apresentou para a eleição interna com a plataforma de combater a corrupção e punir os atos irregulares, inclusive com relação à própria agremiação. O grupo diz que o PT deve “dar tratamento específico e diferenciado à temática da corrupção”. No entanto, quanto ao passado, não fazendo qualquer menção direta ao escândalo do mensalão, o grupo entende que “Uma coisa é a solidariedade a companheiros e companheiras frente a armações e acusações falsas. Outra é a timidez e o constrangimento de agir perante erros notórios de petistas numa dada frente institucional. A inação das instâncias dirigentes do partido, seja para defender ativamente militantes injustamente atacados, seja para tomar medidas disciplinares cabíveis, quando isso se colocar, tem ajudado a nos empurrar para a vala comum da pior tradição política brasileira”.  Chega a ser risível que, no auge da aprovação do governo petista, com as pesquisas batendo sucessivos recordes, nenhum grupo do partido sequer imaginava se tornar ético e condenar a corrupção. Ao contrário, a sua atitude foi de deboche, prepotência e de arrogância, sempre tripudiando a sociedade, ao ignorar os atos de corrupção, inclusivo o mais famoso escândalo da história republicana, o famigerado mensalão, que jamais existiu, para o PT. À unanimidade, os petistas insistiam em defender os quadrilheiros condenados pelo Supremo Tribunal Federal, apesar de as cristalinas e robustas provas materiais, testemunhais, periciais e tantas outras lícitas confirmarem a roubalheiras aos cofres públicos, com o desvio de dinheiros públicos para pagamento da indecente compra de votos de indecorosos parlamentares, para apoiar projetos do governo no Congresso Nacional. Também é engraçado tentar negar as ilicitudes do passado, depois de o partido ter se beneficiado dos seus afeitos maléficos. Fica muito difícil se acreditar nessas “boas” tentativas de enxergar a desonestidade e de mudar de atitude somente depois de a materialização dos atos de corrupção surtir efeitos negativos e prejudiciais aos objetivos da agremiação, com a percepção de que a opinião pública, indignada, condena nas ruas a leniência do governo petista com a corrupção e a impunidade. Até então, os “malfeitos” são considerados atos normais pelos petistas, sob a justificativa de que os políticos cometem atos ilícitos de corrupção com recursos públicos, como se os erros de outrem pudessem justificar os pecados da humanidade. A sociedade deve se conscientizar de que os atos desonestos e indignos protagonizados pelo PT já deixaram indeléveis marcas da sua capacidade destruidora da ética, da moral e do decoro na política, em contrariedade aos consagrados princípios da democracia. Não há como acreditar nas pretensões de ala do PT, tendo em conta tudo de ruim que o partido já foi capaz de produzir em prejuízo aos interesses da sociedade, ao cometer o maior estelionato eleitoral que se tem conhecimento na história brasileira, quando prometia combater a ladroagem, roubalheira, politicagem, o fisiologismo e tantos malfeitos na política, mas, ao chegar ao poder, não teve o menor pudor de fazer parte da mesma sociedade dos "bons" amigos antes considerados picaretas e desonestos. A verdade é que a conquista do poder e a perenidade nele motivaram brusca mudança do caráter de quem se dizia ético e defendia a honestidade na política e na administração pública. Agora, a sociedade se despertou da eterna letargia, ao enxergar a verdadeira ideologia programática da politicagem praticada exclusivamente para beneficiamento dos interesses partidários, com o claro objetivo de se manter no poder, não importando os fins escusos empregados para o seu atingimento, em evidente prejuízo das causas da sociedade e do país.  O povo precisa se conscientize de que as promessas petistas em apreço não diferem daquelas apresentadas antes da conquista do poder, fato que ajuda a se concluir que as presentes intensões não merecem o menor crédito, em face da brutal desmoralização pelo PT dos princípios éticos e morais. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 26 de julho de 2013

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