A presidente da República,
em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo,
afirmou que não haverá redução na quantidade de ministérios. Ela foi enfática,
ao afirmar que “Não estou cogitando isso.
Não acho que reduza custos. As medidas de redução de custeio, nós tomamos todas
(sem mencioná-las). E sabe o que
acontece? Vão querer cortar os ministérios de Direitos Humanos, Igualdade
Racial, Política para as Mulheres. São pastas sem a máquina de outros. Mas são
fundamentais. Política de cotas, por exemplo: só fizemos porque tem gente que
fica ali, ó, exigindo”. Na entrevista, a presidente garantiu que sabe o
nome dos titulares dos 39 ministérios, porque está sempre em contato com eles “o tempo inteirinho”, tendo concluído: “De todos. E todos eles ficam atrás de mim (sic). Eu acho fantástico vocês (jornalistas)
acharem que, nesse mundo de mídias, o
despacho seja apenas presencial. Os ministros passam o tempo inteirinho me
mandando e-mail, telefonando, conversando”. A atitude da presidente de
resistir ao enxugamento de uma penca de ministérios inúteis e dispensáveis
contraria frontalmente os clamores das ruas, que exigem, além da administração
eficiente do país, com a priorização das ações e políticas públicas, a
racionalização dos serviços públicos, como forma inteligente de gestão dos
recursos do povo, independentemente das ideologias programáticas do escrachado
fisiologismo que busca o firme objetivo de perpetuação no poder, em flagrante
prejuízo aos interesses da nação. Os brasileiros precisam assimilar muito bem a
forma nefasta como o país está sendo administrado, sem a menor preocupação com
os princípios ético, moral, racional e econômico. O PT abomina qualquer reforma para aperfeiçoar e modernizar a
administração pública, mesmo que isso se torne mais do que necessário e
importante para a racionalização, eficiência e economia dos gastos públicos. A
falta de iniciativa para melhorar a eficiência do funcionamento da máquina
pública é nitidamente prejudicial aos interesses do país, que ressente não
somente da reforma administrativa, mas também das demais reformas estruturais,
tão indispensáveis neste momento em que as manifestações de protestos contra o
desgoverno e a falta de prioridades das políticas públicas exigem medidas
sensatas em benefício das causas sociais e nacionais. As funções de pelo menos
25 ministérios podem perfeitamente ser desempenhadas por subsecretarias de
ministérios sintonizados com as respectivas áreas, com ganho de qualidade,
eficiência e principalmente em economicidade, em decorrência da eliminação de
milhares de funções e cargos comissionados absolutamente inúteis e
dispensáveis, que existem apenas para a manutenção do indecente “cabideiro” de
empregos dos asseclas, despreparados e incompetentes, em atendimento ao recriminável
compadrio no serviço público, contribuindo para evidente desperdício de
dinheiro dos bestas dos contribuintes. Constituem tremenda ingenuidade e
descomunal incompetência quanto à gestão de recursos públicos a presidente
dizer que não há redução de gastos, no caso da diminuição de ministérios, à
vista da demonstração da falta de conhecimento e de planejamento da gestão dos
serviços públicos. A extrema dificuldade para a redução do número de
ministérios prende-se ao fato de que, estando eles loteados entre os partidos
políticos, em troca de apoio ao governo nos seus interesses no Congresso
Nacional e no principal projeto do PT, que é a reeleição da presidente, não há
como extingui-los antes da próxima eleição, sob pena da quebra do espúrio compromisso
envolvendo órgãos públicos. Por sua vez, em se tratando da permanência no
poder, o PT não tomará nenhuma medida que possa contribuir para a contenção dos
gastos públicos, que consistiria no caso da diminuição de ministérios, além do
que isso implicaria a perda do apoio dos partidos para os quais eles foram
loteados e ainda comprometeria as inescrupulosas alianças políticas e o tempo
do horário eleitoral. A sociedade tem a obrigação de interpretar as declarações
afirmativas da presidente como medidas bastante prejudiciais ao interesse do
país e aos princípios da modernidade administrativa, ante a impossibilidade da
redução dos gastos públicos, em virtude da elevada manutenção de excessiva
quantidade de ministérios ociosos, inoperantes, ineficientes
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 29 de julho de 2013
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