quinta-feira, 25 de julho de 2013

Clamor por eficiência e competência


As lideranças do PSB descartam a menor chance de o governador pernambucano fazer composição com eventual candidatura do ex-presidente da República petista, assegurando que o “dono” do PT não será candidato e o partido socialista terá seu concorrente à Presidência da República, na pessoa do seu principal representante, o citado governador, haja vista que seu partido tem 100% convicção de que quer materializada a candidatura própria ao Palácio do Planalto em 2014: “Queremos nosso protagonismo”. Em sua opinião, o governador, além de jovem, já demonstrou ser dinâmico e gestor experiente com as questões levantadas nas manifestantes de protestos. À medida que o povo começa a enxergar o quanto o Brasil vem sendo prejudicado com a administração de governos incompetentes, corruptos e compromissado tão somente com alianças e conchavos eleitoreiros e interesseiros, a máscara dos políticos que têm projeto estratégico na perenidade no poder vem decaindo de, forma visível e progressiva, da preferência do eleitorado, porque isso compromete a situação dos aliados nos projetos políticos, como no caso do governador de Pernambuco. Ele já deve ter percebido que o endeusamento do "todo-poderoso" vem sumindo emparelhado com a vertiginosa perda da credibilidade do povo brasileiro na melhoria das suas condições de vida. Os protestos das ruas tiveram o condão de mostrar que os donos do Brasil são o povo e não os políticos populistas, que cresceram na vida pública com respaldo em campanhas publicitárias milionárias, à custa dos bestas dos brasileiros. Há fortes indícios de que a hipocrisia política vem perdendo espaço no país, que não aguenta tanto desgoverno, assoberbado de ministérios que não sabem qual a real finalidade senão servir de cabides de emprego para os amigos das ilegítimas coalizões, em troca de apoio político aos projetos do governo no Congresso Nacional, configurando promíscua relação de alianças contrárias ao interesse do país e aos princípios da administração pública, uma vez que as causas nacionais são colocadas em planos secundários, à vista das mazelas visivelmente materializadas em todos os segmentos das atividades e ações de competência constitucional do Estado. Prova disso são os precários atendimentos na saúde pública, na segurança pública, na educação, no sistema de transportes públicos e demais políticas públicas, que funcionam diametralmente contrárias à propalada eficiência da mesma máquina pública arrecadadora dos altíssimos tributos impingidos aos sobrecarregados brasileiros, que recebem muito pouco em contrapartida de serviços públicos. Apesar de o governo reconhecer a sua incompetência depois das movimentações dos protestos das ruas, ainda não foi capaz de mostrar nada de efetividade que pudesse amenizar ou interromper o caos que grassa no país. Não obstante, o governo se vangloria do programa Bolsa Família, seu “maná” sistema eleitoreiro, mas comprovadamente executado sem o devido controle sobre os reais beneficiários, que deveriam ser os necessitados e as famílias pobres. Esse programa ajuda a manter e sustentar a arrogância do governo, que vem alegando fazer tudo para o povo, como se isso fosse somente o que ele precisa e se a verba comprometida não se originasse dos bestas dos cidadãos. O Brasil precisa, com urgência, de mudança de rumo da sua administração e de competência e eficiência da sua gestão, para que os programas de governo tenham por meta o interesse do país e da sociedade e a administração pública possa ser profundamente reformada, com vistas à modernização e eficiência do país, com a extinção das práticas fisiológicas, medidas populistas, alianças inescrupulosas e dos compadrios destinados aos ruidosos apoios e à politicagem interesseiros e recompensadores, contrários aos interesses públicos e recriminados pelos princípios salutares da democracia. Urge que a mentalidade política dos homens públicos seja profundamente reformada, de modo que possa haver conscientização de que a verdadeira democracia não condiz com os procedimentos retrógrados e obsoletos vigentes, por beneficiarem, de forma indevida, as classes dominantes, em claro detrimento das reais causas nacionais. Acorda, Brasil!

 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES

 
Brasília, em 24 de julho de 2013

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