O último candidato
tucano à Presidência da República flerta com aproximação ao Partido Verde, como
forma de viabilizar a sua candidatura a esse cargo, por considerar que isso é
importante para seu projeto político. Embora seu destino político ainda
seja incerto, o tucano assegura aos amigos que está apenas “conversando”, a fim
de se definir com relação aos próximos passos na política. O tucano já teve
encontro com o presidente nacional desse partido, conversando sobre questões da
política em geral, inclusive acerca das perspectivas para a eleição, tendo em
conta que os recentes protestos das ruas podem influenciar nas mudanças do
quadro eleitoral brasileiro. É impressionante como os políticos não têm sensibilidade, a exemplo do
eterno candidato presidencial tucano, para entender que o cavalo encilhado
passa somente uma vez e a oportunidade não pode ser perdida. O tucano já teve
duas importantes ocasiões para ganhar fácil, fácil, dos petistas e não
conseguiu mostrar competência para se tornar vitorioso. Bastava ter tido um
pouquinho de perspicácia para revelar ao eleitorado as deficiências da
administração petista, materializadas na falta de programa de governo. O erro
capital do tucano foi não apresentar à nação programa capaz de atacar ponto a
ponto o descaso generalizado com a coisa pública pelo governo petista e a forma
precisa e eficiente do PSDB para gerenciar a nação. As mazelas começavam pela
saúde, onde o Sistema Único de Saúde já se mostrava grande recebedor de
dinheiros, mas eficiente desperdiçador de verbas, mediante a má gestão e a
evidente falta de controle dos dispêndios, permitindo que a assistência à saúde
seja desastrosa e as pessoas morram dentro dos hospitais, totalmente sucateados
e obsoletos. Idênticas precariedades já eram visíveis, à época, na educação, nos
transportes públicos, na segurança pública, no saneamento básico, na
infraestrutura e nas políticas públicas em geral, onde seus funcionamentos indicavam
as piores deficiências e a falta de prioridades, à vista da grandeza econômica
do país, posicionado entre as maiores potências econômicas do mundo, mas figurando
no topo das piores do planeta, em termos de qualidade de vida do seu povo, se
considerados os índices de avaliação de desenvolvimento de recursos humanos, pelos
organismos internacionais. O tucano, considerado economista de escol, não teve
competência para mostrar a incapacidade gerencial dos petistas, cujo governo se
beneficia de arrecadações batendo recordes sucessivos, mas a gestão do país
continuava no marasmo, sem transformação na melhoria de vida do povo. Na última
eleição, o tucano ficou discutindo com a candidata petista questões
relacionadas a abortos, privatizações e outras situações religiosas, perdendo
preciosos segundos na discussão de programa de governo e deixando de mostrar a
maneira e as condições de eficiência capazes de promover transformações na gestão
do país e revolução na forma de administrar o país, tendo por base a eliminação
do fisiologismo consolidado na administração pública, mediante o loteamento dos
órgãos públicos aos aliados das espúrias coalizões de governo; o
estabelecimento de prioridades das ações e políticas públicas; o assessoramento
de pessoas tecnicamente qualificadas para dirigir a administração pública; a
exterminação dos cabides de empregos no serviço público; o enxugamento da
pesadíssima máquina pública; enfim, com a implantação do sistema de mérito e de
eficiência na gestão dos recursos públicos, observados os princípios
constitucionais da ética, moralidade, legalidade, transparência e
economicidade, tendo em conta a satisfação das necessidades essenciais dos
brasileiros. O tucano poderia ter se comprometido com a implementação das
indispensáveis reformas estruturais do Estado, principalmente com a diminuição
drástica da insuportável carga tributária, que contribui não somente para
sacrificar o custo de vida da população, mas atravancar o desenvolvimento do
parque industrial, impedindo que a produção nacional consiga deslanchar, em
virtude da falta de competitividade com os produtos importados; a modernização
e o aperfeiçoamento dos sistemas educacional, previdenciário, trabalhista,
político-eleitoral, administrativo, tecnológico etc. O Brasil precisa, com
urgência, de homens públicos que tenham competência, preparo de estadista e
disposição para implantar medidas de vanguarda e administrar programas de
governo realistas, em condições de revolucionar os pilares da economia, da
política, da sociedade e dos setores substanciais e indispensáveis ao
desenvolvimento do país, mediante a transformação das ruindades do atual
governo em realizações benéficas e profícuas para a população, tendo a
sensibilidade e a humildade de convocar o povo, a par da sua grandeza, para
participar efetivamente da implantação de uma nova nação, com vistas à
construção do Brasil autêntico, solidário e verdadeiro. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 25 de julho de 2013
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