Segundo notícia
veiculada pela imprensa, assessores do Palácio do Planalto constataram que
parcela de parlamentares do PT, em torno de vinte deputados, demonstram atitudes
políticas visando isolar a presidente da República no Congresso Nacional. Esses
petistas descontentes com a atuação presidencial se associam à liderança do maior
aliado ao governo na Câmara, o PMDB, e a outras agremiações governistas. Em
conjunto e nos bastidores, eles estão minando projetos palacianos, a exemplo da
proposta do plebiscito para a reforma política, ao considerá-la inviável para o
fluente ano. Noticia-se que “Esse grupo
petista é pragmático e avalia que Lula tem mais chance do que Dilma na eleição
de 2014”, razão por que ganha cada vez mais ressonância dentro do partido o
lema “Volta, Lula”. A volta ao poder
do “todo-poderoso” não constitui nenhuma novidade, porque isso já estava
programado mesmo antes de ele deixar o governo. A sua ausência do Alvorada deve
ter sido especialmente planejada, tendo por objetivo aperfeiçoamento da técnica
gerencial, tão carente na sua passagem pelo governo, que contribuiu para o
retrocesso do país. O tanto de maldade que o ex-presidente petista fez ao país
e aos brasileiros não era nem para o seu nome ser lembrado para cargo público
nenhum, diante da comprovada incompetência gerencial e administrativa. Ele não
teve iniciativa para promover nenhuma reforma estrutural no seu governo,
contribuindo para que o custo Brasil seja principal causador do empecilho à
competitividade da produção nacional e do pífio desempenho do parque industrial,
que se encontra em processo de completa estagnação. Ele prestigiou a
indignidade no serviço público, ao se coligar com os políticos que antes de chegar
ao poder os qualificava de ladrões, corruptos, incompetentes, aproveitadores dos
cofres públicos e outros adjetivos que foram transformados aliados do seu
governo. O maior escândalo de roubalheira da história republicana ocorreu
dentro do Palácio do Planalto, ao lado do seu gabinete, mas ele jurou que não
sabia nem viu nada. Não fosse o Supremo Tribunal Federal, que condenou os
integrantes da quadrilha do mensalão, liderada pela cúpula do seu partido, o
rombo nos cofres públicos não teria passado de simples malfeito, como é
denominado pela presidente caso de corrupção ocorrido no governo petista. Foi
no governo dele que os ministérios foram loteados entre partidos aliados, numa
espécie de toma lá, dá cá, em troca de apoio aos projetos do governo no
Congresso Nacional. No seu governo, as ações e políticas públicas não tiveram
prioridades, permitindo a péssima qualidade ou a falta de atendimento básico na
saúde, educação, segurança pública, nos transportes, no saneamento básico,
entre outras deficiências, que culminaram com as manifestações de protestos
contra o desgoverno e a incompetência gerencial do país. Muitas pessoas menos
esclarecidas ou não interessadas em enxergar as mazelas do país ainda acham que
o governo petista foi capaz de melhorar as condições de vida dos brasileiros,
mas evitam refletir sobre qual estágio o Brasil se encontraria agora se, no
período desse governo, a nação fosse gerenciada por pessoa competente, que
tivesse a qualificação e o preparo compatíveis com as riquezas e potencialidades
do país e compreender que a pesada carga tributária não condiz em absoluto com
o que o Estado faz para o povo. Caso o povo tivesse a dignidade de avaliar o
quanto o governo petista tem sido prejudicial ao país, por tudo de ruim que foi
por ele protagonizado e de bom que ele deveria ter implementado, iria perceber
facilmente que o país simplesmente passou por processo de terrível retrocesso
social, político, econômico, científico, tecnológico e gerencial. Urge que a
sociedade se desperte da prejudicial letargia que dificulta enxergar as mazelas
e as precariedades do país e seja capaz de vislumbrar novos horizontes de
desenvolvimento da nação, mediante o gerenciamento da administração pública com
competência técnica e qualificação profissional, imune às abomináveis coalizões
espúrias e fisiológicas. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 13 de julho de 2013
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