sexta-feira, 21 de março de 2014

A distorção da realidade dos fatos

A última pesquisa Ibope divulgada pela mídia atribui 40% das intenções de voto para a presidente da República, se a eleição presidencial fosse agora. Em seguida, vem o senador tucano, que teve a preferência de 13%, e o terceiro colocado é o governador de Pernambuco, com apenas 6% dos eleitores pesquisados. Segundo o site do G1.Globo, a mandatária do país, mantido o cenário verificado na pesquisa, é muito provável que a presidente se reelegeria já no primeiro turno, considerando que a soma das intenções de voto dos demais candidatos seria inferior ao percentual obtido por ela. A pesquisa revela que 12% dos entrevistados não responderam ou não sabem em quem vão votar, enquanto 24% declararam que vão votar em branco ou nulo. Nessa pesquisa, segundo o instituto responsável por ela, foram ouvidos 2.002 eleitores. Essas pesquisas devem servir apenas para alimentar segundas intenções, principalmente para manter na lembrança do povão e na mídia o nome da presidente da República, que tem o maior interesse de estar em evidência e não ser esquecida pelo noticiário do país, em especial porque os candidatos que disputarão a eleição somente serão conhecidos oficialmente em junho vindouro, quando os partidos poderão realizar convenções para definição dos nomes dos candidatos. No momento, essas pesquisas não passam de engodo, para enganar a sociedade menos preparada e ingenuamente consciente quanto à realidade da verdadeira administração do país, que tem a condição voltada exclusivamente para a reeleição da presidente, com a continuidade do PT no poder, contribuindo para que a nação se distancie ainda mais do mundo desenvolvido, econômico e democraticamente. Na realidade, as pesquisas de intenção de voto, na forma como estão sendo realizadas, representam enorme desserviço para os interesses nacionais e o povo brasileiro, pelo fato de que a presidente da República, com o elevado índice de aprovação, poder imaginar-se que vem realizando bom governo ou até mesmo que está governando, quando, na verdade, os fatos demonstram uma realidade bem diferente, porque a administração do país não consegue vislumbrar senão o engajamento do projeto governamental da reeleição, cuja meta envolve inclusive o inadmissível uso da máquina pública na campanha da reeleição, em irregular antecipação do pleito e contrariedade às normas aplicáveis à campanha eleitoral. É absolutamente inaceitável que a população demonstre sua indignação, nos protestos das ruas, contra o desgoverno, a falta de efetividade de ações em benefício do povo e a inexistência de investimentos em obras de impacto no país, a exemplo da construção de pomposo porto em Cuba, com recursos dos bestas dos brasileiros, que é obrigado a pagar altíssimos tributos, para ter contraprestação de qualidade inferior, quando tem, mas, mesmo assim, diante de tão inexpressiva representatividade de apenas 2.002 eleitores, seja possível a aprovação à continuidade de governo que vem contribuindo para potencializar o subdesenvolvimento do país, não permitindo que a nação cresça econômica e socialmente. Nem mesmo com o maior esforço e a melhor da boa vontade, fica difícil compreender como o G1.Globo consegue concluir, com tamanha naturalidade, que a presidente da República seria reeleita, agora, tendo o respaldo de tão somente 2.002 eleitores pesquisados, entre aproximadamente 140 milhões de eleitores, distribuídos em diferentes regiões do país. Na verdade, essas pesquisas não podem ter o mínimo de validade, em termos de credibilidade, para se concluir quanto à verdadeira preferência do eleitorado. Elas servem, sem dúvida alguma, para distorcer a realidade dos fatos, dando a impressão de que alguém teria vantagem, com base em situação de desigualdade de quem está em evidência na mídia e em campanha antecipada, em detrimento das condições dos demais candidatos. Além do mais, as pesquisas não guardam o mínimo de coerência dos fatos protagonizados pela mandatária do país com os resultados desastrosos até agora obtidos pelo governo, a exemplo dos seguidos desempenhos pífios do Produto Interno Bruto – PIB, do ineficiente gerenciamento da administração pública, com o espúrio inchamento dos ministérios e das empresas estatais, totalmente descoordenados quanto às finalidades primaciais do Estado, da quebradeira da Eletrobrás e da Petrobras, entre tantos malogros que são a marca desse governo. A sociedade deve se conscientizar, com urgência, sobre a real necessidade de se evitar que o governo, à vista da sua vasta demonstração de muitas precariedades de gestão, de falta de iniciativas e de condições gerenciais, já demonstradas, para reformular as estruturas do Estado, como instrumento capaz de propiciar políticas de fomento ao desenvolvimento do país, continue a administrar a nação tão ávida de eficiência, competência e responsabilidade quanto à fiel observância aos princípios da administração pública, no que diz respeito à ética, moralidade, legalidade, transparência, economicidade, entre outros. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 20 de março de 2014

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