A última pesquisa
Ibope divulgada pela mídia atribui 40% das intenções de voto para a presidente da
República, se a eleição presidencial fosse agora. Em seguida, vem o senador tucano,
que teve a preferência de 13%, e o terceiro colocado é o governador de
Pernambuco, com apenas 6% dos eleitores pesquisados. Segundo o site do
G1.Globo, a mandatária do país, mantido o cenário verificado na pesquisa, é
muito provável que a presidente se reelegeria já no primeiro turno,
considerando que a soma das intenções de voto dos demais candidatos seria
inferior ao percentual obtido por ela. A pesquisa revela que 12% dos
entrevistados não responderam ou não sabem em quem vão votar, enquanto 24%
declararam que vão votar em branco ou nulo. Nessa pesquisa, segundo o instituto
responsável por ela, foram ouvidos 2.002 eleitores. Essas pesquisas devem servir apenas para alimentar segundas intenções,
principalmente para manter na lembrança do povão e na mídia o nome da
presidente da República, que tem o maior interesse de estar em evidência e não
ser esquecida pelo noticiário do país, em especial porque os
candidatos que disputarão a eleição somente serão conhecidos oficialmente em
junho vindouro, quando os partidos poderão realizar convenções para definição
dos nomes dos candidatos. No momento, essas pesquisas não passam de engodo,
para enganar a sociedade menos preparada e ingenuamente consciente quanto à
realidade da verdadeira administração do país, que tem a condição voltada
exclusivamente para a reeleição da presidente, com a continuidade do PT no
poder, contribuindo para que a nação se distancie ainda mais do mundo
desenvolvido, econômico e democraticamente. Na realidade, as pesquisas de intenção de voto, na
forma como estão sendo realizadas, representam enorme desserviço para os
interesses nacionais e o povo brasileiro, pelo fato de que a presidente da
República, com o elevado índice de aprovação, poder imaginar-se que vem
realizando bom governo ou até mesmo que está governando, quando, na verdade, os
fatos demonstram uma realidade bem diferente, porque a administração do país
não consegue vislumbrar senão o engajamento do projeto governamental da
reeleição, cuja meta envolve inclusive o inadmissível uso da máquina pública na
campanha da reeleição, em irregular antecipação do pleito e contrariedade às
normas aplicáveis à campanha eleitoral. É absolutamente inaceitável que a
população demonstre sua indignação, nos protestos das ruas, contra o
desgoverno, a falta de efetividade de ações em benefício do povo e a inexistência
de investimentos em obras de impacto no país, a exemplo da construção de
pomposo porto em Cuba, com recursos dos bestas dos brasileiros, que é obrigado
a pagar altíssimos tributos, para ter contraprestação de qualidade inferior,
quando tem, mas, mesmo assim, diante de tão inexpressiva representatividade de
apenas 2.002 eleitores, seja possível a aprovação à continuidade de governo que
vem contribuindo para potencializar o subdesenvolvimento do país, não
permitindo que a nação cresça econômica e socialmente. Nem mesmo com o maior
esforço e a melhor da boa vontade, fica difícil compreender como o G1.Globo
consegue concluir, com tamanha naturalidade, que a presidente da República
seria reeleita, agora, tendo o respaldo de tão somente 2.002 eleitores
pesquisados, entre aproximadamente 140 milhões de eleitores, distribuídos em
diferentes regiões do país. Na verdade, essas pesquisas não podem ter o mínimo
de validade, em termos de credibilidade, para se concluir quanto à verdadeira
preferência do eleitorado. Elas servem, sem dúvida alguma, para distorcer a
realidade dos fatos, dando a impressão de que alguém teria vantagem, com base
em situação de desigualdade de quem está em evidência na mídia e em campanha
antecipada, em detrimento das condições dos demais candidatos. Além do mais, as
pesquisas não guardam o mínimo de coerência dos fatos protagonizados pela
mandatária do país com os resultados desastrosos até agora obtidos pelo
governo, a exemplo dos seguidos desempenhos pífios do Produto Interno Bruto –
PIB, do ineficiente gerenciamento da administração pública, com o espúrio inchamento
dos ministérios e das empresas estatais, totalmente descoordenados quanto às
finalidades primaciais do Estado, da quebradeira da Eletrobrás e da Petrobras,
entre tantos malogros que são a marca desse governo. A sociedade deve se
conscientizar, com urgência, sobre a real necessidade de se evitar que o
governo, à vista da sua vasta demonstração de muitas precariedades de gestão, de
falta de iniciativas e de condições gerenciais, já demonstradas, para
reformular as estruturas do Estado, como instrumento capaz de propiciar políticas
de fomento ao desenvolvimento do país, continue a administrar a nação tão ávida
de eficiência, competência e responsabilidade quanto à fiel observância aos
princípios da administração pública, no que diz respeito à ética, moralidade,
legalidade, transparência, economicidade, entre outros. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 20 de março de 2014
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