Em face das enormes
pressões protagonizadas por aliados para que o ex-presidente da República
petista aceite disputar a corrida pelo Palácio do Planalto, nas próximas
eleições, a presidente da República afirmou que irá "tocar em frente" sua candidatura pela reeleição, mesmo que não
conte com o apoio dos partidos governistas, tendo em vista que muitos dos quais
demonstram o desejo do afastamento dela, por meio de movimento que vem se
intensificando sobre a "Volta, Lula", com característica que já foi
denominado "fogo amigo". Ela disse que "Este é um ano eleitoral. Em um ano eleitoral, é possível que ocorram
todas as hipóteses que você conceber e ainda aquelas que você não conceber (...)
Gostaria muito que, quando eu for candidata, eu tivesse o apoio da minha
própria base. Agora, não havendo esse apoio, a gente vai tocar em frente".
Caso concreto de insatisfação partiu da bancada do PR na Câmara dos Deputados,
integrante da base governista, que anunciou apoio ao movimento "Volta,
Lula", tendo expedido manifesto alertando sobre a reavaliação do partido
caso seja mantida a candidatura da presidente. O
ministro das Relações Institucionais afirmou que "A presidenta Dilma tem o direito da eleição e certamente vai exercer
esse direito com o apoio do PT e de vários outros partidos. Então, não é razoável
que nós entremos agora em um debate que não tem muito senso prático, com todo o
respeito àquelas pessoas que defendem o 'Volta, Lula'". Já o secretário-geral
da Presidência da República garantiu que o ex-presidente da República está
"incomodado" e constrangido com as manifestações favoráveis à substituição
na corrida presidencial, por entender que a presidente é legitima candidata do
partido. Enfim, a verdadeira face da incompetência administrativa do país está
sendo revelada pelos próprios aliados, que já não se conformam com o desgoverno
e a falta de prioridades das políticas públicas em benefício do país. Nessa mesma
linha de entendimento, governistas também mostram inconformismo com a falta de
projeto do governo para atender seus indecentes anseios fisiológicos, os quais são
capazes de fazer qualquer negócio para conseguir seus objetivos maléficos,
inclusive imolar a presidente, que não teve capacidade para aumentar o número
de ministérios, para lotear entre os inconformados, que entendem que seriam bem
tratados e teriam seus anseios atendidos pelo ex-presidente exemplo de falta de
escrúpulo com a gestão político-administrativa do país. Não há a menor dúvida
de que o secretário-geral da Presidência da República está coberto de razão, ao
afirmar que o ex-presidente se encontra bastante incomodado com essa famigerada
e insuportável ideia "Volta, Lula", porque ele sabe perfeitamente que
o povo não suporta mais ser sacrificado com a completa desmoralização dos
princípios democráticos, consolidados entre o ex-presidente e a banda podre dos
políticos tupiniquins, que sempre abusaram do poder para se beneficiarem e se
enriquecerem nos exercícios de cargos públicos eletivos. O certo é que o povo já
cansou dos procedimentos espúrios praticados em nome da
"governabilidade" e da continuidade no poder, mas ainda é obrigado a
participar dessa terrível encenação que não passa de jogo de cena, como mera
preparação sobre a volta triunfante do "todo-poderoso" à atividade
pública, de onde, na verdade, nunca saiu, pois esteve sempre atuante na
Presidência, dando as cartas e as orientações sobre as questões cruéis do
governo que seria da responsabilidade da sua companheira, mas jamais ela teve,
conforme comprovam os fatos, iniciativa para decidir em plena autonomia sobre
os fatos importantes da administração do país. Todo esse quadro representado
pelo "Volta, Lula" não passa de mero movimento preparado
estrategicamente para lembrar à presidente que ela deve cumprir o trato feito
por ocasião da sua indicação à presidência, apenas para cumprir o mandato
tampão e permitir o regresso do seu antecessor à atividade pública, para dar
continuidade às alianças espúrias, como forma de se perpetuar no poder, como é
o seu desejo político de se tornar o grande e eterno caudilho da política
tupiniquim. Compete à sociedade repudiar a forma indigna, inescrupulosa e
vergonhosa como políticos se rebelam contra o próprio governo, por mero
inconformismo por não terem sido aquinhoados por cargos públicos e espaços no
poder, em troca de apoio político com o uso de cargos públicos eletivos, em evidente
contraposição aos princípios republicanos, democráticos, éticos, morais e do
decoro. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 29 de abril de 2014
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