O ex-presidente da
República petista voltou à cena política, com a exclusiva finalidade de
defender a presidente da República, como forma de prestar relevante serviço de
blindagem e de escudo político do governo, que, apesar das enormes prejuízos
causados à Petrobras, com a compra, por preços superfaturados, da refinaria de
Pasadena, nos Estados Unidos da América, o PT resiste à prestação dos devidos
esclarecimentos sobre os fatos lamentáveis, não permitindo sequer que o Senado
Federal promova as investigações da sua competência constitucional. Entre
outras declarações, o petista disse que "Normalmente, em época de eleição, quando a oposição não tem bandeira,
não tem programa e não tem voto, a oposição então levanta essa ideia de se
fazer uma CPI". Não há a menor
dúvida de que a defesa da presidente da República pelo seu antecessor
demonstra, de forma cristalina, o lastimável nível da democracia tupiniquim, a
se verificar que, nos países desenvolvidos, qualquer caso de suposta
irregularidade é imediatamente investigado e mostrado o seu resultado à
sociedade, como forma de transparência que deve nortear, por força de exigência
constitucional e legal, os administradores públicos. É absolutamente
inadmissível que escândalos de extrema gravidade venham ocorrendo na Petrobras
e o governo petista simplesmente se nega a apurar os fatos, fazendo absurdas
manobras e criando os maiores obstáculos para blindar a pele da mandatária do
país, que, conforme sua confissão, ela teria ajudado o Conselho de
Administração da estatal a autorizar a compra da refinaria de Pasadena, nos
Texas/EUA, por preço supostamente superfaturado, sob o argumento dela de que
não teria concordado com a aquisição da refinaria se tivessem constado nos
autos as cláusulas que obrigavam a compra de uma das partes, no caso de
divergência de entendimento de qualquer das partes. Ocorre que a alegação
presidencial caiu por terra depois que a então direção da estatal garantiu que
os termos do contrato e demais documentos essenciais ao negócio constavam do
processo de compra da refinaria, fato esse que permite se inferir que a
presidente não teve os necessários zelo e cuidados que se exigem em transação
de tamanha magnitude, que jamais aconselharia a omissão quanto à falta da
profunda análise sobre os detalhes circunstanciados ao negócio, dando a
entender que a petista somente teria lido o resumo colocado em mesa, o que
pouco representa em relação ao tamanho da responsabilidade atribuída ao
Conselho de Administração da empresa. Os brasileiros honrados e não dependentes
dos programas assistencialistas têm dificuldade em saber se a verdadeira bandeira
petista atende realmente aos interesses nacionais, considerando que os
integrantes do PT estão sempre envolvidos, quer em época de eleição ou não, em
casos de graves irregularidades, que são capazes de desmoralizar completamente
os princípios político e democrático, a exemplo dos clamorosos casos do
mensalão e da compra superfaturada da refinaria de Pasadena/EUA, que teve o
beneplácito da presidente da República, que poderia ter evitado enorme rombo aos
cofres da Petrobras, caso houvesse acurado exame do caso. Com certeza, há de
surgir uma bandeira de verdade, diante dos fatos desastrosos protagonizados no
governo do PT, em que o país foi obrigado a conviver com terríveis situações
nada recomendáveis nos países evoluídos, política e democraticamente. Os
péssimos exemplos de corrupção e de politicagens, construídos com base na
impunidade e no fisiologismo, tiveram a finalidade de fortalecer o projeto
político da continuidade no poder, em total detrimento dos evoluídos princípios
democráticos, que têm por escopo a satisfação do bem comum da sociedade, com a
prestação de serviços públicos de qualidade. Certamente que fatos semelhantes
ocorridos nos países evoluídos, em termos de civilidade, causariam enorme
repercussão e exigiria que os envolvidos prestassem, de moto próprio, os
indispensáveis esclarecimentos acerca dos fatos considerados irregulares ou
então se esforçassem para que os órgãos de fiscalização e controle promovessem
as investigações pertinentes. Não obstante, em conformidade com o estilo
nitidamente antidemocrático, próprio dos sistemas socialistas, os governistas,
em absoluta contramão dos princípios da modernidade e da civilidade, evitam a
todo custo que os fatos não possam ser investigados e esclarecidos, que
certamente parcela de responsabilidade poderia ser atribuída à presidente da
República, que não pode ser prejudicada, neste momento, ante os reflexos
desastrosos na sua reeleição. No passado, o “todo-poderoso” qualificava
de bandos de aloprados os políticos que cometiam atos semelhantes aos que são praticados
agora pelos companheiros, com a diferença de serem ignorados seus efeitos maléficos
à dignidade da gestão pública, em nome da escrachada ganância pela perenidade
do poder, com total atropelo, de forma vergonhosa, aos saudáveis princípios da
ética, da moralidade e do decoro. As
urdidas manobras governistas para salvar a pele da presidente demonstram, com
nitidez solar, que os interesses pessoais e partidários são sobrelevados muito acima
das causas nacionais, justamente pela tentativa de não se apurar nada nem de
não se poder atribuir, se for o caso, responsabilidades aos culpados, caso os
fatos fossem investigados. A sociedade, consciente do seu poder cívico, não
pode permitir, de forma passiva, a irresponsável imposição da total
desmoralização dos princípios da dignidade, legalidade e honorabilidade, que
são inarredáveis e devem predominar na administração do país. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 08 de abril de 2014
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