Diante
da situação cada vez mais caótica com relação ao desabastecimento do país, onde
as leis do mercado ignoram por completo os decretos e as bravatas em série do
governo, que têm se mostrado inócuos e ineficientes, o presidente da Venezuela decidiu
que o combate à escassez de oito em cada dez produtos básicos precisa ser
promovido por meio das armas, literalmente.
Para
tanto, ele destacou nada mais nada menos que 18 generais da Força Armada
Nacional Bolivariana (FANB), que terão a incumbência de mapear e controlar a
distribuição de cada dos principais produtos de primeira necessidade, sendo que
o azeite ficará a cargo do general fulano, enquanto o arroz será cuidado pelo
oficial sicrano e assim por diante, ficando cada general encarregado por
determinado gênero ou produto em escassez, o que demonstra que a degeneração é cada
vez mais preocupante para os venezuelanos, que não veem o momento da falta
total dos produtos de primeira necessidade, a continuar nesse ritmo maluco de
descontrole pelo governo.
Segundo
o governo, a medida em apreço objetiva desmontar possível complô que está dificultando
a colocação dos produtos nas prateleiras dos supermercados.
Dois
meses atrás, o presidente do país delegou ao Exército a missão de combater a “guerra econômica”, considerada como tal nos
moldes da teoria orquestrada pelas empresas privadas que controlam a
distribuição de produtos básicos, resultando na escassez com fins especulativos,
prejudiciais aos interesses nacionais.
Na
opinião de especialistas de mercado, a medida em tela não surtirá o mínimo
resultado prático e suas chances de sucesso da ofensiva são praticamente nulas,
considerando que as principais causas do desabastecimento de produtos são
invisíveis aos olhos dos generais.
O
fato é que o rigoroso e não menos incompetente controle de preços e de estatizações
foi herdado do pai da Revolução Bolivariana, que, ao contrário do que se era
esperado, contribuiu para a drástica retração da produção nacional, forçando o
país a importar praticamente tudo o que é consumido ali.
Para
agravar ainda mais o quadro dramático da economia, os preços do petróleo
tiveram expressiva queda no mercado internacional, que foi coadjuvada pela
inflação galopante (com previsão de chegar a 720% até o fim do ano, conforme
disse o Fundo Monetário Internacional - FMI), fato que contribuiu para levar ao
efetivo colapso o arruinado modelo econômico bolivariano, que desandou por
completo, à vista do cruel e terrível desabastecimento de gêneros de primeira
necessidade.
Não
à toa que apenas um em cada quatro venezuelanos consegue comer três refeições
diárias — e ainda assim trocando a carne pela salsicha e a maioria dos alimentos
está sendo substituída por outros de qualidade bem inferior, em completa
situação de dificuldade imposta pelo famigerado regime socialista/comunista ao
sofrido povo daquele país.
A
constatação é de que, a todo instante, o governo venezuelano entende que
precisa adotar medida de cunho meramente desesperado e paliativo, que nem
sempre minimiza as agruras, conquanto elas apenas tendem a alongar as graves
crises socioeconômicas, que se acentuam à medida que a incompetência administrativa
se exacerba diante da falta de alternativa capaz de sanear as notórias
precariedades que grassam no país.
O
processo de degeneração socioeconômica pelo qual demanda sobre os venezuelanos
lamentavelmente servia de modelo para o governo tupiniquim recém-afastado, que
nutria enorme simpatia pela extrema incompetência do sistema bolivariano, com
sede no retrógrado e decadente socialismo, apesar da sua indiscutível
capacidade para arruinar e destruir as estruturas do Estado, em especial no que
diz respeito aos aspectos social, econômico, político e administrativo, sem
olvidar as ferrenhas restrições dos direitos humanos e dos princípios
democráticos, onde são cerceadas as liberdades individuais e de expressão, em
dissonância aos princípios humanitários.
Os
brasileiros precisam conhecer exatamente o que vem acontecendo de perverso, maléfico,
degradante e desumano na gestão administrativa do regime socialista/comunista
da Venezuela, de modo que ele sirva de verdadeiro modelo para o Brasil jamais o
adotar como forma de governo, ante a sua plena incompatibilidade com os
salutares princípios humanitários e de civilidade. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 17 de fevereiro de 2016
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