Dias
atrás, o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, experimentou
movimentação atípica, com a presença, além do normal, de agentes da Polícia
Federal, que dava discreta proteção a um cidadão que procurava se disfarçar
entre os passageiros.
Horas
depois, a cuidadosa discrição foi desmantelada com a quebra do segredo da
autoridade que estava esperando a sua vez de embarcar para os Estados Unidos da
América, onde proferira palestra.
Antes
da revelação, a autoridade foi instada a responder algumas perguntas de
curiosos, como “O senhor é quem eu estou
pensando?”. “Se é, parabéns“.
Diante
da dificuldade de se manter no anonimato, à vista das inevitáveis evidências, o
juiz de Curitiba, deixando de lado a sua timidez e atendendo à apreensão dos
presentes, confirmou com sorriso discreto que se tratava dele, sim.
Ato
contínuo, um empresário confessou para o juiz, conforme relato da revista Veja,
que “Estou indo embora do Brasil, mas
vejo que as coisas aqui estão começando a mudar, e o senhor é o responsável por
isso.”.
Enquanto
ele aguardava o embarque, outro senhor se aproximou dele e disse, in verbis: “Dá orgulho ver que existem
pessoas como você. Eu fico até emocionado”. Em seguida, essa pessoa foi
tomada pela emoção e chorou, de verdade.
Depois
que o disfarce foi levantado, o juiz fez a alegria dos presentes, tendo
participado de fotografias com grupos de pessoas e individualmente com
admiradores.
Com
a finalidade de manter a privacidade do juiz, ele foi embarcado com a devida
prioridade, em atenção à sua autoridade, no assento da classe econômica, sem
antes um comissário de bordo ter oferecido a ele, por cortesia, lugar mais
confortável na classe executiva, mas ele agradeceu a gentileza.
Também
dentro do avião, o juiz foi reconhecido e cumprimento por alguns passageiros, que
demonstraram carinho e admiração, como reconhecimento pelo brilhante trabalho
que ele vem executando, que tem sido modelo para a magistratura nacional, ao procurar
cumprir com dedicação, amor e integridade o seu importante dever funcional.
No
desembarque em Miami, uma passageira tentou puxar uma salva de palmas para ele,
mas isso foi contido porque não é permitida a realização de manifestações no
recinto escolhido, embora fosse reconhecido o merecimento dos aplausos.
Sem
demonstrar sua autoridade, ele entrou na filha normal da imigração, mas foi
convidado por um segurança a entrar em uma fila especial, depois que um
passageiro informou quem ele é.
Ou
seja, um brasileiro tinha avisado à segurança do aeroporto que “Eles não podiam deixa-lo na fila. Eu disse
que o senhor é um herói brasileiro, talvez o maior depois de Ayrton Senna”.
Ainda
no aeroporto de Miami, depois de passar pela imigração, houve mais fotografias,
abraços, elogios e, finalmente, a pergunta que não sai da cabeça dos
brasileiros: “Quando é que o senhor vai
prender o Lula? É evidente que ele não a respondeu, mas ele deixou transparecer
que esse tipo de pergunta o constrange.
É
notório que, em razão do excelente trabalho que a força-tarefa da Lava-Jato vem
executando, o juiz de Curitiba já não é celebridade e tem reconhecimento
somente no Brasil, mas no resto do planeta, o que demonstra a repercussão e a
importância da sua firme e competente atuação como o líder respeitado, que
procura cumprir a sua missão institucional com competência e eficiência, mostrando
ainda que a Justiça, se quiser, pode perfeitamente funcionar com a plena desenvoltura
ansiada pela sociedade.
O
Juiz de Curitiba estava viajando como principal convidado para proferir
palestra no ciclo promovido pela escola de direito da Universidade de
Pensilvânia, tendo como tema “Como
produzir líderes com caráter e integridade e como incutir bons valores na vida
pública”, matéria que ele é especialista de escol.
Na
ocasião, o juiz defendeu as investigações da Operação Lava-Jato, tendo dito,
entre importantes experiências hauridas no seu trabalho, que “Há um lado negro, por revelar tanta
corrupção, mas também um lado luminoso, porque mostra que o Brasil está
enfrentando seus problemas e quer se tornar um país melhor, menos corrupto”.
Como
já se tornou praxe, o juiz foi aplaudido e pé, tanto no início como no término
da palestra, em sinal de que tem sido valoroso seu trabalho para a moralização
do país, que, até pouco tempo, tinha a pecha de nação desacreditada e não
passava do país da impunidade, onde a corrupção imperava sob o comando dos
próprios mandatários, conforme atestam os procuradores que cuidam das
investigações, cujos resultados assombraram o Brasil e o mundo, com revelações
bombásticas, notadamente com a de que o petista-mor é também o
comandante-em-chefe dos esquemas criminosos objeto das apurações da Operação Lava-Jato.
Realmente,
há verdadeiro sentimento de reconhecimento e de gratidão por parte das pessoas
de bem ao juiz da “República” de Curitiba, que avaliam como positivos os resultados
das investigações levados a efeito pela Operação Lava-Jato, diante da
persistência e do aprofundamento em busca dos corruptos, com vistas à assepsia
tão ansiada da corrupção, que passa, necessariamente, pela condenação dos criminosos
que aproveitaram as facilidades propiciadas pela total falta de controle de
governos incompetentes e coniventes com a bandalheira, que souberam muito bem
sugar os cofres públicos, em nome da dominação absoluta de classes política e
social, bem assim da continuidade no poder, como forma de concretização de
ganancioso e egoísta projeto político. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 19 de setembro de 2016
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