Conforme
pesquisa realizada pelo instituto Datafolha, que acaba de ser divulgada pelo
jornal Folha de S.Paulo, o
ex-presidente da República petista lidera as intenções de voto no primeiro
turno da próxima eleição presidencial, sendo que a preferência do eleitor por
ele atingiu 25%.
Em
seguida, aparecem a ambientalista, com 15%, o senador tucano, com 11%, o
deputado ex-militar, com 9%, o ex-governador do Ceará, com 5%, o atual presidente
do país, com 4%, e ...
O
Datafolha disse que foram ouvidas 2.828 pessoas, nos dias 7 e 8 de dezembro,
cuja pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para cima ou para
baixo e índice de confiança de 95%.
A
pesquisa indica que o petista também lidera em outros três cenários para o primeiro
turno presidencial, sendo que um simulado incluindo o governador de São Paulo
(PSDB), ele fica com 8%, a ambientalista com 17% e o petista com 26%.
Já
no cenário com o ministro das Relações Exteriores (PSDB), o tucano aparece com
9%, a ambientalista com 16% e o petista com 25%.
A
ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente no governo do petista, que fundou e
preside o partido Rede Sustentabilidade, manteve a liderança das intenções de
voto em todos os cenários do segundo turno presidencial.
Na
disputa com o petista, ela teria a intenção de votos de 43% e ele, 34%. No caso
de o segundo turno ser disputado com o senador tucano, a ambientalista teria
47% e o tucano 25%, enquanto a preferência por ela, contra o governador de São
Paulo, a ex-senadora teria 48% e ele 25%.
Por
último, eventual segundo turno contra o ministro das Relações Exteriores, a
ambientalista teria 47% e o tucano apenas 27%.
Longe
de desmerecer o histórico político do homem considerado o mais poderoso do
país, mas, data vênia, a dramática situação do Brasil exige completa renovação
do quadro político, de modo que os novos homens públicos possam contribuir para
a oxigenação das atividades político-partidárias, mediante a apresentação de
nova mentalidade político-administrativa que privilegie exclusivamente o
interesse público, como forma de se resgatar a necessária eficiência que se
impõe na administração do país.
Com
todo respeito ao ex-presidente da República petista, mas a sua gestão no
comando da nação pode até ter tido algo que possa ser lembrado como positivo
para o país, mas, no geral, ao seu legado, precisa ser incluído o rol de fatos
lamentáveis e terríveis para o interesse público, a exemplo das espúrias
alianças com partidos e políticos da pior espécie, que ele mesmo os chamava de
picaretas, ladrões, corruptos e outras adjetivações impublicáveis; do
loteamento dos órgãos e das entidades públicos entre partidos, na forma
caracterizada pelo abominável "toma lá, dá cá", que foi marcada pela
ineficiência da prestação dos serviços públicos; do aparelhamento da
administração pública, tornando-a patrimônio a serviço de interesses pessoais e
partidários; da arraigada resistência às reformas conjuntural e estrutural do
Estado, permitindo que ele se distanciasse do aperfeiçoamento e da modernidade,
em consonância com os avanços da humanidade; da implantação da ideologia da
absoluta dominação das classes política e social; do incentivo às lutas entre
pobres e ricos, pretos e brancos, entre outras formas de discriminação social,
tendo como pano de fundo a luta entre brasileiros; do fomento exacerbado ao
populismo e caudilhismo; da estruturação de esquemas criminosos de corrupção
com recursos públicos, a exemplo do mensalão e o petrolão, que são marca dos
governos petistas; entre outras precariedades que deixaram marcas indeléveis e
negativas na sua gestão.
A
deletéria gestão do petista serve sim de exemplo para os novos estadistas, que
precisam estudá-la e conhecê-la com profundidade, para que seus programas de
governo fiquem absolutamente imunes a algo que certamente contribuiu, de forma
extremamente significativa, para o retrocesso e o subdesenvolvimento
socioeconômico do Brasil, por ter permanecido distanciado do desenvolvimento
operado nas nações civilizadas e evoluídas democraticamente.
Urge
que os brasileiros sejam devidamente esclarecidos, para o fim da necessária conscientização
sobre a degeneração dos princípios da eficiência e eficácia implantados na
gestão que se preocupou exclusivamente em privilegiar ações e políticas que
visavam à plena dominação político-social e a perenidade no poder, tendo
empregado métodos nada republicanos para o atingimento de seus objetivos
políticos, pouco se importando com a satisfação dos interesses públicos.
Outra constatação da pesquisa em referência é que o seu cenário
que se mostra terrivelmente desanimador, à vista da apresentação de nomes das
velhas raposas políticas, que já demonstraram não ter condições de oferecer
alternativa de mudança de mentalidade capaz de transformar as já conhecidas
mediocridades político-administrativas em algo auspicioso, diferente e inovador,
como forma de contribuir para a renovação de políticas públicas, com
perspectivas para o atingimento de novos horizontes, em especial na
administração da economia e nas políticas públicas, com embargo de tudo de
ruinoso que precisa ser urgentemente esquecido.
Os
péssimos exemplos de má gestão de recursos públicos, com base na idolatria aos
métodos populistas, ao fisiologismo, à incompetência, à ineficiência, às
alianças predatórias, ao patrimonialismo, à divisão entre brasileiros, à
resistência às reformas do Estado, entre tantas ações contrárias à modernidade
político-administrativa, aconselham urgente mudança de consciência e de mentalidade
dos brasileiros, no sentido da urgente busca de novas lideranças político-partidárias,
como forma essencial de se evitar que o Brasil fique cada vez mais envolto na
estagnação socioeconômica, patinando na mediocridade administrativa, graças às ideologias
do atraso e do obsoletismo prejudiciais à satisfação do interesse público e ao
desenvolvimento do país. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 14 de dezembro de 2016
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