Ao tempo em que os brasileiros choravam,
consternados e sentidos, o desembarque no solo nacional dos corpos das vítimas
da tragédia ocorrida com o time de futebol da Chapecoense, os ex-presidentes
petistas estavam chegando à ilha castrista, para prestar homenagens póstumas ao
revolucionário cubano e participar do seu funeral.
Por incrível que possa parecer, a ex-presidente
afirmou que o ex-ditador cubano “foi um
visionário que acreditou na construção de uma sociedade fraterna e justa e que
deixa um exemplo magnifico para todos os povos da América Latina.”. O
antecessor dela declarou que “Poucas
vezes conheceu uma pessoa tão digna como Fidel.”, deixando explícitos, com
muita clareza, seus sentimentos de veneração ao verdadeiro anti-herói, pelo
tanto de maldade que ele foi capaz de protagonizar no seu país, principalmente
com o fuzilamento de milhares de pessoas.
É induvidoso que a atitude dos dois petistas
acentua, de forma patente, seus gestos de extrema admiração e submissão ao
carisma do poderoso tirano cubano, em definitiva prova da completa desconexão
com a realidade e os valores patrióticos dos brasileiros, sem qualquer receio ou
preocupação acerca de possível juízo de valor sobre o que aqui se possa pensar quanto
ao troglodita regime que foi capaz de devastar a dignidade dos cubanos e
degenerar os sentimentos e os valores de humanismo deles, à vista do total
desrespeito aos direitos e às liberdades humanas.
A impressão que fica é a de que os petistas
preferiram se aliar ao povo cubano, para homenagear o ditador que se foi, em prova
da devoção e do deslumbramento ao lastimável legado dele, mostrando seu
indiscutível desapreço e desconsideração às famílias enlutadas dos mortos no
acidente aéreo, em particular, e aos brasileiros, em momento de desalento e de
muita dor, que são capazes de transpassar toda veneração pelo melhor dos
amigos.
Mesmo
que o Brasil não estivesse em luto pelo trágico acontecimento com o
desaparecimento de dezenas de brasileiros, deixando o país completamente
consternado, em razão de irreparáveis perdas de vidas humanas, não se
justificaria que duas pessoas públicas da maior importância se apresentassem ao
lado de sanguinário ditador (sem a bandeira do seu país), para prestar
homenagem a outro terrível exterminador de vidas humanas e ainda, pasmem, ambos
empunhando e tremulando a bandeira de Cuba (como mostra a foto da reportagem).
O
cenário mostrado à saciedade dá a ideia de grandioso evento em homenagem à
perda de quem teria sido herói de verdade, quando o legado deixado pelo líder
cubano pode ser registrado como sendo de um homem que foi um dos piores
fuziladores de vidas humanas da história mundial, que foram mandadas para o
paredão sem direito à defesa, além das arbitrárias prisões e dos exílios
impostos por ele aos seus opositores.
E
o que causa extrema repugnância e indignação é a forma elogiosa feita pelos
brasileiros ao ditador cubano, exterminador de vidas humanas, que foi visto
pela ex-presidente, repita-se, como "um
visionário que acreditou na construção de uma sociedade fraterna e justa e que
deixa um exemplo magnifico para todos os povos da América Latina.",
enquanto o ex-presidente afirmou, com orgulho: "que poucas vezes conheceu uma pessoa tão digna como Fidel.".
Diante
dessas tresloucadas afirmações, os brasileiros têm motivos mais do que
suficientes para concluir sobre o nível da mentalidade dos políticos
tupiniquins mais influentes da nação, que tanto agem como se expressam em
completa dissonância com a realidade e a verdade sobre os acontecimentos,
conforme mostram as declarações acima.
Primeiro,
porque o exemplo de ditador supremo, que foi capaz de transformar seu país em
ferrenha ditadura e privar seu povo dos direitos humanos, da individualidade e
dos princípios democráticos, depois de ter determinado a eliminação sumária de
opositores, jamais poderia ser considerado como magnífico legado para coisa
nenhuma, quanto mais para os povos da América Latina nem para povos algum.
Segundo,
pelos mesmos motivos acima, não existe a mínima dignidade na pessoa que foi
capaz de destruir a dignidade de seu povo, com a imposição de métodos
totalitários e ditatoriais da pior espécie, contribuindo para que os cubanos
estejam situados com, pelo menos, sessenta anos de atraso, em relação à
evolução do mundo civilizado, que sempre propicia às pessoas o usufruto das
conquistas nas áreas científica e tecnológica.
A
verdade é que a ilha caribenha se gaba de ter saúde e educação, que não devem
ser da melhor qualidade, ante o notório subdesenvolvimento econômico, mas é
indiscutível que o povo dali padece, entre outros, da falta das liberdades e
dos direitos humanos em todos os sentidos, que são abundantes e normalmente
usufruídos nas nações, repita-se, civilizadas e conscientizadas sobre os
verdadeiros direitos das pessoas, que jamais podem ser negados ao Homo sapiens.
Por
seu turno, chega a ser patética a presença dos dois últimos ex-presidentes da
República brasileira, que se posicionaram na primeira fila, ao lado do velho e
decadente ditador, e ficaram acenando para o cortejo com a bandeira de Cuba
empunhada, algo que jamais foi visto no Brasil com a bandeira nacional, fato este
que demonstra o tanto dos intensos amor e veneração que eles têm por aquela
ilha, comandada por cruel regime ditatorial, que não serve de exemplo para os
povos civilizados, produtivos e democráticos, à vista, entre outros motivos, da
sua dependência econômica dos países do bloco comunista, que atualmente são
pouquíssimos.
Urge
que os brasileiros precisam se conscientizar sobre a real importância para a
nação dos verdadeiros homens públicos que efetivamente demonstram amor ao
Brasil e compreendem perfeitamente o sentido do respeito aos direitos humanos e
os princípios democráticos, porque estes sim são conceitos fundamentais e
universais que podem e devem contribuir, de forma efetiva, para o tão ansiado desenvolvimento
da dignidade do ser humano, com embargo de quaisquer ideologias contrárias aos
princípios humanitários. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 07 de dezembro de 2016
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ResponderExcluirPrezado Adalmir, bom dia.
ResponderExcluirNosso povo não tem ideia ainda de quem elegemos. Só com o passar do tempo é que vamos realmente perceber que a falta de investimento em educação foi a causa principal de tudo de ruim que enfrentamos. Aliás, por causa de tal falta de investimento, talvez, nem perceberemos isso. Muda, Brasil!
Cordial abraço,
LXG