Comenta-se
nos bastidores da política que o presidente da República já estuda a
possibilidade de garantir a obrigatoriedade do Imposto Sindical, em troca do
apoio de parlamentares favoráveis à permanência dessa contribuição, que já havia
sido extinta pela votação do projeto da Reforma Trabalhista, pela Câmara dos
Deputados e agora aguarda a manifestação do Senado Federal, para o seu fim.
Em
suma, trata-se indecente troca-troca entre políticos, com vistas a beneficiar o
peemedebista e prejudicar os trabalhadores brasileiros, em clara demonstração
do envolvimento da permuta de um dia de sacrifício laboral do trabalhador
brasileiro para garantir apoio, por meio de votos ou da ausência do plenário de
alguns deputados.
É
sabido que o projeto de Reforma Trabalhista tem como um de seus principais
objetivos a extinção do abominável e preservo Imposto Sindical, que penaliza o
trabalhador brasileiro desde 1937, quando foi instituído e nunca mais aliviou o
suor do pai de família, que contribui compulsoriamente com um dia de trabalho.
O
valor descontado até pode ser considerado por uns como irrisório, mas a sua
destinação não representa qualquer benefício senão para os sanguessugas dos
sindicalistas, que se apoderam do valor, nada fazem em benefício do trabalhador
e nem precisa prestar contas da sua aplicação.
É
o sacrifício de um dia de salário do trabalhador, que se destina a rechear os
cofres da máquina da unicidade sindical abarrotada de casta de pelegos, que se
agarram aos cargos para o usufruto dos mesmos grupos.
A
reforma trabalhista elimina a obrigatoriedade do caráter confiscatório desse maquiavélico
"imposto", que equivale ao atendimento sem justa causa, por não haver
base plausível para justificar a sua compulsoriedade.
Com
base no projeto em exame agora no Senado, o cidadão somente contribui para o
sindicado se quiser e o fará espontaneamente, por mera voluntariedade, a
exemplo do que é procedido nos países sérios, civilizados e evoluídos
democraticamente.
Impende
se observar que, atualmente, por obra e graça da existência desse injustificável
imposto, funcionam, com em autorização legal, mais de 11 mil sindicatos de
empregados e patrões, todos se beneficiando sem justa causa, em evidente
perversidade à dignidade laboral do trabalhador tupiniquim, que recolhe aos
cofres dos parasitas a espantosa cifra total de mais de R$ 3,5 bilhões anuais.
Não obstante, o
mandatário do país, no seu desespero de se livrar das garras da Justiça, pelo
caminho do Congresso Nacional, vislumbra angariar votos para se safar da
deposição e já pensa em se garantir no cargo, garantindo, por meio de medida
provisória, não somente a manutenção desse abominável imposto, mas também, no
mínimo, 30 votos na Câmara, fatos que seriam duplamente importantes para ele e os
inescrupulosos dirigentes de centrais sindicais.
Diante
dessa vergonhosa campanha de interesses explícitos demandados principalmente pelo
presidente da República, que tenta encontrar saída pouco honrosa para se beneficiar
com apoio espúrio, e por líderes sindicais, que se mantêm usufruindo, de forma
esdrúxula, do suor dos trabalhadores, enquanto parlamentares, que são os
lídimos representantes da classe trabalhadora, podem patrocinar mais uma
violenta patada na dignidade daqueles que os elegeram, obrigando o pagamento de
contribuição visivelmente injusta.
Há
nisso clara demonstração de irresponsável apoio à indevida manutenção do
presidente do país no cargo, em explícita implementação de rasteira desmoralização
dos princípios da ética, do decoro, da dignidade e principalmente da moralidade
que devem prevalecer nas atividades político-administrativas.
O
pior de tudo isso é que os brasileiros continuam a aceitar que esses indignos políticos
negociam medidas contrárias aos interesses dos trabalhadores e ainda permaneçam
alegremente como seus falsos representantes no Congresso, permitindo que um dia
de seu trabalho sirva de moeda-de-troca em espúrio benefício do antipatriótico
e irresponsável presidente do país, que se submete, em negociata censurável, ao
interesse de grupo de sindicalistas, em detrimento das causas de trabalhadores.
Urge
que os brasileiros se posicionem contrariamente a qualquer proposta que vise contrariar
a extinção do Imposto Sindical, tendo em vista que essa abominável contribuição
constitui verdadeiro sacrifício e perversidade ao bolso dos trabalhadores, a
par de não beneficiar senão as lideranças sindicais, que nada oferecem em
contrapartida a essa absurda, injusta e indigesta compulsoriedade, que jamais
deveria ter existido, ante o seu indiscutível malefício àqueles que contribuem
para a produção e o desenvolvimento do país. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 2 de julho de 2017
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