Circula
vídeo, nas redes sociais, questionando, de maneira reiterada a insegurança das
urnas eletrônicas, mas apenas no aspecto subjetivo em forma de conjecturas, em
termos de fragilidade, sob suspeita da possibilidade de fraude, com poder de
beneficiar determinado candidato, em especial aquele da simpatia de quem tenha
o controle dos códigos pertinentes às apurações.
Realmente,
os brasileiros precisam acordar para a realidade e acabar, com essa neura, pura
psicopatia das urnas, deixando de seguir o atemorizador em potencial desse
verdadeiro enigma eleitoral, que colocou o fantasma das urnas na cabeça e isso o
atazana dia e noite, por impedir que as suas atenções se voltem para as
relevantes questões nacionais.
É
preciso ser prático e não ficar insistindo no mesmo assunto, de que o
funcionamento das urnas eletrônicas é realmente passível de fraudes, porque ele
é, indiscutivelmente, mas não se combate nenhuma deficiência administrativa com
críticas, por mais contundente que ela se apresente, mas sim com medidas competentes
e efetivas, com capacidade para resolver o problema, tendo por base medidas
convincentes e objetivas, mostrando com argumentos inteligentes e plausíveis a
verdadeira causa dos males e dos prejuízos que eles podem causar ao interesse
público.
E
daí, se nem o presidente do país
conseguiu provar uma única fraude capaz de obrigar a mudança do funcionamento
do sistema eleitoral, diante da compreensão de que realmente é necessário
acabar com as falhas tais e tais detectadas, evidentemente se elas realmente existissem.
O
caso de erro identificado nas urnas eletrônicas dos Estados Unidos não prova
absolutamente nada em relação ao que acontece no Brasil, porque cada sistema
eleitoral tem as suas peculiaridades e isso é capaz de modificar o zene de cada
sistema, salvo aquilo que todo mundo já está careca de saber, ou seja, que as
urnas são fraudáveis, tanto lá como cá e em todo lugar, principalmente porque
perfeito mesmo somente se vier de Deus, mas, se houver a intervenção do homem,
pode esperar por surpresas desagradáveis, como nesse caso das urnas, quando
delas se desconfia, mas nada foi possível ser provado de errado.
No
caso brasileiro, se o governo tivesse o mínimo de habilidade, jamais teria sido
ingênuo de acusar a torto e a direito o sistema eleitoral, sem ter prova de
coisa alguma, porque isso foi o suficiente para a criação de clima extremamente
antagônico e contribuído para menosprezar o trabalho da Justiça eleitoral,
mesmo que ele não seja perfeito, como é sabido que tem falhas.
Como
acreditar que o presidente atual tenha sido eleito justamente pelo mesmo
sistema duramente criticado por ele, que foi absolutamente incapaz de suspeitar,
na sua campanha eleitoral, de qualquer falha nas urnas eletrônicas, que se mantêm
intactas, na atualidade, com a mesma estrutura operacional da época da sua vitória
consagradora?
O
estadista experiente poderia começar a elogiar o funcionamento do sistema
eleitoral, porém, em razão do princípio da contínua modernidade, em que todos
os sistemas carecem de aperfeiçoamento, inclusive, em especial, o que se refere
ao nosso considerado sistema eleitoral, assim avaliado pelos dirigentes da
Justiça eleitoral.
Pronto,
nessa conversa, já estaria sido criado o clima favorável aos entendimentos e à
receptividade para as conversas sadias e necessárias para início das
negociações destinadas às medidas com vistas às alterações pretendidas no
funcionamento das urnas eletrônicas.
É
do conhecimento de todos que a segurança do sistema eleitoral é do interesse da
sociedade e não de fulano ou de sicrano, convindo assim que se formasse sentimento
de convergência em torno de objetivo comum, com direito à discussão de alto
nível, em forma da construção de unidade, para se alcançar o aperfeiçoamento
pretendido.
Quando
se poderia ter sido aproveitado o princípio do bom senso para a prática do bem,
mas houve o emprego da agressão e da demonstração do poder, para mostrar,
enfim, a força da autoridade que manda,
mas, infelizmente, não foi o método ideal para se conseguir convencer por meio
do diálogo, quando prevaleceu o grito e a prepotência, que têm sido péssimos
exemplos para a solução das questões.
Espacialmente
na administração pública, é preciso que se ponha em prática os princípios do
bom senso, da racionalidade, da competência, da habilidade e, sobretudo, da humildade,
para facilitar a consecução dos objetivos pretendidos, em especial quando eles
são do interesse da sociedade, como é a segurança e a confiabilidade do
funcionamento das urnas eletrônicas.
Brasília,
em 21 de fevereiro de 2022
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