quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Urnas eletrônicas sem segredo?

 

Em conferência, a maior já organizada no assunto, que se realizou em Las Vegas, Estados Unidos da América, as urnas eletrônicas, todas ali presentes, foram hackeadas em menos de duas horas, fato este que mostra, fora de dúvida, a fragilidade da segurança do sistema.

Na verdade, isso não chega a ser novidade alguma, em termos de descoberta, porque todo sistema eletrônico é passível de hacker, quanto mais no que se refere às urnas eletrônicas, que são do amplo conhecimento dos invasores da internet.

Não obstante, essa conferência sinaliza para o fato de que o sistema em si precisa avançar no rumo de medidas que possam realmente oferecer plena segurança do seu funcionamento, de modo que não seja possível o acesso de estranhos nas suas entranhas, ou seja, esperasse que essa conferência tenha oferecido também mecanismos para possibilitar alternativas capazes de impedir que hacker o visite sem o menor esforço, como visto nesse evento.

De qualquer modo, é perceptível que a discussão sobre a segurança de urna eletrônica mostra que há verdadeiro vácuo, acompanhado de leviandades caso os especialistas não se esforçarem em oferecer meios para dificultar o acesso às urnas eletrônicas.

Em tese, foi demonstrado que as urnas são passíveis de fraude, por meio de acesso por estranhos, conforme os resultados mostrados nesse importante encontro, que contou com a participação de ilustrados entendidos do assunto, como se os doutores tivessem descoberto o sexo dos anjos, porque é sabido que, para hacker, não há limite nem barreiras.

Seria importante, ao melhor juízo, que os sábios, os gênios da informática, demonstrassem, com base no resultado da eleição presidencial brasileira de 2018, por exemplo, que tenha havido fraude, de modo que o candidato fulano ou sicrano tenha sido efetivamente prejudicado por defeito resultante de fraude, especificamente por decorrência de invasão de hacker.

A forma como os ilustrados cientistas da informática expõem as suas experiências tem o condão de pôr muito mais lenha nesse turbilhão de dúvidas e incertezas, caso não seja mostrado como se proceder para coibir a incidência de violação das urnas, caso a conferência também estiver com o propósito de contribuir para o aperfeiçoamento e a segurança das urnas eletrônicas.

É importante que os ases da informática ponham o dedo sobre a chaga das urnas eletrônicas e demonstrem o que todos precisam conhecer sobre a real inviabilidade desse sistema, pelos motivos tais e tais, porque, por enquanto, os estudos não passam de perda de tempo, apenas dizendo o óbvio, que, pasmem, as urnas são passíveis de fraudes, de intromissão indevida por hacker, conclusões estas da maior importância para quem acha que isso é mais do que suficiente para descer o malho nas autoridades incumbidas de cuidar das eleições brasileiras, inclusive do Executivo, que suscitou dúvidas sobre a insegurança do sistema operacional das urnas, mas demonstrou total incompetência na condução das suas pretensões.

O governo poderia, antes de quaisquer suspeitas, constituir comissão de especialistas de capacidade comprovadamente na área, destinada aos estudos pertinentes e, ao final, se conveniente, com base em situações específicas e gerais, seriam enviadas as conclusões para o Congresso Nacional, inclusive por meio de projetos de lei, com vistas ao aperfeiçoamento e à modernização do sistema, evidentemente se essa medida for necessária.

Agora, nas circunstâncias, o governo só demonstra futilidade, criticando e agredindo os dirigentes da Justiça eleitoral, como se ele também não tivesse nenhuma responsabilidade pelas segurança e eficiência desse fundamental sistema democrático.

Apelam-se para que a questão sobre as urnas eletrônicas seja discutida  é tratada com o máximo de competência e responsabilidade, diante de a sua importância se inserir no âmbito do interesse da sociedade.

Brasília, em 9 de fevereiro de 2022

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