quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Política desumana?

 

O governo cubano exigiu, pasmem, “de forma enfática e enérgica” o fim do embargo econômico que os Estados Unidos da América impuseram à ilha, há exatamente 60 anos, que até foi reforçado “até limites insuspeitos” durante a pandemia da Covid-19.

O ditador-presidente de Cuba afirmou que “Nossa denúncia permanecerá firme e invariável até que esta política desumana e ilegal cesse em sua totalidade”.

O ditador cubano declarou que, desde que o ditador-mor morto se  apoderou do poder daquele país, em 1959, os 13 presidentes que passaram pela Casa Branca americana mantiveram “a aposta de causar o colapso econômico e a insustentabilidade do projeto revolucionário”, que nada mais é do que a submissão da população ao deplorável regime comunista, sinônimo de desumanidade e subdesenvolvimento, em todos os sentidos sociais, políticos, econômicos e democráticos, em especial.

O presidente-ditador cubano disse que “Seis décadas depois que o presidente John F. Kennedy emitiu a Proclamação 3447, que decretou um embargo total a Cuba e que entrou em vigor quatro dias depois, o embargo nunca teve o menor indício de legitimidade ou justificativa moral”.

Ele disse que, no contexto da luta contra a Covid-19, o embargo atingiu “limites insuspeitos de crueldade, ao impedir doações solidárias, tentando impedir o desenvolvimento de vacinas cubanas”.

O presidente-ditador cubano declarou que, “Em 60 anos, o bloqueio causou um custo humano incalculável e danos de 144,4 bilhões de dólares, que se trata de uma violação massiva, flagrante e sistemática dos direitos humanos”. 

O ditador-mor disse que “O embargo, reforçado por outras leis como a Torricelli, em 1992, e a Helms-Burton, em 1996, evoluíram para se tornar o ato mais complexo, prolongado e desumano de guerra econômica cometido contra qualquer nação”.

Em que pese Cuba atravessar grave escassez de alimentos e remédios, ela rejeita as críticas segundo as quais o governo usa o embargo para justificar a prolongada crise econômica que a ilha vive, tendo que enfrentar o colapso de 11% do PIB em 2020, que foi a sua pior queda desde 1993, embora ela tivesse tímida recuperação de 2%, em 2021.

Em conclusão, o ditador-mor afirmou que “As medidas de coação econômica atingem uma agressividade qualitativamente superior. São aplicadas medidas de guerra não convencionais”.

O ditador cubano somente entende que o embargo norte-americano se trata de “violação massiva, flagrante e sistemática dos direitos humanos”, não tendo se referido à mais grave violação dos direitos humanos reinante naquela ilha, como se lá prevalecesse verdadeira bonança, em termos de direitos humanos e respeito às liberdades individuais, que seriam o mínimo de tratamento que o Estado se obriga a oferecer à população.

Pelo visto, vai se passar uma eternidade de anos e os ditadores sanguinários, cruéis e desumanos de Cuba não entenderem que o embargo econômico, em especial, tem como causa justamente o tratamento escravagista e animalesco ao povo cubano, que é obrigado a viver, por força da impiedosa revolução castrista, em plena margem dos princípios humanitário e de civilidade.

A bem da verdade, o pior embargo mesmo é aquele imposto pelos truculentos e trogloditas ditadores aos cubanos, ao negarem a eles o sagrado direito das liberdades individuais de se expressarem como gente humana normal, em condições de autonomia e independência no comando da vontade de fazer e agir como ser humano, a exemplo do que acontece com perfeita normalidade nos outros países que respeitam os princípios de civilidade e humanismo, em sintonia com o mínimo do tanto da evolução de liberdade e progresso social, político e democrático.

Não deve haver mais desgraçado e cruel castigo para o povo do que se perderem os direitos humanos e as liberdades democráticas, porque o sentido de se viver como ente normal condiz precisamente pela garantia das liberdades para agir e decidir como melhor se lhe provier, evidentemente sem a obrigação do jugo da mão-de-ferro do comunismo sobre os ombros das pessoas, exatamente como acontece em Cuba, onde o controle pessoal é ferrenho e ninguém pode contrariar a tirania da ditadura desumana e truculenta.

Causa espécie que o presidente-ditador cubano tenha nítida consciência sobre os malefícios que, em especial, o embargo econômico norte-americano cause diretamente ao povo da ilha, o que é fato indiscutivelmente notório e certamente imperdoável, caso o fato em si não tivesse motivação alguma a justificar a imposição de medidas extremas, como a de se impedir, por completo, as relações comerciais entre nações evoluídas, que respeitam os direitos humanos e as individualidades.

 Ao contrário daquela interpretação, o ditador-mor de Cuba demonstra total ignorância para o que de pior e mais ultrajante pode acontecer contra o ser humano, que é precisamente o reinante e maléfico embargo aos direitos humanos propositadamente praticado internamente na ilha caribenha, que é a causa das medidas impostas pelos governos de Tio Sam.

Isso implica se avaliar que que bastaria a imediata mudança da mentalidade desumana e escravagista que sustenta a ditatura cubana, por seis décadas, de pura martírio do povo, que só tem o direito de vegetar ao estilo comunista de ser, contribuiria, por certo, para a suspensão das medidas restritivas que atingem diretamente os cubanos, que são sacrificados tanto interna como externamente, por culpa do desgraçado regime comunista de governo, que acha por bem maltratar o povo, com o extremo da severidade, como se isso fosse normal.

Causa espécie, precisamente, o fato de o ditador cubano se permitir interpretar como sendo normal tratar o povo da ilha sob o pior regime de desumanidade existente no planeta e ainda achar que o malefício mesmo é o embargo norte-americano, que é comparado a medidas de “guerras não convencionais”, e até que elas sejam mesmo, mas a sua existência é motivada por imperiosa imposição na tentativa da reversão da selvageria de tratamento aos cubanos.  

Ao invés de o ditador-mor de Cuba exigir o fim do embargo econômico norte-americano, se ele tivesse o mínimo de sensibilidade humana, política e democrática, pensaria bem antes em aflouxar as cruéis medidas restritivas impostas aos cubanos, porque isso é situação sine qua non.

Isso vale dizer que, primeiro e bem antes de se reclamar e jamais exigir, como ele o fez indevidamente, sobre o embargo norte-americano, é preciso que presidente-ditador da ilha decida pela liberação generalizada dos direitos humanos e das liberdades democráticas naquele país.

Não faz o menor sentido que, depois de sessenta anos, a dura lição do embargo ainda não tenha sido assimilada, como importante lição democrática, com vistas ao reconhecimento das liberdades individuais, no sentido que os métodos desumanos em prática na ilha não condizem com os sagrados princípios  humanos conquistados ao longo da história da humanidade, como forma de se permitir que os povos tenham o direito de viver plenamente em total estado de liberdade.

A síntese do pensamento exposto pelo presidente-ditador cubano é a de que seja normal a forma de segregação humana, exatamente nas humilhantes condições de desumanidades prevalentes naquela ilha, e ainda a de que os demais países, em especial os Estados Unidos, não se sintam no direito da imposição de sanções, sob a forma e os interesses que bem lhes convierem, porque isso faz parte das suas políticas de governo, em especial em defesa dos princípios humanitários.

Convém sim que os brasileiros se conscientizem de que o seu apoio aos candidatos da esquerda tem a sua confirmação de que estão perfeitamente de acordo com os métodos violentos, cruéis e desumanos reinantes em Cuba, onde as pessoas não vivem normalmente como ser humano, mas sim como verdadeiros vegetais, em especial porque elas não fazem a menor ideia do que acontece no mundo evoluído e civilizado fora da ilha, no qual há a garantia das plenas liberdades democráticas, em termos de expressão, manifestação, locomoção e de iniciativa individual, sem quaisquer restrições impostas pelos regimes abusivos e desumanos.   

Brasília, em 10 de fevereiro de 2022

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