quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Perplexidade?

 

Diante de vídeo que circula, agora, nas redes sociais, e mostra um filho do presidente da República apresentando o plano de governo para a próxima gestão, eu escrevi o comentário abaixo, mostrando meu entendimento sobre a intempestividade desse anúncio.

Causa perplexidade o presidente da República vir, precisamente agora, lançar plano de governo em momento em que não existe absolutamente nada definido quanto às bases do pseudo governo que ele pretende realizar mirabolantes realizações para as quais ele já teve quatro longos anos para implementá-las, mas nada fez e somente em momento de indefinição ele apresenta as metas para o futuro.

Ou o presidente está delirando ou os brasileiros que ainda acreditam nele são um bando de imbecis, que ainda não caíram na realidade de que o tempo urge e se comprime ao máximo o espaço necessário para a execução das medidas capazes para a implementação das ações ansiadas pela sociedade, em especial sobre a transparência referente ao resultado das eleições presidenciais, que imaginasse seja o cerne da resolução desse imbróglio acerca da posse de quem: da pessoa dele  ou do outro. Isso, pelo visto, com o lançamento desse plano, só aumenta a eterna indefinição sobre o futuro do Brasil.

Seria muito mais importante que o presidente do país tivesse a consciência de tratar os assuntos sob a sua incumbência com o maior zelo possível, em especial em termos de transparência, procurando informar aos brasileiros o que realmente tem pensado efetivamente como metas viáveis, no caso de primeiro o que existe sobre a possibilidade de continuidade no governo e como pretende viabilizar isso, em termos jurídicos, já que o candidato eleito, conforme a proclamação do resultado das urnas, pela Justiça eleitoral, é outra pessoa, pelo menos por enquanto. Depois disso, então seria possível o anúncio das metas ora reveladas para o seu novo governo, que não passa de verdadeira incógnita.

Uma pessoa houve por bem se manifestar, no grupo, para dizer que “Não concordo com vc. Imagino a movimentação nos bastidores que não devemos saber ainda. A presidência futura, a se manter os moldes divulgados, será uma destruição sem precedentes, onde honra, honestidade, moral etc não terão voz. Bolsonaro é um homem e nós, milhões que deixamos o barco a deriva por décadas. Sempre ele, culpado, antes do crime. Esse país é nossa responsabilidade, da poltrona não mudamos nada, porém dizer que ele não fez nada em quatro anos beira a irresponsabilidade. Vamos lembrar da pandemia, da guerra, do aparelhamento do judiciário e órgãos, vamos lembrar que herdou um caos político, administrativo, financeiro e pode, Deus não permitirá, entregar em condições de voar. Não sou imbecil e por isso tenho feito minha parte para que o caos se evapore.

Diante das manifestações, reli meu texto para sentir se falei o que não deveria, mas nada observei de anormal nele.

Eu analisei nele o plano agora revelado, que não foi executado no atual governo, tanto que ele é apresentado agora, quando deveria ter sido feito antes das eleições, em termos de consonância com o princípio da eficiência da gestão pública.

A crítica fora de contexto pode mostrar possível má vontade ao meu texto.

Não vi nada de mais de eu ter dito “ou os brasileiros que ainda acreditam nele são um bando de imbecis, que ainda não caíram na realidade de que o tempo urge e se comprime ao máximo o espaço para…”.

Quem quiser entender que ainda tem bastante tempo para a realização das medidas saneadoras das questões que afligem o país, tudo bem, por tratar de entendimento pessoal, o que é normal.

O direito de expressão não foi desrespeitado com o meu texto e ainda reclamam de um certo ministro e com razão.

Eu me considero ofendido, exatamente por ter externado meu pensamento, sem ofender ninguém, que também é livre para dizer o que bem entender, sem necessidade de qualificar pessoa de irresponsável, quando eu nem tinha criticado as realizações do governo, mas sim, frise-se, as metas ora apresentadas.

Sei que seria pedir muito, mas convém que haja um pouco de tolerância das pessoas, em especial na exata interpretação dos textos, como forma de respeito ao sagrado direito da liberdade de expressão.


Brasília, em 28 de dezembro de 2022

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