Um vídeo que circula nas redes sociais, afirmava que “para os bons entendedores, meias palavras bastam”, a despeito dos rumores que poderia haver intervenção militar adotada pelo Executivo.
Nada
mais justa essa assertiva, quando realmente houver sinceridade entre os
interlocutores, porque elas condizem precisamente com o sentido de quase tudo
que se pretende fazer acontecer, mas, no caso vertente, ainda faltava o detalhe
mais importante, que era a inabalável vontade da produção do objeto planejado
ou ansiado por brasileiros, quanto à pretendida intervenção militar, que parece
ter sido mero sonho.
No
caso específico, existia sim apenas a esperança de que algo substancial se
efetivasse como medida necessária à tentativa de frear os disparates que
grassam impunes na República tupiniquim, em especial com vistas a se viabilizar
a transparência desejável quanto à legitimidade da operacionalização das urnas
eletrônicas.
O
ideal mesmo teria sido à correspondência da necessária ressonância à
maravilhosa mobilização organizada pacificamente pelos verdadeiros patriotas,
que se preocuparam com o porvir do Brasil, principalmente no sentido de não se
permitir a nefasta e terrível volta da esquerda ao poder, com toda a
deplorabilidade de seus esquemas criminosos já praticados com absoluto e
absurdo sucesso, nos governos passados, inclusive quanto ao merecimento benfazejo
da impunidade para os criminosos de colarinho branco.
Não
obstante, essa grandeza por parte das autoridades públicas, na pessoa do
presidente da República e das Forças Armadas não aconteceu e nem vai acontecer,
como seria do dever de lealdade ao tamanho do esforço e da dedicação que foram
demonstrados ao longo dos 60 dias transcorridos depois do segundo turno
eleitoral.
Na
live de despedida, que foi ao ar hoje, o presidente da República, insensível
aos clamores de seus seguidores, disse que “não queria tumultuar mais ainda”,
se referindo ao resultado da eleição, em evidente estranho conformismo.
Ele
também foi muito enfático, ao se referir aos movimentos em frente aos quartéis
do Exército, tendo dito que, in verbis: “Essa massa, atrás de
segurança, foi para os quartéis. Eu não participei desse movimento. Eu me
recolhi. Eu acreditava - e acredito ainda - que fiz a coisa certa de não falar
sobre o assunto para não tumultuar mais ainda. A imprensa, sempre ávida para
pegar uma palavra errada minha, uma frase fora do contexto, para me criticar. O
que houve pelo Brasil foi uma manifestação do povo”.
Como
se vê, é extremamente frustrante o presidente da República omitir a verdade, ao
dizer que a população foi para a frente dos quartéis do Exército, pasmem, “atrás
de segurança”, quando, pelo visto, somente ele não tinha conhecimento de
que a massa referida por ele se dirigiu e ainda se encontra lá para implorar,
em caráter de urgência, por intervenção das Forças Armadas, nos exatos termos
do artigo 142 da Constituição Federal, cuja medida saneadora se harmonizava perfeitamente
com a competência funcional dele, o que vale dizer que ele estaria agindo
dentro das quatro linhas da Lei Maior.
A
aluda medida poderia sim já ter sido adotada se o presidente dos brasileiros
tivesse tido o mínimo de consciência sobre a imperiosa vontade dos eleitores
que votaram nele, no sentido de resistir ao máximo e não entregar, de mão
beijada, o poder à esquerda, que é algo nesse sentido que ele pouco se esforçou
para evitar, a despeito dos fortes sinais de irregularidades vislumbrados,
inclusive pelas Forças Armadas, na operacionalização das urnas eletrônicas, com
as quais, ao que parece, ele se conforma com elas.
O
certo é que a live do presidente teve o sabor de tristonha despedida, com os
ares de completo abandono do rebanho, no melhor sentido, que só demonstrou
fidelidade à pessoa dele, até o apagar das luzes do governo, cujo titular passará
para a história brasileira, por ser inevitável, como o mais covarde de todos, por
ele ter deixado de adotar as necessárias medidas, em termos de intervenção militar
contra as arbitrariedades impostas pelo poder usurpador da Constituição.
Essas
medidas estariam respaldadas na Constituição, que poderiam ter por exclusiva finalidade
a transparência sobre o resultado das urnas, na forma de fiscalização, com o
emprego do código fonte, sobre a regularidade da votação, de modo a se confirmar
a veracidade acerca dos candidatos proclamados vitoriosos.
Tudo
isso se fazia à luz do disposto no artigo 142, onde ali diz que as Forças
Armadas, se convocada, deve assegurar a garantia da lei, a tanto negada pelo
Tribunal Superior Eleitoral, que não forneceu o código fonte às Forças Armadas,
que pretendiam fiscalizar o resultado das urnas, mas elas não tiveram acesso a
esse mecanismo eleitoral, fato este que contraria dispositivo constitucional, ex-vi
do disposto no art. 37, que diz: “A administração pública direta (...) obedecerá
aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e,
(...).”.
Enfim,
o restinho de esperança de que o presidente da República ainda pudesse decretar
a intervenção militar foi para o espaço sideral, com a notícia de que ele
sorrateiramente fugiu, antes do término do governo, para Orlando, Estados
Unidos da América, tendo conseguido frustrar muitos de seus seguidores que
acreditavam que ele seria capaz de interpretar, como homem público, o sentimento
de seus eleitores.
A
verdade é que fica o imperdoável sentimento de que ao faltar com a verdade para
com os seus seguidores, permitindo que eles ficassem, em vão, por tanto tempo à
frente dos quartéis do Exército, o presidente da República não teve a hombridade
de dialogar com eles, no sentido de dizer a verdade do que pretendia fazer.
O
presidente do pais precisava ser sincero ao povo, por meio de explicação
claras, objetivas e honestas, como, por exemplo, a de que não teve o necessário
apoio das Forças Armadas para a intervenção, que nunca foi tão necessária, ante
as circunstâncias, diante da delicadeza dos graves problemas existentes no
Brasil, em especial quanto ao resultado das eleições, que vão passar para
história como um dos mais suspeitos de fraudes consentidas pelas autoridades
constituídas.
Agora,
fugir do Brasil não poderia ter sido a pior alternativa optada pelo presidente
da República, uma vez que ela poderia ter sido mais bem compreendida se ele
tivesse a humildade de esclarecer os fatos que o levaram a se refugiar em outro
país, dando a ideia de que algo muito errado ele teria praticado, que a melhor
solução era a procura de proteção pessoal.
Esse
fato só aumenta a insatisfação das pessoas que se sacrificaram por absolutamente
nada, diante da pouca importância dada por ele, que poderia ter evitado tamanho
desgaste se ele tivesse sido sincero, desde o início, sobre a sua injustificável
fuga, como salvo conduto pessoal, no apagar das luzes de seu governo, dando a
impressão sobre dívida não saldada.
Enfim,
certamente que hoje é um dia cinéreo para a história política brasileira, em
que o presidente da República se retira do poder antes do término do governo, ao
meio de forte crise, sem que ele tivesse a humildade de prestar explicação aos seus
seguidores, em especial, que se solidarizaram com ele, desde o momento da
derrota dele, sendo, por isso, em forma de respeito, merecedores de palavras esclarecedoras,
em resposta aos seus anseios.
A
verdade é que, mais uma vez, termina uma gestão, mas fica o registro sobre a inteligência
do adágio popular quando diz que o povo tem o governo que merece, pelo visto, tanto
este como certamente o futuro.
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