O presidente da República afirmou que as Forças Armadas devem lealdade ao “nosso povo” e respeito à Constituição, que nunca saiu das “quatro linhas”, ressaltando, de forma enigmática, que “tudo dará certo, no momento oportuno”, porque, para ele, “nada está perdido” e que é preciso fazer a coisa certa, sem citar o que seja o sentido de coisa, que ele acha certa.
Em mensagem bastante
imprecisa, o presidente do pais disse aos apoiadores dele que “Nada está
perdido… nunca sai de dentro das quatro linhas da Constituição e acredito que a
vitória será também desta maneira. Dou a minha vida pela minha pátria”.
Aos apoiadores, o
presidente do país pediu que acreditem, se unam e critiquem somente se tiverem
certeza absoluta e que busquem alternativas, tudo no seu estilo de pura
indecisão quanto ao momento em que o povo espera que ele seja a salvação da pátria,
para livrar o Brasil do caos, com a volta ao poder, uma vez que a única
alternativa é a clareza sobre o resultado das urnas, mediante a obtenção do
código fonte, para se permitir se aferir a legitimidade do processo eleitoral.
O presidente brasileiro
afirmou que “Não podemos esperar chegar lá na frente e olhar para trás e
dizer o que eu não fiz lá atrás e chegarmos a esta situação de hoje em dia?
Sabemos que cada minuto é um minuto a menos, vamos fazer a coisa certa.
Diferentemente de outras pessoas, vamos vencer”.
O presidente do país
ressaltou que não é fácil enfrentar o sistema, repetindo o discurso pronunciado
quando ele chegou ao governo, em 2019, também ressaltando que as Forças Armadas
são o último obstáculo ao socialismo.
O presidente do país,
em tom de questionamento, disse que “Não vou falar do outro lado político,
mas qual o futuro do Brasil? O que aconteceu, por que chegamos a este ponto,
demoramos a acordar? Nunca é tarde para acordar e sabermos a verdade.
Logicamente quanto mais tarde você acorda, mais difícil é a missão. Não é ‘eu
autorizo’ não, é o que eu posso fazer pela minha pátria. Não é jogar a
responsabilidade a uma única pessoa. Eu sou exatamente igual a cada um de vocês
que está aqui”.
O presidente do país
precisa se conscientizar de que realmente tudo dará certo e no momento oportuno
quando se tem ideias claras do que precisa ser feito para a salvação do Brasil,
principalmente diante de situação que se mostrou gravíssima e precisa de atitudes
e providências à altura do combate, mas nada foi esboçado, de forma efetiva, para
a eliminação do que está errado.
Compete ao presidente
do país sim a responsabilidade primacial, com o apoio do povo, que vem
demonstrando isso, com a sua presença nas ruas, desde o término das eleições, para
a adoção das medidas cabíveis, já que ele sabe como será o futuro do brasil e
tem noção exata do que precisa ser feito para a obtenção da normalidade democrática.
Parece até paradoxo o
presidente do país falar que “quanto mais tarde você acorda, mais difícil é
a missão.” e, apesar disso, demorar tanto para agir, na forma que ele já deve
ter o entendimento do que seja necessário para evitar que o Brasil seja jogado
no abismo sem volta.
A verdade é que
realmente não se trata de autorização do povo, mas sim do apoio dele e especialmente
da conscientização de fazer a coisa certa, porque, como disse o próprio presidente
do país: “Sabemos que cada minuto é um minuto a menos.”, ou seja, se não
tem tempo a perder, por que tanta demora em agir, se há realmente necessidade
de fazer algo para evitar o desastre do Brasil?
Quanto o presidente do
país diz que “nada está perdido”, subentende que ele sabe perfeitamente
o que deve ser feito e insinua ter certeza de que seu plano será vitorioso, mas
prefere disseminar indecisão perante os seus apoiadores, esticando a corda até
quanto, para decidir, como seja necessário?
O ponto nevrálgico de exclamação
fica por conta do fato de que o presidente do país sempre foi incisivo e preciso
quando defendia as suas colocações perante seus adversários, mas, depois da última
a sua firmeza vem claudicando com a demora abissal de agir e ser transparente
quanto aos seus objetivos, preferindo se pronunciar por metáforas e indiretas,
quando o momento exige que ele seja expedido, claro e objetivo.
Ressalte-se, por
último, que as Forças Armadas devem sim lealdade ao povo, por força do que dispõe
o disposto no art. 142 da Constituição, que estabelece, ipsis litteris: “As
Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são
instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia
e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se
à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constituídos e, por iniciativa de
qualquer destes, da lei e da ordem.”.
Convém se esclarecer
que a incumbência da garantia da lei e da ordem, pelas Forças Armadas, precisa,
em primeiro lugar, que isso fique muito bem caracterizado, na forma da lei, mostrando
que o país se encontra à beira do caos político-administrativo, e, segundo, que
um dos poderes da República tenha a iniciativa para a convocação delas para
porem ordem no Brasil.
Em princípio, vale se
afirmar que, nas circunstâncias, compete ao presidente do país, se ele achar
que é o caso de desordem pública ou da lei, convocá-las para a adoção das
medidas no sentido de se pôr a devida organização no Brasil.
Impõe-se que fique
muito claro que a convocação das Forças Armadas, com a finalidade de imposição
da organização do país, passa a existir somente o poder delas, como se elas
fossem, ao mesmo tempo, o Executivo, o Legislativo e o Executivo, ou seja, esses
poderes não funcionam, com isso, fica entendido que elas vão programar novas eleições
para presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, estaduais
e distritais, além de nomearem novos ministros do Supremo Tribunal Federal,
para tomares posse na mesma data dos eleitos para os outros dois poderes,
quando elas também saem de cena, tudo na mesma data, passando o país a funcionar
com plena normalidade.
Como se vê, os poderes
das Forças Armadas, nesse caso, são amplos e gerais e é exatamente por isso que
se diz que elas podem funcionar como o quarto poder e é verdade, diante da sua plena
autonomia para decidir sobre os destinos do Brasil, enquanto estiver colocando
as coisas em ordem.
Isso posto, importa que
o presidente da República diga realmente o que tem em seu poder que possa
comprovar irregularidades capazes de comprometer o resultado das eleições e que
medidas ele pretende adotar para o saneamento desejado, justificando por qual razão
elas ainda não foram tomadas, em benefício da lisura do pleito eleitoral e do
interesse dos brasileiros, já que ele suspeita sobre a iminência de situação
catastrófica no Brasil.
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