domingo, 18 de dezembro de 2022

O movimento dos astros

 

A translação anual secular em torno da sol, estrela maior do próprio sistema, tem sido capaz de sustentar o desejo das pessoas de bem de que o círculo elíptico, que logo breve se inicia, com a passagem de ano, seja marco de esperança também do amadurecimento da raça humana, principalmente dos brasileiros, em que somente sejam possíveis as boas ações em benefício da humanidade, evidentemente afastando tudo aquilo que conduz à destruição e ao desamor no seio da espécie e da nacionalidade.

Desde os povos antigos que o reinício de cada ciclo natural das atividades agrícolas, compreendidas a partir do preparo da terra, da semeadura e da colheita, serviu de exemplo, sob lição, em comparação aos ciclos da vida das pessoas, com a concepção, a infância, a integração familiar com a sociedade, em processo milenar da procriação da espécie, em reinício de novos ciclos, sempre na esperança do aperfeiçoamento da humanidade.

Essa tem sido a tônica da verdade da vida, mantidas as observações básicas da existência humana, que fazem sentido de ser, quando se observa a evolução da espécie, ao longo da sua história, com o acompanhamento das infinitas voltas que a Terra já deu em torno da sua estrela-mor.

A verdade é que, para a mecânica do cosmos, pouco ou nenhuma significância tem o movimento dos astros ou a interferência de Cronos, em relação à vida na Terra, exatamente porque a ideia do aproveitamento dos movimentos celestes foi feita pelo homem, para o seu benefício nas atividades cotidianas, como forma da inserção de algum significado visível à vida, em nosso planeta.

As comemorações com base no ciclo solar têm sido feitas, por séculos, em todas as gerações, são meras convenções sociais, exclusivamente por conveniência, sem o menor sentido prático, uma vez que se nota que, ao longo da história humana, absolutamente nada de aproveitamento foi capaz de contribuir para alterar o comportamento humano, sempre com a exposição de egoísmo e discriminação em relação ao seu semelhante.

Exemplo disso são as guerras e os incontáveis conflitos que se seguiram ao longo da presença do homem no planeta, cujas desavenças se prolongam até os dias atuais, sempre com a marca da destruição, provando que a mecânica dos astros termina não tendo qualquer influência no comportamento humano, porque tudo depende exclusivamente dos estímulos dos homens sobre outros homens, em forma de ações e repressões, sempre as mais violentas possíveis.

A verdade é que muitas ações e repreensões aparecem em primeiro lugar na própria família, que deveria ser exemplo de união, paz e amor, as quais depois são estendidas para a sociedade, onde todo processo se agiganta e termina disseminando os conflitos intermináveis e incontroláveis.

Não há a menor dúvida de que as convenções sociais regulam, basicamente, as ações do homem na Terra, favorecendo ou inibindo o seu comportamento e a sua evolução, cabendo às instituições, como a própria família, as escolas servirem de norte para a correta condução das pessoas para a melhor forma de convivência social.

O certo é que nenhum movimento dos astros é capaz de orientar ou solucionar as questões sociais, ficando claro que compete ao homem, que sido a próprio origem de seus conflitos, buscar meios inteligentes e suficientes para solucioná-los ou pelo menos para minimizá-los.

Vejam que a translação da Terra pode servir como exemplo a ensinar que está no eterno retorno às origens a solução para muitos conflitos humanos, evidentemente contando com a participação das famílias e das escolas de qualidade, que têm capacidade para a busca do desenvolvimento que tanto anseia o ser humano.

A verdade, nua e crua, é que não se pode culpar os astros nem as estrelas por nossas mazelas, mas sim às deficiências da própria humanidade, quando esta tem sido incapaz de perceber que as graves questões criadas ao longo da sua história somente se resolvem a partir da conscientização de que o movimento dos astros começa e termina no nosso próprio umbigo.


Brasília, em 18 de dezembro de 2022

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