A versão
do governo é a de que a petista teria optado se manifestar por meio das redes sociais,
como valorização desse instrumento para o seu diálogo com a sociedade, ante o
cenário político-administrativo do momento, fato esse que atende aos
estrategistas palacianos.
Assessores
da presidente negaram que o objetivo da decisão de não se pronunciar em rede de
rádio e televisão seja evitar novo panelaço, como aquele verificado por ocasião
do pronunciamento dela na comemoração do Dia Internacional da Mulher.
Um
ministro disse que "Não é por isso.
Penso que a presidenta vai continuar utilizando a televisão, vai continuar
utilizando a cadeia nacional quando for necessário".
O
pronunciamento presidencial, no dia 1º de maio, já tinha sido se firmado como tradição
do governo da petista desde o seu começo, em 2011.
No seu primeiro ano
de governo, em 2011, a petista ressaltou, no Dia do Trabalhador, o
crescimento no número de empregos e renda no Brasil, tendo se comprometido a
continuar com a política de valorização do salário mínimo. Atualmente, o
emprego encontra-se em escala descendente.
No pronunciamento
de 2012, a
presidente cobrou redução nas taxas de juros por parte dos bancos privados, por
ter considerado "inadmissível"
que o Brasil, com um dos sistemas financeiros "mais sólidos e lucrativos", continuasse com taxas de juros
entre as mais altas do mundo. Atualmente, a taxa de juros está no patamar
vergonhoso de 13,25% a.a.
Já em 2013, a
petista disse no do
Dia do Trabalhador que seu governo não iria "descuidar nunca" do controle da inflação. A presidente disse
ainda que continuaria “sua luta firme”
pela redução de impostos e pela diminuição dos custos para produtores e
consumidores, além de ter destacado o aumento no número de empregos durante o
seu governo. Neste 1º de maio, a inflação se encontra em ascensão, houve recente
aumento de tributos, dificultando a competitividade da produção nacional e o
emprego sofre queda histórica.
Em 2014, o
pronunciamento ficou
a marca indelével da decepção, quando a mandatária do país teve a
insensibilidade de se ufanar de orgulho para anunciar reajuste de 10% sobre o pagamento
do programa Bolsa Família, exatamente sobre o benefício da classe considerada
não trabalhadora e não produtora de coisa alguma, ou seja, anúncio totalmente
fora de sintonia com o Dia do Trabalhador, porem com viés visivelmente
eleitoreiro, por ter sido ano eleitoral.
Na
verdade, o governo beneficiou exatamente quem não tem nada com trabalho, ou
seja, atitude em clara contraposição às comemorações daquela importante data
dedicada, como o próprio nome diz, ao verdadeiro trabalhador brasileiro, aquele
que produz para o desenvolvimento econômico do país e contribui efetivamente
para a formação positiva do Produto Interno Bruto, cujo trabalhador do bem, a
propósito, não se beneficiou de coisa alguma das medidas anunciadas pela
presidente do país.
Seria
mais prudente e sensato que o dia 1º de maio fosse transferido para 2019 e
assim a presidente do país não precisaria inventar essa história sem pé nem
cabeça sobre a valorização das redes sociais, pois seria mais honesto se
afirmar que ela realmente tem medo do panelaço, com a demonstração da sua rejeição
pela sociedade, ante o seu já tradicional discurso recheado de fatos
inverídicos. Com a transferência dessa data para as calendas, ela evitaria o
pesadelo do panelaço, deixando para o próximo governo tal constrangimento.
Afinal de contas, seu governo mantém, sem trabalhar, verdadeiro exército de
mais de 56 milhões, não fazendo sentido a comemoração do Dia do Trabalhador.
Trata-se
de decisão bastante equilibrada e sensata de não haver pronunciamento da
presidente, por não se permitir que o país seja novamente inflado com palavras
vazias e muitas falácias justamente na data que se comemora, com a devida
justiça, o Dia do Trabalhador, em homenagem a quem efetivamente trabalha e
gostaria que a presidente tivesse algo bom para ser anunciado.
O
Dia do Trabalhador será muito importante, uma excelente data, para a petista se
conscientizar sobre a necessidade de se encontrar maneira ideal de o seu
trabalho puder contribuir para se encontrar saídas mágicas para o país contornar
as graves crises econômica, política, administrativa e principalmente de
credibilidade sobre a sua capacidade de mostrar trabalho para remover, com a
maior urgência possível, os entulhos, entraves e gargalos que impedem em definitivo
que esse Dia do Trabalhador não tenha comemoração por parte do governo, que não
conseguiu mostrar ainda para o que veio, ante a desastrada condução das
políticas públicas, a exemplo da precária prestação dos serviços públicos e da
ineficiente adoção das políticas econômicas, que estão levando o país ao mais
profundo poço do caos econômico, político e administrativo.
A
nação implora, por tudo que é mais sensato, que as panelas brasileiras sejam
preservadas de maus tratos nesse importante Dia do Trabalhador, com a sensível
e inteligente contribuição por parte da presidente do país, no sentido de
permanecer calada nessa data, impedindo também que seus assessores, ao se
manifestarem sobre o evento, passem pelo constrangimento de eventual panelaço, exatamente
em represália à falta de trabalho por parte do seu governo e de benefício para
a população.
Sem
dúvida, constitui ineditismo o governo comandado pelo Partido dos Trabalhadores
não ter motivos e muito menos moral para encorajar a presidente do país a fazer
pronunciamento, por meio de rádio e TV, nas comemorações do Dia do Trabalhador,
justamente por temer ser vaiada e “panelada”, em repúdio à sua administração
desastrada e prejudicial aos interesses nacionais, notadamente na precariedade
quanto à prestação dos serviços públicos, péssima condução das políticas
econômicas e desmoralização dos princípios da dignidade e probidade na gestão
dos recursos públicos, fatos que representam extrema vergonha no contexto
político-administrativo nacional. Acorda, Brasil
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 30 de abril de 2015