Os fatos mostram à saciedade que o governo, apesar de
tentar provar o contrário, vem tendo, na atualidade, enormes dificuldades para
administrar, com capacidade, o país, motivo pelo qual a presidente brasileira
perde sensível apoio da sociedade e das instituições, sobretudo por ter
conquistado o governo com o emprego de mentiras e destruição de pessoas, em
dissonância com os saudáveis princípios da dignidade, honestidade e nobreza que
devem imperar nas relações entre a administração e a sociedade.
O
certo é que os brasileiros perderam excelente oportunidade, na última eleição,
para, pelo menos, tentar mudar esse drástico perfil de obsoletismo, arcaísmo e
coronelismo na politicagem brasileira, por não ter tido coragem de afastar da
vida pública a classe dominante imperialista e amante do abominável fisiologismo
na administração pública, na linha de tudo ser possível fazer, inclusive
destruir a dignidade das pessoas e as estruturas do Estado, para permanecer no
poder, a qualquer custo, em nome do maior e exclusivo objetivo político, em
detrimento das causas nacionais.
O
fato é que esse governo, com seu idealismo tudo pelo social, terminou sendo
responsável pelas piores crises política, econômica e administrativa da
história republicana, justamente por apenas priorizar a política social, que é
importante, a despeito de a administração ter sido capaz de esquecer que a
gestão pública envolve, necessariamente, um conjunto essencial de outras prioridades
que não podem ser menosprezadas, principalmente no que diz respeito à estruturação
e aos mecanismos responsáveis pelo desenvolvimento da nação, que precisa de
ações globais de aperfeiçoamento e modernização, para que possa acompanhar, de
forma permanente, a evolução da humanidade.
A
administração do país precisa estar em sintonia com os desenvolvimentos
científico e tecnológico, porém o Brasil os deixou para trás há muito tempo,
cujos governantes não tiveram a sensibilidade para perceber que a incompetência
gerencial e administrativa tem preço gigantesco para os brasileiros, por terem
se distanciados dos benefícios proporcionados nas nações que souberam valorizar
as atualizações de seus sistemas de funcionamento, com o aproveitamento das
boas e salutares ideias, objetivando exclusivamente o atendimento das
necessidades públicas.
Enquanto
o Brasil continuar sendo governado por homens públicos sem a menor perspectiva
de estadista com perfil de mudanças, no sentido de reformular as estruturas
retrógradas e estratificadas exclusivamente para a mera satisfação de seus
objetivos políticos, com prejuízo do interesse público, o país não conseguirá
sair do atoleiro para o qual foi muito bem conduzido por governo que também não
teve capacidade para enxergar, entre tantas deficiências, que o custo Brasil é
fator impeditivo da salutar competitividade da produção e do desenvolvimento
nacionais.
Nenhum
país do mundo consegue se desenvolver com a carga tributária escorchante como a
brasileira; os juros nas alturas, dificultando a obtenção de créditos para
consumo e investimento; a máquina pública pesada, ineficiente e onerosa; o
governo patrocinando o pior fisiologismo da face da terra; o descontrole das
contas públicas, onde se gasta mais do que se arrecada; as irregularidades com
recursos públicos imperando entre governistas e aliados, em verdadeira farra à
custa da viúva; a impunidade banalizada e generalizada; o cipoal de leis
desatualizadas, inaplicáveis e ineficientes; o conformismo com as estruturas
imprestáveis e obsoletas; a prepotência de tudo fazer para o bem da sociedade,
quando a estrutura do Estado se encontra falida, acéfala e cancerosa, incapaz
de responder às suas atividades vitais.
Além
dessas precariedades, há outras mazelas na administração brasileira que se
tornaram crônicas e prejudiciais à vitalidade da nação, que tem sua importância
ignorada quanto às suas potencialidades e riquezas. Malgrado, esse quadro nefasto
poderia ser transformado caso os homens públicos, que já demonstraram, de forma
cabal, plena incapacidade para capitalizar os verdadeiros sentidos de
patriotismo e de brasilidade, se conscientizassem sobre a premência de
saudáveis mudanças e reformulações dos sistemas tributário, político,
administrativo, trabalhista, previdenciário, fiscal, tecnológico etc., como forma
possível à retomada do desenvolvimento do país.
O
momento crucial da vida brasileira exige conscientização e reflexão da
sociedade sobre o apoio de medidas que possam contribuir para o saneamento das graves
questões que afligem as estruturas do Estado, de modo que seja possível a imediata
e imprescindível retomada do desenvolvimento da nação. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 20 de julho de 2015
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