Parece ter sido frustrante o enorme esforço do governo para tentar recuperar a sua
popularidade apenas com argumentos meramente com fundamento na propaganda e
publicidade, conquanto as providências concretas e objetivas somente demonstrem
acentuada decadência administrativa, conforme mostra a última avaliação do governo da presidente petista, com a evidenciação do menor nível histórico na pesquisa CNT/MDA, agora divulgada, tendo
indicado, pasmem, 7,7% de aprovação de ótimo ou bom, enquanto 70,9% o consideram
ruim ou péssimo.
Outra parcela dos pesquisados, no total de 20,5%,
considera o governo apenas regular e 0,9% não souberam responder.
A pesquisa anterior, realizada em março último, evidenciou
que 64,4% dos entrevistados consideraram o governo da petista ruim ou péssimo, contra 10,8% que o avaliaram como ótimo ou bom.
Na pesquisa, 60,4% das pessoas entendem que a crise
econômica é de extrema gravidade, enquanto a crise política foi considerada
mais grave por 36,2% dos entrevistados.
A CNT/MDA fez pergunta sobre a opinião dos
entrevistados, totalizando 2.002 pessoas, em 137 municípios, acerca de eventual
pedido de impeachment da presidente, sendo que 62,8% responderam favoravelmente
à saída da petista do governo, enquanto 32,1% disseram que são contra e 5,1% não
souberam ou não quiseram responder.
A principal justificativa para o afastamento da presidente
do país seria motivada pelas irregularidades nas prestações de contas do
governo, as chamadas pedaladas fiscais, com 26,8%, seguida pela corrupção na
Petrobras, com 25% e pela comprovação de irregularidades nas contas de campanha
presidencial de 2014, com 14,2% dos entrevistados.
A pesquisa fez a simulação de cenários eleitorais, com
vistas à sucessão presidencial, tendo o candidato tucano da última eleição
despontado na preferência dos pesquisados, com 35,1%, seguido pelo
ex-presidente da República petista, com 22,8%, e a ex-senadora ambientalista, com
15,6%.
Para pouco mais da metade dos entrevistados, com
53,4%, a corrupção é um dos principais problemas do país, mas, para 37,1%, ela
é o principal problema e para 7,8%, ela não está entre os principais problemas.
A pesquisa mostrou ainda que 55,5% dos
entrevistados acham que o emprego vai ficar pior, nos próximos seis meses, enquanto
15% acreditam em cenário melhor e 27,5% dizem que não vai haver mudanças. A metade
dos entrevistados entende que a situação da renda do trabalhador permanecerá
igual, no supracitado período.
A pequeníssima aprovação da presidente, de menos de
8% dos entrevistados, que pode também representar o mesmo percentual da
população brasileira, significa, de forma cristalina e inconteste, que existe
maciça rejeição ao seu governo, que consegue contrariar até mesmo os fiéis
eleitores petistas, em indisfarçável insatisfação pela precariedade das políticas
por ela adotadas, que levaram o país ao desastrado rumo à recessão, à corrupção
e ao descrédito da população nacional e internacional.
Não há dúvida de que a situação de governabilidade brasileira
é insustentável, diante da má formação da conjuntura política, econômica e
administrativa e da visível demonstração de incapacidade de a presidente
apresentar, em curto prazo, medidas indispensáveis ao saneamento das terríveis
precariedades criadas, nutridas e consolidadas no Planalto, que estão agora
causando violentos danos ao bem comum e ao desenvolvimento da nação.
É lamentável que a população somente agora tenha se
despertado para a real incapacidade administrativa da petista, ao se acordar da
terrível letargia que a impedia de enxergar a realidade nua e crua que custou
preço muito caro aos interesses nacionais, diante da péssima governança que foi
conquistada graças ao emprego, na campanha eleitoral, de ardis, mentiras e
deslealdade contra os adversários da petista e os eleitores, para os quais
foram omitidas informações valiosas sobre a falência do Estado brasileiro, à
vista dos pífios indicadores econômicos, que não puderam ser escondidos da
sociedade, no segundo mandato dela.
A
pesquisa em comento evidencia que o governo petista foi avaliado exatamente em sintonia
com o seu desempenho quanto à precariedade da prestação dos serviços públicos,
porquanto o país arrecada como as principais potências mundiais, possivelmente
em harmonia com a sua honrosa posição de sétima economia do planeta, mas a
saúde pública, a educação, a segurança pública, os transportes, a
infraestrutura, o saneamento básico e demais ações de incumbência
constitucional do Estado se equiparam aos mesmos das republiquetas, onde o povo
é tratado com completo desprezo pelos governantes, que apenas valorizam as coalizões
de governabilidade e alianças com vistas à perenidade no poder, em detrimento
dos interesses do povo e da nação.
Os
incríveis e quase insignificantes 7,7% de aprovação da presidente do país,
certamente originários de pessoas com insuficiente conhecimento sobre a
realidade da sua gestão, suscitam a urgente estimulação de mudança da
legislação pertinente, com vistas a possibilitar a provocação de eleição
nacional, com a finalidade de os brasileiros decidirem sobre a continuidade ou
não do governo que tem sido inegavelmente desastroso, desacreditado,
ineficiente e extremamente prejudicial aos interesses nacionais, pelos danos comprovadamente
causados ao desenvolvimento social, político, econômico e democrático, a par de
ainda demonstrar completa incapacidade para se evitar que a corrupção tivesse
se alastrado na administração do país, conforme mostram os fatos. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR
FERNANDES
Brasília, em 21 de
julho de 2015
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