No momento, há fortes especulações de que o mandato
da presidenta da República pode ter duração encurtada, à vista da forma
desastrada como o país vem sendo governado por ela, com a constatação da mais
grave crise econômica desde a hiperinflação do primeiro presidente civil brasileiro.
Embora a situação econômica se caracterize como da
maior gravidade, a petista não consegue demonstrar capacidade gerencial e
administrativa em condições de se evitar a imensurável tragédia que parece não ter
fim, em que pese a opção pelo receituário ortodoxo que ela jurara, na campanha
eleitoral, jamais fazer parte do seu governo.
A presidente não somente foi capaz de trair bem rapidinho
a palavra empenhada, como não teve a menor cerimônia para se alinhar ao
neoliberalismo que o PT tanto condenava desde a sua fundação, mas, mesmo assim,
como verdadeiro castigo, as medidas por ela adotadas têm sido ineficazes para arrefecer
a fornalha que consome e devora a prepotência do partido que se julga o
suprassumo da competência e da supremacia, que foram literalmente mandados para
o espaço sideral, à vista do terrível quadro econômico que grassa no país.
Não há dúvida de que, entre as crises instaladas no
país, a econômica é a principal a ressoar com extrema intensidade no desempenho
do governo e tem o peso de refletir maciçamente na queda da popularidade da
petista, que acaba ser aprovada por tão somente 7,7% das pessoas entrevistadas,
cujo percentual representaria, caso o Brasil adotasse o regime parlamentarista,
voto de desconfiança, o que poderia levar ao imediato afastamento da presidente
do seu cargo.
Mesmo no sistema presidencialista, a desaprovação da
presidente do país, por expressiva maioria de mais de 70% das pessoas ouvidas,
em grau de notável marca e representatividade da insatisfação popular, o que já
é motivo mais do que suficiente para se levar à renúncia de quem foi
responsável por levar o país literalmente ao fundo do poço - se é que, no caso
do Brasil, o poço ainda tem fundo e até onde ele pode se aprofundar, diante das
crises que se eternizam a todo instante.
Alheia ao aprofundamento das crises econômica,
política e administrativa, que afetam com gravidade seu governo, a petista se
posiciona contrariamente à sua saída, ao vociferar, com certa veemência, que
não largará a poltrona palaciana por hipótese alguma e vaticina: “Eu não vou cair! Não vou! Não vou!”,
em resposta àqueles que já contam com o fim do seu mandato, por absoluta falta
de condições e de competência para se evitar debacle ainda maior ao atual, à
vista dos enormes estragos já causados ao país.
O certo é que a presidente não vislumbra qualquer medida,
nem mesmo mágica, para sair da encrenca na qual ela, por inabilidade gerencial,
se meteu e, enfim, conseguir novamente o apoio e a aprovação do povo, estando,
agora, muito preocupada, com o pensamento focalizado para se evitar a abertura
do processo do impeachment, porque, diante da sua fragilidade e da baixíssima
aprovação popular da sua gestão, se ele virar realidade certamente os
parlamentares tenderão a acompanhar o sentimento do eleitorado, que não suporta
mais tantas precariedade e incompetência na administração do país.
É
evidente que conspiram contra a presidente as delicadas e cambaleantes situações
econômica, política e administrativa, com a tendência de ainda haver seu agravamento,
ante a nítida falta de sensibilidade dela para lidar com o caos implantado e
consolidado na administração do país, em que pese, ainda assim, persistir, com obstinação,
a permanecer no cargo, ignorando os insistentes apelos de seus opositores e
mais precisamente da sociedade, que gostariam que ela se afastasse do cargo, em
benefício da nação, sob a alegação de que a sua permanência no Planalto terá o
peso de agravar cada vez mais a trágica situação do país, pela evidente desorganização
das estruturas do Estado e da visível inexistência de priorização de políticas
públicas eficientes e capazes de revertê-la.
Convém
que, antes que seja impossível o restabelecimento das condições favoráveis à
recuperação, a sociedade precisa se conscientizar quanto à premência de
mobilização social, no sentido de demonstrar às autoridades públicas a sua
insatisfação acerca do quadro de absoluta insustentabilidade instalado pelo
governo no país, que já foi capaz de conduzi-lo para o fundo do poço, por meio
de suas políticas desastradas e malévolas aos interesses da nação, além da total
demonstração de incapacidade de criação dos mecanismos e instrumentos capazes
de restabelecer a recuperação política, social, econômica e administrativa do
país. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 28 de julho de 2015
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