O
ministro da Comunicação Social, que foi o tesoureiro da última campanha à
reeleição da petista, disse que estava "indignado" com as acusações
feitas pelo presidente da UTC, em delação premiada, quando ele teria apontado
repasses irregulares à campanha pela reeleição da presidente da República. O
ministro, para variar, assegurou que toda a arrecadação eleitoral do comitê da
petista foi feita dentro da legalidade.
O
tesoureiro declarou que "Me causa
indignação que o meu nome tenha sido envolvido em uma delação premiada. Me
causa indignação o vazamento seletivo dessa delação premiada e me causa
indignação a construção da tese de criminalização, também seletiva, das doações
da nossa campanha, quando outras campanhas também receberam doações
semelhantes, com o mesmo caráter. Eu
jamais tive qualquer diálogo que não fosse o diálogo que o tesoureiro de
campanha tem, como os demais tesoureiros tiveram com ele (Pessoa). Ao longo da trajetória, nenhum empresário
fez qualquer afirmação que insinuasse que os meus diálogos não tivessem
ocorrido dentro da legalidade, com lisura e transparência".
Em
defesa da legitimidade das doações, o petista ressaltou ainda que as contas da
última campanha foram "rigorosamente
auditadas e aprovadas por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral
(TSE)” e que as contribuições feitas pela UTC representam "apenas 2%" do total arrecadado na
reeleição da petista.
Ele
asseverou que "Eu jamais tive
qualquer diálogo com esse empresário que não fosse o diálogo que o tesoureiro
de campanha tem, como os demais tesoureiros tiveram com ele. O que ele pactuou
foram doações legais, dentro da legalidade".
O
ministro considerou absurdo o que chamou de "vazamentos seletivos" do depoimento e disse que vai constituir
advogado e pedir acesso à delação premiada em causa.
Em
conclusão, ele disse "Se confirmado
o conteúdo divulgado pela imprensa - caso se confirmem as mentiras divulgadas
-, eu tomarei as medidas judiciais em defesa da minha honra. O que farão cessar os benefícios decorrentes
de uma delação premiada que não expressa as verdades dos fatos.".
Não
há a menor dúvida de que o ministro tem todo direito de estrebuchar, por ter
vindo à tona mais confirmação sobre o lamaçal petista de sem-vergonhice que vem
causando desonra aos brasileiros, que a todo instante ficam sabendo de mais
falcatruas e irregularidades causadas por quem tem a obrigação constitucional e
legal de dignificar a liturgia dos cargos públicos galgados por meio de
eleições, que deveriam servir para respaldar a dignidade e a honradez dos
homens públicos.
No
dizer do ministro, não é lícito que a deleção premiada sirva para se dizer a
verdade dos fatos, em se tratando da revelação de artifício tramado sob o manto
da ilegitimidade, que deveria ter ficado em segredo entre os interessados, ou
seja, a UTC e o partido do governo, porque ambos se beneficiaram com a
indignidade perpetrada com o envolvimento de dinheiro de origem espúria, em que
a empresa tinha a garantia da contratação pelo Estado, por preços
superfaturados, e o partido participava normalmente do repasse do dinheiro
sujo, fruto da corrupção, que realmente não deveria fazer parte da delação
premiada, para não comprometer a “dignidade” do ministro, que teria, segundo
ele, agido dentro da legalidade, naturalmente na legitimidade instituída pelo próprio
partido governista, que não ver nenhuma ilegitimidade que dinheiro proveniente
de fraude contratual dentro do próprio governo se transforme em moeda válida.
É
evidente que as afirmações do ministro se respaldam no esdrúxulo beneplácito do
Tribunal Superior Eleitoral, que tem se pronunciado até agora pela regularidade
das prestações de contas dos partidos participantes de esquemas de corrupção
para desviar recursos públicos, quando a sua missão constitucional exige que
ele seja o principal agente do Estado, no âmbito da Justiça Eleitoral, para controlar,
fiscalizar e impedir que partidos políticos ou ho0mens públicos fiquem
utilizando dinheiros, públicos ou privados, de origem irregular para
financiamentos de campanhas eleitorais, em verdadeira afronta aos princípios da
legalidade e da dignidade que devem imperar na administração pública.
Ao
invés de rebater, repudiar e ameaçar com palavras vãs os depoimentos da delação
premiada, que pode ter fundo de muita verdade, por ser o que se exige
legalmente em casos que tais, o ministro petista tem a obrigação constitucional
e legal de apresentar à sociedade e à Justiça, principalmente, elementos
probantes da sua inocência e da ausência de culpa da candidata petista nesse
imbróglio, que, de forma esperta e maquiavélica, transferiu a responsabilidade
do caso para o seu tesoureiro de campanha, como se ela não fosse a principal beneficiária
dos recursos enlameados pela corrupção, mesmo que em apenas alguns minguados
reais, conforme, em desdém, esclarece o ministro, que disse que as
contribuições da UTC representam "apenas
2%" do total arrecadado na reeleição da petista.
Não
obstante, o tesoureiro petista preferiu desconstruir, agora, depois dos
depoimentos reveladores dos fatos irregulares e comprometedores, a pessoa do
executivo, antes honradíssima, enquanto fazia as generosas doações para o
financiamento da campanha da petista, não importando nem um pouco quanto à
origem delas e muito menos a honradez do seu doador, que agora não passa de
reles delator, sem moral.
A
sociedade precisa se conscientizar, com urgência, sobre a forma espúria e
inescrupulosa como se constrói governo neste país, nos últimos tempos, sob a égide
da indignidade e do menosprezo aos princípios fundamentais da moralidade e
legalidade, como relevam à saciedade os depoimentos constantes das investigações
da Operação Lava-Jato, em verdadeiro engodo à população deformada pela crendice
em plano de governo alicerçado em promessas mentirosas, tendo como propósito a
satisfação de interesses pessoais e partidários, em cristalino e indiscutível
projeto político de destruição das causas nacionais e dos brasileiros. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 1º de julho de 2015
É verdade meu amigo!!!
ResponderExcluirÉ preciso cuidar de uma coisa preciosa chamada CARÁTER. Isso vale para pessoas e instituições.
O que nós somos hoje veio recebendo seus contornos ao longo de nossa formação.
De um modo mais amplo, CARÁTER é o que fazemos sem pensar (reações) ou pensando muito (decisões), mesmo que ninguém esteja vendo. É o que somos (bons ou maus) e o que fazemos (bem ou mal).
De um modo mais específico, no entanto, CARÁTER é um modo virtuoso de viver, mesmo que ninguém esteja vendo. Quem procura fazer o bem não o faz motivado pelos aplausos humanos.
Tem a ver com ética, que é o jeito socialmente aceito de vivermos no mundo, e tem a ver com moral, que é o compromisso de fazer o que é certo, não importam os valores que estejam de plantão.
Ter caráter é ter um bom caráter. Ter caráter é ter um compromisso com o bem-estar do outro. Ter caráter é viver para que o mundo seja justo. Ter caráter é estar disposto a praticar a transparência da verdade, dita e vivida em amor.Ter caráter é ser honesto. Ter caráter é desejar viver de modo virtuoso. Ter caráter é ser bom e isto não muda com o tempo ou com o lugar. Ter caráter é buscar viver de modo verdadeiro, nobre, correto, puro, amável e excelente, conforme lemos na Bíblia em Filipenses 4.8.
Nosso caráter é o nosso maior tesouro. Precisamos cuidar dele.
O que os fatos presentes, nessa política que aí está, nos faz constatar, é que esta é a crise maior. Ela tem um nome. Chama-se CARÁTER.