É
notório que, somente sendo julgadas no âmbito jurídica, as ações objeto das
denúncias contra o maior político brasileiro certamente resultarão em derrota fragorosa
contra ele, em função da robusteza das provas levantadas que o incriminam, e não
porque a força-tarefa da Operação Lava-Jato o persegue, por qualquer motivo que
seja.
É
possível que seja deflagrada guerra por parte dos simpatizantes e adoradores do
líder político, caso ele seja condenado pela Justiça em algum dos diversos
processos nos quais ele responde como réu, conforme acaba de ser preconizado por
um fiel porta-voz e escudeiro dele.
Esse
porta-voz não demonstrou o mínimo de preocupação em contestar as acusações que foram
colocadas nos ombros do líder-mor, deixando entender que tem sido normal a falta
de argumentos plausíveis capazes de refutar as denúncias que o incriminam, cuja
defesa propriamente fica a desejar até mesmo por parte dos advogados que cuidam
dos casos denunciados, que também não têm conseguido construir e alinhavar
argumentos consistentes para infirmá-las.
É
evidente que, para ele e os demais simpatizantes do político, o ex-presidente
teria praticado o único crime de ajudar os pobres e, se ele for condenado, será
por essa causa, que eles consideram correta, justificando mobilização de
militantes em defesa do pai dos pobres.
Com
base nesse pensamento, o fidelíssimo porta-voz alerta no sentido de que “eles pensarão duas vezes antes de fazer
bobagem”, ou seja: “os tribunais não
terão coragem de confirmar sua eventual condenação.”, dando a entender que
a mística em torno do líder-mor induzirá a militância a sair às ruas para lutar
e intimidar os magistrados incumbidos de julgá-lo.
A
falta de elementos capazes de destruir as provas coligidas pela Lava-Jato
contra o político fez com que a equipe da sua defesa se dirigisse à Organização
das Nações Unidas, com recurso destinado a refutar com meras acusações de
inverdades e por meios transversos, as sólidas acusações, alegando sobretudo suposta
perseguição política que estaria sendo empreendida pelo implacável magistrado
de Curitiba contra ele. Além de usar as audiências na Lava-Jato na tentativa de
irritá-lo, buscando tirá-lo da seriedade compatível com julgador imparcial,
tendo por objetivo a obtenção de material para a sustentação de argumentos de
que o juiz atua deliberadamente para prejudicar os interesses do político.
Diante
desses fatos lamentáveis, não há a menor dificuldade para se entender a razão
pela qual o país foi conduzido a tal situação de precariedade e de grave crise
econômica, principalmente no desempenho da administração pública, à vista da
péssima prestação dos serviços púbicos à população, que foi a pior possível,
conforme vinha sendo atestada pelo povo, muitas vezes protestando nas ruas
contra o desmando e o desgoverno de então.
O
partido com o nome que tem foi considerado autêntico inimigo dos trabalhadores,
em razão das progressivas perdas de cargos de trabalho, causando o maior
recorde da história de desemprego da República, de todos os tempos.
Em
contraposição às adversidades incontestáveis, o partido e sua militância
apaixonada e inflamada pelo fanatismo ideológico, embora responsáveis pela pior
crise econômica da história brasileira e pelo estrelado do maior escândalo de
corrupção da face da terra, ainda se esforçam e se empenham em criar os
chamados “fatos alternativos”, nome que foi notabilizado para a sustentação de
mentiras e distorções criadas para embaralhar a realidade dos fatos e esconder
a cruel verdade, que se confunde a destruição da economia e a interrupção do
desenvolvimento da nação.
As
articulações produzidas pelos petistas objetivam produzir o sentimento maior de
que o PT e suas principais lideranças foram transformados em vítimas da enorme injustiça
protagonizada pela “elite”, que, segundo o porta-voz, “enxergava no PT a raiz e o máximo da corrupção e agora está vendo quem
de fato assaltou o país”, ao assegurar que não foi o partido que “de fato” assaltou o país, tendo
concluído que os brasileiros são todos idiotas, que se comportam como se o PT
não fosse o responsável pelo estado da arte que atingiu a corrupção no Brasil.
No
entender do porta-voz, a economia afundou depois que a então presidente “começou a mexer no andar de cima”,
quando ela “fez a redução de juros, não
privatizou as elétricas e começou a ir para cima da taxa de lucro das
concessões”. Foi então que “o capital
começou a perder e acabou a brincadeira”. Isso “acendeu esse ódio” e “radicalizou-se
tanto que acabaram destruindo a economia do país”.
Tudo
isso não passa de desculpas esfarrapadas, como forma irresponsável de não
assumir o fracasso pela execução de políticas públicas sérias e competentes,
quando os fatos mostram a realidade nua e crua de governança desastrada,
irresponsável e incompetente, completamente prejudicial aos interesses
nacionais.
Na
verdade, o que complica a situação do partido é a extrema insuficiência dos “fatos
alternativos” produzidos justamente na tentativa de acobertar e esconder a
autêntica e cruel realidade revelada, com destaque para as investigações da
Operação Lava-Jato, dando conta dos estragos causados ao patrimônio da
Petrobras, graças à ganância desenfreada pela dominação das classes política e
social e da perenidade no poder, que levara ao aparelhamento da estatal por “habilidosos”
executivos na arte de desviar recursos para partidos de sustentação da
governabilidade.
À
luz dos trágicos acontecimentos que vieram à tona, reiteradamente renegados
quanto à sua paternidade, embora seja de todos conhecida e aceita sem a menor
contestação como sendo de quem se diz o paladino da ética, dificilmente “fatos
alternativos” sejam capazes de restaurar a reputação tão maculada e chafurdada
com as acusações e denúncias da maior gravidade de corrupção ao extremo,
impossibilitando qualquer tentativa de desvinculação com as irregularidades.
Urge
que a verdade triunfe sobre as absurdas tentativas de se esconder o que
realmente aconteceu de drástico contra os interesses dos brasileiros, de modo
que os responsáveis por tamanha tragédia nacional tenham a nobreza e a dignidade
de assumir a autoria dos fatos deletérios e prejudiciais ao interesse público,
para que seja possível a promoção da merecida assepsia do câncer da corrupção e
das incompetências administrativas. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 19 de março de 2017
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