Os
ex-presidentes da República petistas, cada qual aos seus estilos,
protagonizaram, recentemente, espetáculos próprios do anedotário nacional, à
vista da extrema zombaria à inteligência e à capacidade dos brasileiros.
Por
ocasião da primeira audiência que foi obrigado a comparecer, mesmo contra a
vontade, como réu para prestar esclarecimentos sobre a acusação da tentativa de
atrapalhar investigações da Lava-Jato, o petista aproveitou para reclamar da inadmissível
condição de vítima e de perseguição, tendo tripudiado das insinuações das
suspeitas sobre possíveis favores que teria sido alvo, no dizer dos
procuradores, principalmente com relação ao triplex e ao sítio, incluídas as
reformas nesses imóveis, e ainda os nababescos repasses a título de palestras
para empresas que, em compensação, lhe pediam favores, segundo afirmações da
força-tarefa da Lava-Jato.
Noutro
ponto, ele refutou a existência de organização criminosa no seu partido, além
de ter reclamado de se levantar diariamente com receio de ser preso e de negar
qualquer influência na indicação daqueles que saquearam sem piedade as empresas
do Estado.
Na
sua extrema “modéstia”, ficou o sentimento de que o ex-presidente gostaria que
tudo que se fala contra ele fosse simplesmente esquecido, porque não há a
mínima possibilidade de ele reconhecer qualquer malfeito que o incrimine,
principalmente porque, na opinião dele, as invencionices imputadas como sendo
da autoria dele não passam de insinuações originárias da oposição, da imprensa
e dos perseguidores que o querem longe do processo sucessório de 2018.
Ainda
na audiência, o político se referiu ao massacre que vem sendo submetido e se
lançou como verdadeiro “salvador da
pátria” contra o que ele chama de governo “ilegítimo”, que vem destruindo o país, esquecendo ele que a
situação econômica brasileira já é outra bastante diferente daquela bagunça
deixada por sua afilhada política, quando o país se encontrava mergulhado no
caos, com inflação altíssima, juros nas alturas, desemprego batendo recorde,
forte recessão econômica, falta de investimentos, descrédito dos investidores,
inclusive estrangeiros, além de outras mazelas que conduziam o país ao abismo
econômico.
No
fundo, ele se imagina aquele que tem o dom de ser o todo-poderoso, imaculado e
competente, com capacidade para arrebanhar a confiança dos brasileiros que
acreditam nas realizações no campo social, não se preocupando com as questões
de incompetência na execução dos recursos públicos e muito menos com a sua
efetividade e de moralidade, porque pouco importam os fins, mas sim os meios,
ou seja, na verdade, a culpa da situação caótica não é totalmente dele, mas sim
de quem infelizmente ainda tem a ingenuidade de acreditar piamente nas mentiras
que se propagam em profusão.
Já
a petista demonstrou que aprendeu muito com seu padrinho político, ao se se dirigir
ao primeiro mundo, como se tivesse falando para os bestas dos brasileiros,
tendo dito à plateia europeia, entre tantas diatribes, que os maus resultados
da economia foram culpados por seu afastamento, que o chamou de “golpe”,
omitindo o real motivo do impeachment, que foi o seu enquadramento no crime de
responsabilidade, que é resultado da prática de abuso do orçamento, quando se
gasta mais do que foi arrecadado e isso gera rombo nas contas públicas, a
exemplo da famosa contabilidade criativa, representadas pelas estapafúrdias
pedaladas fiscais.
No
tortuoso raciocínio desenvolvido na ocasião, a petista teve a insensatez de
indagar à plateia, sem corar a cara, o seguinte: “você acha que alguém investe em um país em que parte da oposição pede o
impeachment da presidente? Eles construíram algo irresponsável, a insegurança
do Brasil. Hoje a economia se deteriora”.
Não
é certo que a “economia se deteriora”,
quando todo mundo sabe que os principais indicadores econômicos estão dando,
agora, sinais de vitalidade e de recuperação, notadamente porque a economia não
se derrete como no governo dela, de vez que, hoje, a inflação caiu pela metade,
os juros estão em escala descendente e em rumo da civilidade, o emprego parou
de cair e agora está crescendo, a recessão se retrai e, enfim, os bons ventos
sopram de forma benfazeja, na proa da economia, bem diferente da situação
deixada por ela, conforme mostram os fatos.
Sabe-se
que a quase totalidade do Congresso Nacional e não somente “parte da oposição”, com o apoio da
maioria dos brasileiros insatisfeitos com a gestão deletéria dela, a afastou do
Palácio do Planalto, por caracterização do crime de responsabilidade, diante das
graves crises de indiscutível má administrativa do país.
A
petista conseguiu deletar da sua memória a deterioração da economia no seu
governo, tendo se esquecido rapidinho dos números que devastavam o PIB, os
empregos de milhões de trabalhadores, os repiques da inflação, o descontrole
nas contas públicas, a destruição das empresas, o caos, em resumo, em razão das
desastradas e inconsequentes medidas adotadas por ela, que contribuíam para
empurrar o país em direção ao fundo do poço.
Como
fez com muita maestria por ocasião da campanha da reeleição, a petista não
aprendeu a lição e continua falseando os fatos, evidentemente com a finalidade
de tirar proveito e mostrar situação diferente da realidade, para se passar por
vítima e perseguida por parte daqueles que não comungam com a sua cartilha da
incompetência e da insensibilidade sobre as precariedades e as mazelas que
imperavam no seu governo, em boa hora reconhecidos pelo Congresso Nacional, que
teve o respaldo retumbante do Supremo Tribunal Federal, ao negar todos os
recursos interpostos por ela, prova da legitimidade do processo de impeachment
dela.
Exatamente
para os suíços, que cultuam rígidos princípios de moralidade, a petista escondeu
que o partido dela cobrava percentagem de propina dos contratos celebrados pela
Petrobras, conforme informações constantes de delações premiadas, e disse, para
assombro do mundo, verbis: “duvido que vão continuar chamando o PT de
corrupto daqui para frente!”, quando os fatos sinalizam para a
caracterização de partido que se beneficiou do dinheiro sujo desviado da
Petrobras, à vista das investigações produzidas pela Lava-Jato.
Não
se sabe ainda com base em que ela teria feito tamanha insensatez, conquanto
nada foi provado em contrário das informações colididas das delações premiadas
e das investigações, que forneceram fartos e substanciosos elementos
comprovando o mar enlameado pelas irregularidades com relação aos recursos
repassados aos partidos que se beneficiaram das propinas, inclusive o dela.
Ultimamente,
não tendo argumentos para justificar seus desastrados atos
político-administrativos, a ex-presidente difama do país, da democracia e das
instituições como demonstração de verdadeira atitude de desprezo aos princípios
democrático e de civilidade, por certo na tentativa de cunho populista de
encobrir e distorcer a realidade dos fatos, com vistas a se aproveitar da
situação, que, por enquanto, ainda se encontra bastante desfavorável para os propósitos
e interesses dela.
A verdade que é o maior político da história
contemporânea brasileira e sua pupila não teriam chegado onde chegaram se não
fosse o apoio maciço dos bestas e ingênuos brasileiros, que acreditaram
piamente nas mentiras com a face do autêntico populismo mais escrachado
possível, como forma de angariar a confiança do povo, fazendo-o a acreditar que
tudo que não vem de seu partido é contra os interesses sociais, porque somente
ele tem capacidade para executar as políticas que agradam o povão, que, aliás,
já passou do momento de se conscientizar que tudo que se faz para o povo tem a
marca do dinheiro público, proveniente dos contribuintes, sem qualquer
vinculação partidária.
O país foi contaminado, por muito tempo, pelas
mentiras que se tornaram verdade, na versão do petismo, e o povo menos
informado, na sua ingenuidade, acreditou nelas como se elas fossem verdade, à
mercê da falta dos autênticos homens públicos que se dignassem, como é do seu
dever público, a esclarecer à população o verdadeiro sentido das reiteradas
mentiras protagonizadas por quem efetivamente se beneficiaria delas, como forma
de alcançar seus objetivos políticos, em detrimento dos sentimentos da verdade,
ética, moralidade, dignidade e de tudo o mais que representasse princípios e
condutas condizentes com o verdadeiro caráter de retidão e de honestidade, que
não envolvesse artifícios arquitetados com a finalidade da obtenção de
vantagens pessoais e partidárias.
Enfim, encaminha-se para o desmascaramento daqueles
que transformaram o país em um complexo de mentiras e de artificialismo
próprios para a implantação do sistema socialista, onde prevalece o
totalitarismo das patranhas e do usufruto das vantagens propiciadas pelo Estado
somente por parte da classe dominante, sendo que a população sem instrução, desinformada
ou sem conhecimento sobre o verdadeiro sentido do populismo, que não passa de
viés eleitoreiro, com vistas à plena dominação das classes política e social e
à conquista do poder e à perenidade nele.
Convém que os bons e conscientizados homens
públicos sejam capazes de liderar campanhas nacionais, no sentido de
esclarecer, por meio de seus partidos e por cota própria, a população menos
informada e pouco esclarecida sobre o verdadeiro sentido nefasto das mentiras
protagonizadas pelos péssimos políticos, que as professam com a exclusiva
finalidade de se beneficiar da ingenuidade dos brasileiros, de modo que possam
ser desmascaradas as farsas das indústrias das reiteradas e poderosas mentiras,
de cunho político-eleitoreiro que somente causam prejuízos aos salutares
princípios republicano e democrático. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 29 de março de 2017
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