segunda-feira, 5 de março de 2018

A eliminação nas urnas


Cinco fundações de partidos de centro-esquerda lançaram o manifesto "Unidade para Reconstruir o Brasil", que centra seus objetivos na necessidade das eleições de 2018, invocando o pleno respeito à soberania popular, mas rechaçando o casuísmo do parlamentarismo e do semipresidencialismo, a par de não defender, de forma explícita, o direito de candidatura do ex-presidente petista à Presidência da República.
As fundações signatárias desse manifesto frisam que essa não é a consolidação de uma aliança eleitoral entre os partidos aos quais estão vinculadas.
O manifesto diz que "Independentemente das estratégias e táticas eleitorais do conjunto das legendas progressistas, uma base programática convergente pode facilitar o diálogo que construa a união de amplas forças políticas, sociais, econômicas e cultural".
O documento propõe que a segurança pública tenha suas competências definidas por meio de pacto federativo, como forma eficiente de combate à violência, em que seja feita "revisão completa da política atual de combate ao tráfico de drogas, patrocinando um amplo debate sobre os limites da legislação relativa ao consumo de entorpecentes e os efeitos desastrosos da chamada 'guerra às drogas'".
O texto propõe também reformas política, tributária, penitenciária, penal e do Judiciário, bem como a regulamentação da mídia, além de propor a modernização e o robustecimento das Forças Armadas, de modo que o seu objetivo seja "o cumprimento de sua missão constitucional e exclusiva defesa da soberania nacional".
O manifesto assinala que, "Ou o país se reencontra com o caminho da democracia, da soberania nacional, do desenvolvimento e do progresso social; ou seguirá na rota, que lhe impôs o governo Temer, do entreguismo, do autoritarismo e do corte crescente dos direitos do povo e da classe trabalhadora".
Segundo o texto, é necessário "vigorosamente, repelir a tentativa das grandes potências capitalistas de subordinarem o nosso país aos ditames de uma ordem neocolonial".
O documento, afirmando que há “forte desalento na sociedade", lista cinco medidas fundamentais e imediatas, como “a garantia das eleições; a defesa da soberania nacional, a defesa do patrimônio público, o combate à corrupção, com os instrumentos do Estado Democrático de Direito, e a implementação das reformas estruturais democráticas".
No que diz respeito às "diretrizes para um novo projeto nacional de desenvolvimento", o documento sinaliza para "um Estado nacional forte, portador de um projeto para a Nação, refratário à concepção oportunista e omissa do Estado mínimo neoliberal".
O manifesto ressalta a "urgência de se efetivar a reforma tributária progressiva que tribute mais os detentores de fortunas, as riquezas e rendas elevadas".
Causa enorme espanto que foram exatamente os partidos que encabeçam o manifesto, com suas ideologias malucas e retrógradas, que conseguiram destruir e desestruturar o Brasil, quase pondo na lona empresas do porte da Petrobras e do BNDES, ou seja, os mesmos políticos pretendem apenas reinventar fórmulas capazes de voltar ao poder, para dar continuidade à degeneração do patrimônio dos brasileiros, sob o argumento de conseguirem mais um voto de confiança da população para “arrumar” tudo que foi arruinado.
Causa espécie se verificar que, no manifesto socialista em tela, consta destaque para a defesa da “democracia” e do “progresso social”, conquanto esses essenciais princípios sejam imediatamente extirpados dos direitos humanos, com a completa perda da individualidade e da liberdade de expressão, como aconteceram nos países socialistas/comunistas, como a Venezuela, Cuba e outros de cunho totalitários, mostrando que o discurso socialista somente é real e autêntico enquanto ainda não se tem o poder sob seu domínio, porque os fatos evidenciam, de forma  harmônica, ao contrário do que se anuncia.

A questão mais emblemática do manifesto diz respeito à proposta sobre a "urgência de se efetivar a reforma tributária progressiva que tribute mais os detentores de fortunas, as riquezas e rendas elevadas", posto que aí é exatamente onde reside a essência da ideia socialista, em que se objetiva arrancar, por meio de tributação abusiva e extraordinariamente escorchante, dinheiros, recursos e patrimônios daqueles que se sacrificaram e conseguiram amealhar fortuna, fruto do seu trabalho e do seu esforço, já tendo sido pagos sobre ela os tributos legais pertinentes aos lucros e rendimentos, com a exclusiva finalidade de o resultado dessa arrecadação ser gasto, consumido ou empregado em benefício das causas socialistas, de modo que os capitalistas se tornem igualmente nas mesmas condições de pobreza, de miserabilidade impostas pela incompetência dos governos socialistas, cujo legado primordial, entre outros da maior gravidade, é o estrangulamento dos mecanismos de produção e do funcionamento do mercado financeiro. 
Até agora, as esquerdas tupiniquins seguiram fielmente os princípios preconizados pela ditadura cubana, na forma mais truculenta possível de destruição do Estado, conforme orientação constante da agenda idealizada pelo Foro de São Paulo, mentalizado pelo ditador cubano de então, cujo resultado tem como um dos pressupostos o maquiavélico esquema de corrupção com recursos públicos, que, na essência, serviam para custear as riquíssimas campanhas eleitorais, necessárias à perenidade no poder e à absoluta dominação das classes política e social.
Na atualidade, expressiva parcela da população da América Latina se despertou, tendo percebido que a ideologia esquerdista tem o verdadeiro nome de engodo, em que se fala bastante em igualdade social, mas os resultados disso não poderiam ser mais claros do que está acontecendo no flagelo da Venezuela, onde o povo está sendo dizimado pela falta de alimentos e a fome generalizada, principalmente por parte da população que não integra a cúpula do governo ditatorial e totalitário.
O certo é que as esquerdas continuarão ávidas pelo poder, conforme mostra o seu pensamento exposto no manifesto em comento, que tem por base as críticas ácidas àqueles que não comungam na sua cartilha ideológica, que são considerados antipatrióticos e capazes de levar o país ao atraso e ao subdesenvolvimento, quando foi exatamente a esquerda que conduziu o Brasil à recessão econômica, aos juros astronômicos, ao descontrole da inflação, aos rombos dos orçamentos públicos, aos esquemas de corrupção, ao rebaixamento do grau de investimento do Brasil pelas agências de classificação de risco, entre outras situações degenerativas dos salutares princípios da administração da coisa pública.
Os esquerdistas precisam apresentar projetos revolucionários, com ideologias radicais, que sejam diametralmente diferentes daquelas que serviram de base para a total destruição dos países que as implantaram, a exemplo de Cuba, cujo povo foi submetido ao limbo da incivilidade, que desconhece os avanços dos países modernos e evoluídos, principalmente as conquistas científicas e tecnológicas, e a Venezuela, que impingiu ao seu povo os mesmos critérios de ruindade e crueldade cubanos, com maior perversidade ainda, por meio da falta de alimentos, que vem causando a morte de seres humanos e animais domesticados.
Trata-se de enorme barbaridade o resultado da ideologia esquerdista ou socialista, que consegue seduzir o povo ao encurralamento da tragédia e da morte, como vem ocorrendo na Venezuela, diante da escassez de toda ordem, principalmente de alimentos, medicamentos e demais gêneros de primeira necessidade, não permitindo que a população tenha senão a opção de imigrar para vários países, em extremo desespero, em busca de socorro.
É preciso que os esquerdistas tupiniquins tenham a dignidade e a honestidade de esclarecer e assumir o lado podre da ideologia que defende, que não é nada diferente daquela implantada, com estrondoso fracasso, na Venezuela, deixando muito claro que foi o mesmo pensamento ideológico que levou o Brasil à trágica penúria da gestão afastada pela prática do crime de responsabilidade e muito mais por incompetência administrativa, patenteada nos rombos das contas públicas, conforme mostram os fatos.
À toda evidência, aquele governo foi responsável por levar a economia ao frangalho, tendo à frente a forte recessão, com elevados desempregos, taxas de juros em inaceitável percentual de 14,75% a.a., e inflação a mais de 10% a.a., quando o país se encontra, agora, em plena recuperação econômica, com esses indicadores em queda livre, à vista de os juros estarem a menos da metade e a inflação gira em torno de 3% a.a., embora o governo enfrente enorme impopularidade e ainda receba duras críticas da oposição, certamente por ele não comungar com a demolidora cartilha socialista.
É evidente que a opção pessoal para ser esquerdista é assegurada no princípio basilar do Estado Democrático de Direito, que permite ampla e irrestrita difusão desse sentimento político-ideológico, mas, também com assento nesse conceito fundamental da democracia, os brasileiros, no âmbito da sua consciência cívica e patriótica, precisam avaliar, de forma criteriosa, se convém ou não dar apoio ao regime que, onde foi implantado, tem sido modelo de absoluta destruição dos direitos fundamentais dos seres humanos e dos princípios democráticos, com a imposição às pessoas dos piores sofrimentos e maus-tratos possíveis, a exemplo do que vem acontecendo nos países como Venezuela e Cuba, entre outros, que professam o mesmo regime socialista.  
Na prática, a história mostra que experiências de decadência e destruição das sociedades sempre têm por trás um famoso revolucionário com ideias socialistas, cujas mentes ditas transformadoras conseguem conquistar o poder, para, logo em seguida, aprovarem mudanças radicais que levam o Estado ao pleno totalitarismo, dando nomes mirabolantes à causa, como revolução bolivariana e outras siglas pomposas e bem sugestivas para, com base nelas, massacrarem seus povos, tudo a justificar em nome da pseuda “revolução democrática”, que, de democracia, não tem absolutamente nada.
Os socialistas ainda tentam justificar suas barbaridades e seus crimes como sendo seus atos desumanos em benefício do mundo melhor, com o verdadeiro sacrifício da sociedade, que é normalmente dividida entre os penalizados e os apaniguados, enquanto estes concentram sob suas mãos o comando do Estado e o máximo e absoluto poder ditatorial, tendo como consequência a completa desestruturação dos princípios humanos e democráticos, por haver o esfacelamento das tradições conservadoras, da harmonia do povo e principalmente da economia, ficando com plenos poderes na administração do país, enquanto o povo vive na pobreza, no abandono e totalmente à mercê do Estado, normalmente em absoluta falência das estruturas.
Sabe-se que a corrupção é universal, existente em qualquer ideologia e em qualquer governo, porém toda e qualquer esquerda, em qualquer parte do mundo, tem demonstrado que é corrupta e sempre utiliza a corrupção e o aparelhamento do Estado como meios para a conquista de objetivos políticos e a manutenção no poder.
Apenas pode haver diferença na intensidade dos meios empregados pelos governos esquerdistas, em que uns podem ser mais moderados e outros mais radicais, porém todos têm histórico de terem destruído os países que administram, com a gravidade de ainda imporem ao povo as piores e prejudiciais consequências, a exemplo da tragédia que se abate impiedosamente na Venezuela.
Diante dos exemplos perniciosos efetivamente disseminados nos países de regimes socialista, em que a população tem sido extremamente oprimida e martirizada pelos governos ditatoriais, desumanos e cruéis, principalmente com a perda dos direitos humanos e dos princípios democráticos, além do sofrimento imposto pela fome e por privações generalizadas, convém que os brasileiros se conscientizem de que essa peste daninha do sistema socialista seja completamente eliminada nas urnas, varrida do mapa político brasileiro, para que o povo não seja prejudicado nos seus direitos de viver em absoluta harmonia com as normais condições humanas, sob os essenciais princípios da civilidade. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 5 de março de 2018

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