Dois
dos três ônibus do comboio do petista foram alvejados por tiros, na estrada
entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no interior do Paraná, não havendo
registro de feridos.
O
maior líder petista disse que “não é
homem de correr da briga” e que os tiros disparados contra sua caravana não
o intimidam, tendo ressaltado que “O que
estamos vendo agora não é política. Porque se quisessem derrotar o PT seria
muito fácil. Lança candidato, vão para a urna, quem ganhar toma posse e quem
perder vai chorar, como eu chorei quando perdi as eleições em 89, 94 e 98”.
O
político disse que “Se eles acham que
fazendo isso vai nos assustar, não vai”, porque “Isso vai motivar a gente a fazer muito mais coisa, porque nós não
podemos permitir que depois do nazismo e do fascismo a gente permita grupos de
fanáticos nesse país.”.
O
petista lamentou o episódio, fazendo essa indagação: “É inadmissível, ainda mais atacar um ônibus que tem a imprensa. Se
fosse eu até ficariam felizes porque não querem que eu dispute as eleições, mas
o que é que a imprensa tem com isso?”.
O
político lançou o seguinte desafio: “Se
querem brigar comigo, vamos brigar. Eu gosto da briga, eu não sou um homem de
correr da briga. Mas vamos respeitar a democracia nesse país. Democracia
pressupõe a convivência na adversidade. Cada um faz a opção que quiser”.
Ainda
não houve a identificação de quem teria disparado contra a caravana petista,
embora a Polícia do Paraná tenha informado que investiga o caso e confirma que
um ônibus foi atingido por tiros, quando transportava jornalistas de blogs e
sites independentes, que faziam a comunicação da caravana petista e repórteres
estrangeiros.
A
Secretaria de Segurança Pública do Paraná informou que foram deslocadas para o
local do incidente equipes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope),
grupo de elite da Polícia Civil do Estado, para reforçar as investigações sobre
os tiros disparados contra veículos da caravana do ex-presidente.
Segundo
a citada secretaria, já foi instaurado inquérito policial pertinente para
apurar o caso e o laudo pericial do ônibus deve ficar pronto nos próximos dias.
Aquela
secretaria disse que não houve pedido formal de escolta para a caravana ou para
o ex-presidente e que sequer tem conhecimento do “paradeiro” dele, embora tenha
reafirmado que a Polícia Militar do Estado reforçou o policiamento nos locais
indicados pela caravana.
Após
o incidente em comento, petistas acusaram as autoridades da área de segurança,
tanto federais como estaduais, de omissão em relação aos atos de violência
contra a caravana, registrados ao longo dos oito últimos dias.
É
evidente que uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas essa forma de
violência tem sido própria dos petistas, a exemplo do que ocorreu antes do
julgamento que resultou na condenação à prisão do todo-poderoso, quando a
presidente do partido dele disse que, para prendê-lo é preciso haver morte,
dando a entender que a militância fanatizada petista seria capaz de protegê-lo,
se possível sob risco de mortes.
Enquanto
isso, um senador fluminense, na mesma linha de incitação à violência, ameaçou
partir para a briga nas ruas, com práticas de guerra fraticida, no caso da
efetivação da prisão do seu líder-mor, em clara manifestação que sinalizava
senão o confronto, a baderna e, enfim, a violência extremada, que,
infelizmente, de certa forma, foi envolvida a comitiva da caravana do partido
petista, cuja caravana certamente transcorreria em clima de paz e harmonia se
não houvesse a irresponsabilidade e a demência de ameaças impensadas e
absolutamente desnecessárias, em se tratando de decisão judicial, que, contra a
qual, somente existe o remédio do recurso também no âmbito da Justiça, como
assim entendem e praticam os homens públicos dos países sérios, civilizados e
evoluídos, em termos políticos e democráticos.
Não
se pode dizer que os petistas estão pagando pelo preço de suas atitudes
políticas insensatas e irresponsáveis de incitação à violência, mas se pode
afirmar que talvez não tivesse tanta perturbação da ordem pública, nos últimos
tempos contra eles, se suas atuações fossem sob o primado, no mínimo, de prudência
e respeito ao bom senso e à razoabilidade nas relações sociais, principalmente
no que se refere aos princípios democráticos, que têm como pressuposto a multiplicidade
de opinião, pensamento e ideologia, em terreno de plena harmonia, sem a
bestialidade de que deva prevalecer sobretudo o sentimento partidário, em
detrimento das liberdades de expressão e individualidade, bem assim de
nacionalismo. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 29 de março de 2018
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