Um ex-jogador da seleção peruana de futebol
trouxe novamente à baila as suspeitas de que o jogo Argentina 6 x 0 Peru, disputado
no Mundial de 1978, na própria Argentina, tenha sido "comprado" pelos anfitriões.
O ex-jogador afirmou, em entrevista ao jornal peruano Trome, que quatro então
jogadores da seleção peruana, todos nominados por ele, incluído aí o goleiro,
teriam se "vendido" para
garantir a vitória dos argentinos.
A
seleção argentina, que foi país-sede do evento, acabou sendo campeã daquele
ano, precisava golear seu adversário em jogo de vida ou morte, para tirar diferença
no saldo de gols e vencer a seleção peruana, por, no mínimo, 4 gols para
se classificar para a final e, por consequência, eliminar a seleção brasileira.
Não
obstante, de forma extraordinariamente suspeita, os argentinos venceram os
peruanos por 6 a 0, mas no decorrer dos anos, foram divulgadas diversas
histórias e versões acerca de possíveis marmeladas do que poderia realmente ter
acontecido para que o resultado do jogo fosse tão facilitado em benefício dos donos
da casa.
O
mencionado ex-jogador disse ainda que o general ditador argentino de então fez
visita ao vestiário peruano, para, segundo ele, "desejar sorte" ao time, fato esse que ele considera que tenha
sido forma clássica de pressionar a seleção que enfrentaria os donos da casa.
Na
ocasião, como não poderia ser diferente, as suspeitas de resultado arranjado
logo dominaram o cenário da Copa do Mundo, com a possibilidade da compra de jogadores,
que agora se anuncia como o que realmente teria acontecido e isso é motivo suficiente
para enodoar o campeonato de expressão mundial, que deveria cingir-se somente à
disputa limpa em campo, entre os atletas.
Se
constatada a fraude, com a verificação da prática de procedimento irregular extracampo,
compete à FIFA, no mínimo, com a devida urgência, como forma de punição
exemplar, anular o título conquistado por meios ilícitos e incompatíveis com as
regras fundamentais do futebol.
De
qualquer forma, é preciso que os fatos sejam devidamente investigados, com
vistas à aplicação de penalidades duras aos culpados, no caso, dirigentes e
jogadores envolvidos, para que as sanções aplicadas possam servir de lição para
as novas gerações, de modo que fatos semelhantes nunca mais ocorram.
Aliás,
se for verdadeira a denúncia ora noticiada na mídia, não resta a menor dúvida
de que os países envolvidos merecem sofrer a pena máxima do futebol, qual seja,
de nunca mais participar de campeonatos patrocinados pela FIFA, que precisa
adotar medida dura contra aqueles que contribuíram para a desmoralização das
regras do futebol e conseguiram o campeonato por meio absolutamente contrário
aos princípios esportivos e futebolísticos, que precisam ter como fundamento o
estrito respeito às regras de condutas éticas e morais estabelecidas uniformemente
para todos. Acorda,
Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 14 de março de 2018
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