terça-feira, 13 de março de 2018

Na busca da convivência saudável


Tem circulado na mídia notícia inventada sobre a possível abordagem, na linha de temas para lá de polêmicos explorados no horário nobre da televisão, tratando, a exemplo, de transexualidade, violência doméstica e outros do gênero, pela Globo acerca da questão do incesto, como forma de se ganhar pontos na audiência. 
Segundo sites de pouco prestígio e sem o mínimo de responsabilidade com a verdade, a próxima novela das 21h da Globo iria abordar aquele tema, com personagem interpretada por atriz de 13 anos, que se apaixonaria, em relação amorosa com seu avô, que seria interpretado por ator de 71 anos.
De acordo com o texto publicado, “Uma das principais e mais polêmicas atrações da novela envolverá uma criança, uma garotinha de 12 anos que se apaixona pelo próprio avô e, numa linda história de amor, passam a ter relações e morarem juntos sozinhos em um outro país”.
Não obstante, a assessoria de comunicação da TV Globo cuidou de tranquilizar a população de que se trata de fake news, embora ela tenha confirmado o nome do ator noticiado para atuar na novela que substituirá a que está no ar: “O Outro Lado do Paraíso”, mas não haverá casamento entre ele e a neta, mesmo que que o nome da criança anunciada não está no elenco do novo folhetim.
Em reforço à informação de que o casamento entre avô e neta não condiz com a verdade, consta publicado a seguinte frase creditada supostamente ao diretor da trama: “Para o diretor da novela, João Emanuel Carneiro, a relação entre avô e neta dentro da novela gera polêmica, e polêmica gera audiência. João também afirmou que relações entre avos (sic) e netos são comuns em países do Oriente Médio. ‘Se é tão comum por lá, por que não implementar um pouco dessa cultura aqui, mesmo de forma fictícia?!’ Indagou o diretor”. 
Ainda bem que se trata de notícia falsa, diante de algo que não condiz com a tradição e a cultura brasileiras e, mesmo que essa desagradável história se passasse em folhetim novelesco, seria verdadeiro absurdo exatamente porque esse assunto termina, conforme a maneira como explorada na trama, influenciando parcela expressiva dos marmanjos e desmiolados vovôs que iriam imaginar que isso pode ser normal na vida real.
Não é novidade que muitos casos abordados na televisão terminam sendo transportados para a vida real, numa boa e sem censura, diante do pseudo pretexto dos tempos avançados e modernos, motivando forma de experiência que não passa de enorme prejuízo à formação familiar, cultural e moral de povo que precisa muito mais de bons exemplos por parte dos país, avôs e familiares ajuizados e capazes de contribuir para o engrandecimento moral das crianças e dos adolescentes, que seriam as primeiras pessoas a afetadas, em termos morais, justamente pela afinidade com os avôs, diante da aproximação entre eles, com o que se poderia dar gigantesco passo para o convencimento de ambos em forma ilegítima e imoral de constituição familiar, para os padrões familiares e culturais brasileiros.
Não se pode ignorar que outras culturas já possam ter adotado essa forma ilegítima que é o incesto, mas essa ideia indigna já faz parte da sociedade construída e mantida por elas, o que ainda não é o caso aqui dos brasileiros, porque isso constitui gravíssima agressão aos princípios do bom senso e da razoabilidade, caso houvesse a exploração e a abordagem desse tema nos meios televisivos.
À toda evidência, não há a menor justificativa para que questão tão sensível para os costumes e tradição dos brasileiros pudesse ser abordada exclusivamente pela infeliz e ridícula motivação de se buscar maior audiência televisiva, no horário nobre, porque a sua exploração se traduziria em forma de extremo propósito de desestabilização da solidez familiar, exatamente porque os fins não justificam os meios, diante das terríveis consequências no seio da sociedade.
Os brasileiros têm formação cultural absolutamente incompatível com essas formas avançadas de imposição de algo estranho aos nossos costumes e tradições, que apenas teriam o condão de contribuir para a destruição do sentimento moral do povo, que, ao contrário, precisa ardentemente continuar na incessante e permanente busca da convergência saudável e construtiva, como forma do fortalecimento da convivência familiar, cada vez mais unida e feliz. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 13 de março de 2018

Nenhum comentário:

Postar um comentário