Continua
repercutindo de forma intensa, positiva e maravilhosa a crônica que escrevi recentemente,
intitulada “É preciso ter heróis”, quando fiz a narrativa acerca da magnífica
recepção que tive na Câmara de Vereadores de Uiraúna, não somente enaltecendo a
cordialidade demonstrada pelos nobres edis uiraunenses, mas em especial pela
oportunidade ímpar de defender, mais uma vez, a aprovação do título de herói de
Uiraúna, tendo sido apresentado como o primeiro a ser homenageado com essa
honraria o sempre prestigiado humanista Bonifácio Fernandes, a par de ter deixado
ali vasta documentação para respaldar a medida justa e merecida.
Agora
mesmo tenho o prazer de ser agradecido por meu singelo gesto, com bonitas palavras
declinadas pela prezada prima Vescijudith Fernandes Moreira, filha de Bonifácio,
que assim se expressou, verbis: “Querido Primo Antonio Adalmir Fernandes, primeiramente, agradeço imensamente sua amizade e
reconhecimento por tamanha missão, lindamente cumprida por meu Pai. Sou
suspeita e, ao mesmo tempo, fã do trabalho que meu Pai desenvolveu em nossa
Terrinha. Abriu mão até mesmo de sua tranquilidade e privacidade para se doar
ao próximo, em sua grande maioria, abarcada pela pobreza e carência daquele
tempo. É um herói sim. E apoio seu projeto porque se trata de uma causa rica em
simplicidade, humildade e doação ao próximo. Prova de amor maior não há que
doar a vida pelo irmão. O doar-se é estar sempre atento às necessidades e
supri-las sem esperar nada em troca. É puro amor. Somente heróis possuem esse
desprendimento. Pessoas sensíveis e de conhecimento à causa estarão de mãos
dadas para essa interessante tarefa.”.
Certamente tocado e envolvido pelo espírito de
muitíssimo acerto das colocações feitas pela estima prima, que pintou, em
poucas palavras, o quadro fiel, riquíssimo e precioso de seu amado pai, tive a
inspiração de escrever, em resposta, o seguinte: "O real sentido do herói está naquele que fez ou faz, a vida toda, algo
que ninguém jamais consegue fazer ou imitar. Acredito que o título de herói
apenas simboliza o trabalho diferenciado e apaixonado de Bonifácio, porque
dificilmente alguém em Uiraúna irá superar o feito glorioso desse
extraordinário ser humano, como pessoa que amava seu semelhante com a simplicidade
dos humildes e imensurável bondade no coração, que tinha a grandeza dos
gigantes. Nós estamos em um momento maravilhoso para dizer isso às autoridades
públicas, em alto brado e som estridente, para elas compreenderem a real
dimensão de um ser humano que foi, na Terra, ou seja, depois de Deus, o melhor
e especial amigão de todos os doentes e também das pessoas sadias de Uiraúna,
sem desmerecer o importante trabalho similar desenvolvido por outras pessoas,
mas Bonifácio recebeu o dom divino de disseminar o bem e o amor entre seus
semelhantes e eu posso ter tido a inspiração divina, evidentemente nas minhas
singelas e limitadas condições literárias, para tentar dizer que é preciso sim
ter heróis em Uiraúna e que a materialização desse relevante acontecimento não
tem o condão de tão somente pôr em destaque o nome do grande herói Bonifácio,
mas em especial do nome de Uiraúna, que terá a grande honra de tê-lo entre
tantos heróis, porque sabemos que muitos também se sacrificaram e são dignos do
reconhecimento como verdadeiros heróis ou reais heroínas. Queira Deus que as
autoridades públicas de Uiraúna tenham a necessária sensibilidade de entender
que a concessão do título de herói aos seus lídimos agraciados apenas traduz o
mínimo de reconhecimento e gratidão pelo tanto que eles fizeram pela comunidade
uiraunense, sem exigirem absolutamente nada, cabendo agora que a justiça seja
feita por todos nós e que os seus nomes sejam apenas elevados e eternizados
oficialmente ao patamar onde sempre estiveram em vida, que já eram sim nossos
heróis de verdade, mas infelizmente isso não foi possível se dizer para eles,
como podemos agora, em altíssimo e bom som: Uiraúna tem seus heróis...”.
Como se
vê acima, é interessante e até impressionante se notar que, quanto mais se escreve
sobre personagem especial e marcante da história de Uiraúna, que foi verdadeiro
revolucionário, em termos humanitários, a encarnar a imagem verdadeira e fiel do
bom samaritano, como tal reconhecido à unanimidade pela população, muito mais
assunto aflora em riqueza de detalhes que somente contribuem para reforçar a
convicção sobre o merecimento da láurea em referência.
Diante do
exposto, percebe-se que o máximo de empenho ainda é pouco quando se sabe que a
causa é nobre e a sua conquista põe em evidência a evolução cívica da
população, por demonstrar, de forma espontânea e magnânima, a grandeza do
reconhecimento e da gratidão.
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 31 de março de 2018
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