domingo, 14 de outubro de 2018

À busca da civilidade


Por meio de uma placa de madeira, alguém mostra caso de homicídio de ser humano, atribuindo a criminoso simpatizante do presidenciável do PSL, considerado de extremadireita brasileira, tendo como início a foto da pessoa assassinada, vindo abaixo os seguintes dizeres, ipsis litteris: “APOIADOR DE BOLSONARO MATA. Cabelereiro gay, 57 anos, Cacá foi encontrado dentro de armário de seu apartamento. Junto a mensagens de Viva Bolsonaro (sic).” e logo abaixo desse texto foi colocada a fotografia do citado candidato, com venda nos olhos.
Ainda na postagem, em seguida à aludida placa, foi escrito, in verbis: “Então mais um.... me pergunto como o povo pode querer para presidente uma pessoa que insufla o povo a fazer esse tipo de coisa (sic)”.
Certamente que casos semelhantes a este, de acusação infundada e com o cunho de destruição de candidatura, vão aparecer aos montes, no decorrer da campanha eleitoral, que talvez seja fruto da sublime insensibilidade humana, pelo fato de o candidato inferiorizado na preferência de voto dos brasileiros não ser o líder da disputa presidencial, porque, se fosse, nada disso estaria, felizmente, acontecendo, de forma bastante lastimável, pelo envolvimento de sentimentos humanos, que se pretendem manipular por meio de informações absolutamente inverossímeis, porque não devidamente comprovadas perante a opinião pública.
É até possível que, quem não conhece o famoso histórico de determinado partido brasileiro, que não é novidade de sempre prometer fazer o diabo para ganhar eleição, termine acreditando em situação degradante, fantasiosa e absurda como essa, que até já incorporou aos anais dos fatos estapafúrdios da política tupiniquim.
 Por certo, as pessoas sensatas vão entender que o desespero é capaz de inventar muitas monstruosidades, injúrias e mentiras, na tentativa de prejudicar quem desponta como virtual vencedor do pleito de que se trata, que até nem pode ser o estadista que os brasileiros honrados anseiam para governar o Brasil, mas isso faz parte do jogo democrático, porque o seu adversário também tem as suas notáveis deficiências, a exemplo, mais aviltante, de fazer campanha eleitoral sob as inadmissíveis interferência e orientação de pessoa fora da lei, segundo veredicto da Justiça, que não compete a nós outros entrar no mérito da questão, justamente por falta de elementos.
Agora, as pessoas cristãs, que professam religiosamente os princípios do Mestre Jesus Cristo, precisam se conscientizar sobre o seu dever humanitário, em termos de respeito aos sentimentos ínsitos do ser humano, sabendo-se que todos são iguais perante Deus, e ter a suficiente sensatez humanitária de somente disseminar fatos e casos que tenham absoluta certeza da sua existência material, mediante a exposição da devida comprovação de que aquilo realmente aconteceu da forma como a imagem e a legenda apresentam para o público, tal e qual como ele aconteceu de verdade irrefutável.
A verdade é que as simples imagem e expressões publicadas, sem a devida autoria, na internet, podem ser forjadas por qualquer pessoa, ao seu talante doentio e agressivo, sem se preocupar com as consequências nefastas de acusação extremamente cruel e irresponsável, as quais não podem servir de argumento para se incriminar injustamente pessoas públicas, até se provar o contrário, porque isso, além de ser caracterizado como crime grave, depõe contra o sentimento de filho de Deus.
É absolutamente inadmissível que alguém, por mera ideologia ou simpatia à candidatura de determinado partido, possa acreditar, sem provas materiais suficientes, em situação tão degradante envolvendo sentimentos humanos, apenas com a finalidade de tentar prejudicar a candidatura adversária, que somente seria possível para as pessoas insensíveis e igualmente desmioladas, que professam as mesmas ideologias maldosas e desequilibradas.
É bastante lamentável que, em pleno curso do século XXI, ainda tenham pessoas que se achem evoluídas e influentes acreditando em imagens absurdas como essa, por contribuírem e as respaldarem por meio de compartilhamento irresponsável, que tem o visível propósito de denegrir a figura política de candidato que se apresenta como liderança opositora de outro candidato possivelmente da simpatia de quem, de forma entusiástica e até desequilibrada, se arvora em prestar desserviço aos princípios humanitários.
Essas pessoas mal-intencionadas deveriam entender que a evolução da humanidade mostra que há enorme sentimento das pessoas de não suportar mais esse jogo sujo da mentira, da truculência objetivando a mera destruição das pessoas, sem a devida base jurídica para tanto, que até poderia ser aceitável se a acusação tivesse o respaldo material, ou seja, a comprovação da materialidade da autoria da barbárie infantilmente construída, tal como mostra a imagem aviltante, por ser incompatível com o sentimento de cristandade que precisa imperar em nossos corações.
Em que pese o calor da disputa eleitoral, os brasileiros anseiam pelo melhor do Brasil, não importando a altura do desenrolar da campanha eleitoral, porque, infelizmente, os dois candidatos, diante de seus históricos políticos, não são, por certo, os melhores para a condução dos interesses do Brasil e dos brasileiros, à vista da gigantesca necessidade de mudanças e reformas das estrutura e conjuntura do Estado, que exige do estadista conhecimentos, competência e experiência muito além daquelas sinalizadas pelos pretendentes ao cargo mais cobiçado da República brasileira.
É preciso se compreender que possível incivilidade apresentada pelos candidatos não precisa ser seguida pelos eleitores, porque, ao contrário, as lições de cidadania dadas por estes podem contribuir para os indispensáveis e tão ansiados aperfeiçoamento e fortalecimento dos princípios republicano e democrático, que jamais serão alcançados quando são os próprios brasileiros que se colocam a serviço antagônico das virtudes e dos melhores princípios de civismo, por meio dos repudiáveis criação e apoio, por meio de divulgação, de fatos extremamente dissonantes da realidade.    
Concito os brasileiros honrados, de boa vontade e com amor no coração, atentos aos sentimentos cívicos e até cristãos, para muitos dos verdadeiros religiosos, que repudiem, com veemência, toda forma de difamação, injúria, mentira e qualquer outra maneira de cristalina forçação de barra, em termos desumanos, para tentarem a transformação dos entendimento e sentimento das pessoas, por via de mera manipulação absolutamente condenável e anti-humana, diante da imperiosidade imposta às relações sociais de respeito à diversidade, à multiplicidade de pensamentos e, em especial, à dignidade ao ser humano. Acorda, Brasil!
Brasília, em 14 de outubro de 2018

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