quarta-feira, 24 de outubro de 2018

A preservação da verdade


A pessoa que havia sido alertada, em crônica anterior, que não era elegante o endosso, por meio de Facebook, de mensagem inverídica se insurgiu, dando a entender que era normal agir com tamanhas insensatez, indignidade, falta de caráter e desonestidade, sem se ater que a destruição da imagem das pessoas não faz parte do sentimento humano, talvez ressalvado o fato especial em movimento da defesa de seu candidato à corrida presidencial, que assim, sob a sua ótica, tudo pode, inclusive disseminar mentiras.
Diante disso, escrevi o texto a seguir, para reafirmar a estranheza de tanta falta de dignidade de pessoa que não se preocupa em prejudicar, de forma graciosa, o seu próximo.
Na crônica, foi deixado muito claro, principalmente para quem defende mentiras, como no presente caso, que a mensagem de que se trata não condiz com a verdade, que é sentimento essencial do ser humano.
Na questionada mensagem se faz referência a alguém que já se tornou réu, quando, para que isso possa acontecer, é preciso que o Tribunal Superior Eleitoral, no caso, decida antes nesse sentido e isso ainda não aconteceu, porque o processo não foi julgado.
À toda evidência, não é justo que a verdade seja distorcida, quanto mais que a mentira apregoada tenha por objetivo tão somente macular a imagem de político importante e isso não é justo, sob a ótica do bom senso e da razoabilidade, que precisam estar no âmago do ser humano.
O citado texto mostra que a defesa de princípios e ideologia exige que as pessoas sejam honestas, verdadeiras e cristãs, porque ninguém gosta de ser tratado com injustiça, salvo essas insensatas pessoas que vivem disseminando mensagens que não condizem com a verdade e, o mais grave, não sentem o menor remorso nem comiseração, que são procedimentos impróprios do ser humano normal.
Nessa mesma ocasião, foi dito para uma senhora, que questionara meu texto, que ela não precisava ser injusta com relação aos fatos referidos na mensagem dela, que tem o sentido deliberado de tomar as dores de pessoa que mente descaradamente, por disseminar mensagem inverídica, e, se isso for verdade, a senhora não pode exigir que eu escreva sobre algo, em atendimento ao seu pedido, que diz: "agora faça um textão desse falando sobre o caixa dois do Bolsonaro. O que se esconde por trás da manipulação de fake news", simplesmente porque tenho responsabilidade e não posso escrever sobre algo que se trata de denúncia que ainda está sendo objeto de investigação pela Justiça Eleitoral.
Os fatos denunciados pelo PT, acerca do uso irregular de fake news pelo presidenciável adversário, podem ser verdade ou mentira, das duas, somente uma deverá prevalecer, convindo se aguardar o desfecho do imbróglio, para não se fazer juízo de valor sobre algo que foi empregado nas campanhas dos dois candidatos e, se há irregularidade para um deles, também há para o outro, porque, nesse particular, já se sabe perfeitamente quem tem muito mais experiência e cátedra em inventar mentiras, a exemplo do que aconteceu na campanha eleitoral anterior, em que a candidata à reeleição exagerou nas mentiras.    
Então, há meu comprometimento de escrever sim, com todo prazer, crônica especial sobre essa matéria e a publicarei nesta coluna sobre o resultado das apurações, que seja ele positivo ou negativo, porque tenho mostrado nas minhas crônicas o puro sentimento de equilíbrio, sinceridade e de somente dizer a verdade, doa quem doer, porque é exatamente assim que o ser humano deva proceder, com dignidade e responsabilidade, evitando prejudicar os direitos do seu semelhante.
É absolutamente incompreensível que ainda existem pessoas tão diferentes das outras, que não têm o mínimo de dignidade nem vergonha na cara para divulgar notícias e informações falsas, com visível finalidade de distorcer os fatos e a verdade, tentando com isso prejudicar a imagem de pessoas, mesmo ainda sendo alertadas sobre a gravidade da sua atitude maléfica e desumana.
Convém que se indague onde estão os sentimentos cristãos e a sensibilidade moral das pessoas, que não têm o menor escrúpulo em omitirem a verdade e, o pior, o fazem de forma proposital para tentarem obter, de alguma maneira, nas circunstâncias, dividendos eleitorais, com a exploração da ignorância das pessoas?   
Na atualidade, é preciso que as pessoas sejam honestas e sinceras, procurando se conduzir somente no caminho da verdade, como forma de contribuir para a moralização tão sonhada pelos brasileiros, que têm sido penalizados pelos perversos e terríveis sistemas de corrupção, que são responsáveis pelas graves crises que grassam no país.
O certo é que há enorme dificuldade para se compreender o porquê de ainda haver pessoas mesquinhas em se empenharem em encampar mentiras, quando a regra fundamental a ser seguida está na cartilha da vida, contendo ensinamentos e regras sadios da verdade, porque isso faz parte do princípio intrínseco do ser humano, que remonta desde as suas remotas origens.
Ao se sentir a desonestidade banalizada em pessoas, materializada com a divulgação de mentiras, há o sentimento mais primitivo de vergonha e pequenez do ser humano, diante do enorme esforço que muitas pessoas fazem em vão para ser dado os melhores exemplos de honestidade e amor ao seu semelhante, por meio das lições espargidas pelas pessoas dignas e honradas, mostrando o melhor sentimento de dignidade, com base no salutar princípio da verdade, não que ninguém possa se considerar infalível, mas é normal que o deslize seja passível de reconhecimento e aceitação, para o fim da sua natural correção, diante do sentimento da verdade pulsante nos corações das pessoas de bem, à luz dos princípios humanitários.
É bastante lamentável que pessoas que estão em flagrante erro de consciência ainda tentem se justificar acusando seu semelhante, pondo suspeita sobre comportamento dele, e ainda, o que é muito pior, elas ainda têm merecido, de forma espantosa e lamentável, o beneplácito de outrem, como se isso fosse o suprassumo da honestidade, quando não pode haver sentimento mais deprimente do que o ser humano insistir em se manter no erro, tão somente em insensata e injustificável defesa de princípios ideológicos, sabidamente falseados pela defesa da mentira.
Urge que os brasileiros de boa vontade, atentos à necessidade do fortalecimento dos princípios da honestidade e da moralidade, esforcem-se em defesa da verdade, evitando a disseminação de notícias e mensagens mentirosas, com exclusiva finalidade de prejudicar a imagem de outrem, porque isso, no âmbito da campanha eleitoral, tem o condão de destruir os salutares princípios democrático e republicano, além de prejudicarem os direitos humanos, que são fundamentais e precisam ser preservados, sob o império dos conceitos de cidadania e patriotismo. Acorda, Brasil!
Brasília, em 24 de outubro de 2018

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