Simpatizantes da esquerda divulgaram mensagem
nas redes sociais, com teor emblemático, que parece mais algo com o misto de questionamentos,
afirmações equivocadas e outras colocações completamente destoantes da
seriedade, dando clara e segura impressão de mero desdém sobre a realidade de fatos
que jamais deveria ter existido, diante do eles representam de indignidade para
os brasileiros.
O referido texto tem a seguinte composição, in verbis: “Se a corrupção começou com o PT: Por que o Brasil antes do PT sempre
foi do terceiro mundo? Por que a maioria os meus pais e irmãos mais velhos
nunca tiveram acesso ao ensino superior? Por que esse mar de favelas Brasil
afora? Por que deixaram o Nordeste sem água e morrer de fome tantas pessoas e
animais? Se a direita que é ‘Tão Honesta” manda no Brasil há mais de 500 anos,
nunca roubou nada, por que nos privou de tantas coisas boas? Se não havia
corrupção, então o que fizeram com o dinheiro ‘Que não foi roubado’?”.
Pelo que se percebe, as mazelas brasileiras,
não importando quando nem onde elas aconteceram, teriam o condão de justificar os
desacertos protagonizados por quem tinha o dever moral e legal para evita-los,
como dá a entender a mensagem acima, muito bem defendida por distintas pessoas
que merecem respeito, evidentemente que não seja por isso.
Porém, é muito triste que ainda haja pessoas
que se conformam com a infeliz mentalidade de que erros praticados por outrem
possam perfeitamente servir de justificativas para brutais deslizes de quem
teria sido bem visto por parte dos brasileiros, dando a péssima impressão de que rouba, faz alguma coisa em beneficio social.
Felizmente que esse deplorável sentimento de banalização da corrupção com recursos públicos faz parte da índole de apenas parcela de brasileiros, que têm tido enorme dificuldade para compreender o real significado do que seja a decadência dos princípios de moralidade e dignidade na gestão pública e isso é tão verdadeiro que jamais eles teriam a indecência de ficar desdenhando do emprenho da outra parte dos brasileiros que clamam por moralidade na administração pública e punição exemplar aos aproveitadores dos recursos públicos.
Espera-se que os brasileiros tenham dignidade e
vergonha na cara para repudiar as mazelas, as precariedades e os desacertos
cometidos por todos os políticos, independentemente de suas ideologias, sejam
de direita, esquerda, cento ou qualquer posição filosófica, porque ninguém tem direito
de praticar irregularidades contra a administração pública e simplesmente
pensar que pode contar com o apoio do povo, somente porque imagina que teria
feito algo em benefício dele.
A verdade é que, enquanto houver um brasileiro
com essa mentalidade de querer justificar erros graves, apontando outras falhas
ainda piores como abonadoras de lastimáveis exemplos, os desgraçados dos
políticos aproveitadores se acham no direito de se beneficiar impunemente das
coisas do povo.
Os brasileiros, que pagam extorsivos tributos,
ficam bastante decepcionados quando vêm que, por mero sentimento ideológico, em
detrimento do interesse do Brasil, ainda tem gente que prefere banalizar e até
minimizar situações da maior gravidade como essa famigerada e estrondosa
corrupção que devastou o patrimônio da Petrobras.
À toda evidência, trata-se de fatos palpáveis,
verdadeiros, porque, do contrário, o famoso ex-ministro da Fazenda e da Casa
Civil dos governos petistas não teria aceitado devolver àquela empresa,
conforme a sua delação premiada agora divulgada, mais de 37 milhões de reais, equivalentes
ao recebimento por ele de propina, ou seja, são atos lesivos aos cofres de
empresa estatal que só merecem, como alternativa, veementes repúdio e protesto
por parte dos brasileiros.
Tudo isso, de tão degradante na administração
pública e na civilização moderna, deve ser condenado, censurado e recriminado,
como forma de servir de exemplo para que fatos tristes e maléficos semelhantes
a eles possam ser evitados, em benefício do interesse público e também para que
outras pessoas insensíveis não tenham ideias tão decepcionantes a ponto de
mostrar prazer e ser louvadas por tentativa de justificar desgraça contra os
princípios da dignidade, da honradez, da moralidade etc., muito bem
representados pela famigerada corrupção dos mensalão e petrolão, que causou tantos
infortúnios aos brasileiros.
É notório que ninguém é dono da razão, da
verdade nem da moralidade, mas nas nações sérias e civilizadas, os cidadãos têm
a exata consciência de que atos irregulares, como os de corrupção, contra a
administração pública jamais merecem condescendência como vem acontecendo
normalmente no Brasil, por parte de algumas pessoas absolutamente despudorada, onde
elas demonstram enorme insensibilidade diante dos princípios éticos e morais.
Para tanto, elas são capazes de inventar
ridículas desculpas, como essas apresentadas no texto acima, em clara
demonstração de proteção aos seus protagonistas, como se eles fossem vítimas e dignos
de respeito e endeusamento próprios de verdadeiros heróis e não de autênticos criminosos,
em evidência de cristalina inversão de valores ínsitos do ser humano, que
precisa se conscientizar de que um país somente tem condições de crescer e se
desenvolver quando os cidadãos tiverem a formação cívica e patriótica de
intransigente condenação aos atos contrários aos salutares princípios
republicano e democrático.
É preciso que haja o devido reconhecimento de
que não é vergonha alguma que as pessoas se dignem a defender seus sentimentos
ideológicos, porque isso é requisito essencial ao fortalecimento dos princípios
democráticos, mas também não se pode olvidar que tal vocação não tem nada a ver
com a defesa de atos e procedimentos irregulares praticados na vida pública,
que foram ou são devidamente investigados e confirmados por quem de direito, uma
vez que eles representam desvio de conduta no exercício de atividades públicas,
passíveis de responsabilização e condenação aos envolvidos, não importando a
relevância de suas autoridades políticas e muito menos possíveis atos de benemerência
em benefício social, porque, nesses casos, é preciso ser levada em conta, em
especial e sempre, a finalidade e o interesse públicos, em detrimento das
causas políticas, de natureza pessoal ou partidária. Acorda, Brasil!
Brasília, em 6 de outubro de 2018
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