sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Melhor alternativa?


Alguns economistas brasileiros e estrangeiros se manifestaram, por meio de nota, em apoio à candidatura do presidenciável petista, entre eles figuram um Prêmio Nobel em Economia (2001), premiados economistas internacionais e outros economistas brasileiros, com destaque por seus trabalhos em nível nacional.
O manifesto conta com o endosso de assinaturas de especialistas em finanças públicas, professores, pesquisadores, especialistas na área econômica, entre outros economistas. 
Basicamente, os signatários do documento dizem ter "posições distintas sobre economia; alguns até são críticos contundentes de políticas econômicas adotadas pelos governos do Partido dos Trabalhadores (PT)".
Não obstante, sem medir o tamanho da nítida falta de caráter, diante da estupenda incoerência de pensamentos ideológico e profissional, afirmam que está em jogo o regime democrático brasileiro, sem que, de forma do que leviana, não tenham apresentado qualquer indício de prova para que isso possa realmente acontecer.
É muito provável que as suas alegações partam de deduções oriundas de falações e mensagens disseminadas pelas internet e mídia, no sentido de que o presidenciável pesselista pode ser o “troglodita com capacidade para devorar criancinhas”, ou seja, não passa de estrondosa ingenuidade alguém imaginar, sem a menor plausibilidade, que há enorme risco de que algo de ruim pode vir a acontecer, porque é o mesmo que se prevê que o mundo está prestes a se acabar, mesmo que não haja qualquer indício fático de que assegure que isso possa vir a se viabilizar. 
E mais, os economistas afirmam, também sem qualquer fundamento plausível, apenas por absurdas deduções ilógicas, como se eles tivessem o poder mágico da previsão: "Consideramos que a democracia, a busca pela paz, as liberdades individuais, a pluralidade de opiniões, o combate ao preconceito e o enfrentamento das desigualdades (de renda, de riqueza, regionais, raciais e de gênero) são valores inegociáveis e essenciais.", dando a entender, de forma contundente, que tudo está perdido se o candidato defendido pelos suprassumos da verdade fosse a salvação da pátria, por ser a única pessoa capaz de livrar o Brasil da perdição.
Decorrentemente, vejam a absurda ingenuidade do que foi dito nesse documento, visivelmente sem pé nem cabeça, com a assinatura de célebres homens do mundo da economia, pasmem: "Haddad é, neste segundo turno, a melhor alternativa para garantir tais valores", com que base, meu Deus?
De forma orquestrada, com a visível finalidade de enganar os ingênuos e desinformados eleitores, outros ditos intelectuais, advogados e escritores também divulgaram carta em apoio ao presidenciável petista e pediram que ex-adversários do petista, vencidos no último turno eleitoral, componham "necessária frente democrática" contra a candidatura do presidenciável pelo PSL.
No aludido documento, os impecáveis economistas afirmaram, de forma taxativa e definitiva, que, “caso o arco não seja efetivo, ou mesmo recusado, os atores políticos serão responsabilizados pela catástrofe que se anuncia", esquecendo eles que a responsabilidade de eleger seus candidatos é da competência exclusiva dos eleitores e não dos atores políticos, que, por questões insensatas e muitas vezes irresponsáveis agem em defesa de seus interesses e/ou dos partidos, conforme mostra a história política brasileira.
Não à toa que a campanha petista vem tentado, desde o início do segundo turno, formar frente suprapartidária para se contrapor ao capitão reformado, mas alguns políticos declaram absoluta neutralidade, resistindo em hipotecar apoio a partido que tem histórico de atrocidades contra seus adversários, a exemplo do que aconteceu com o presidenciável do PDT, que simplesmente foi enxotado das suas proximidades, quando ele procurava coligação política e isso causou o maior mal-estar com o pronunciamento do seu irmão, que exigiu que o PT assumisse a culpa pelos danos causados aos brasileiros.
O documento dos economistas encerra o apoio ao petista dizendo o seguinte: "A história vai cobrar das lideranças políticas que o fizerem ou deixarem de fazer nestas horas decisivas", como se elas fossem capazes de mudar o sentimento arraigado dos eleitores, que já decidiram repudiar, com incomensurável veemência, o retorno ao poder de partido que foi capaz de mudar os rumos do Brasil, com políticas e ideologias visivelmente contrárias aos interesses nacionais e dos brasileiros, salvo no aspecto do estímulo às políticas de cunho social, em razão do aproveitamento dos dividendos favoráveis a consolidação de seus projetos políticos de absoluta dominação das classes política e social, além da conquista do poder e da tentativa de perenidade nele.
Com que moral esses economistas se posicionam em prol do candidato petista, sendo que muitos entre eles são críticos contundentes de políticas econômicas adotadas pelos governos do Partido dos Trabalhadores, fato que potencializa a falta de caráter deles, porque alguns eleitores despreparados possam ser influenciados pelo posicionamento deles e isso não reflete a integridade profissional e moral, diante da visível incoerência entre o que eles pensam e o que eles dizem no manifesto em apoio ao petista, com viés estritamente incoerente e irresponsável, não importando o momento político, mas sim a integridade moral, o caráter do economista, porque jamais eles deveriam se posicionar favoravelmente a alguém, se há restrição sobre as políticas econômicas defendidas pelo candidato? 
É lamentável que esses economistas, com as caras lisas e sem a menor robusteza moral, não se envergonham de assinar manifesto em favor de alguém que eles declaram não ter simpatia pela política econômica defendida pelo partido, deixando à vista a tremenda falta de dignidade profissional, porque não se justifica que seja contrário a algo e mesmo assim recomenda que essa desgraça seja apoiada.
Não passa de monumental incoerência desses ditos economistas, ressalvados os estrangeiros, que não sabem nada da incompetência petista, mas deveriam saber, para terem condições de se manifestar sobre algo tão importante e até determinante, a manifestação favorável a possível governo que aplicaria economia que não se alinha com a mentalidade de alguns deles, dando a entender que muitos economistas são completamente favoráveis à destruição do país, agora, de vez por todas.
Não passa de vergonhosa atitude de quem não deseja o bem para o Brasil e seu povo, porque, ao contrário, o seu dever moral teria sido o de simplesmente dizer a verdade ou negar apoio a quem eles sabem conscientemente que não prestam, quanto à aplicação dos princípios econômicos, fato que demonstra a falta de personalidade de economistas que não têm moral para opinar sobre absolutamente nada, ante a sua visível falta de equilíbrio, quando não concordam com a política econômica petista, mas têm a insensatez de apoiar seu candidato.
As afirmações dos chamados economistas são totalmente incoerentes com a realidade fática, porque eles estão dizendo, sem o mínimo fundamento, sem comprovação da materialidade factível, em extremo sentimento de preconceito preconcebido, que somente o candidato do PT é capaz de assegurar "(...) a democracia, a busca pela paz, as liberdades individuais, a pluralidade de opiniões, o combate ao preconceito e o enfrentamento das desigualdades (de renda, de riqueza, regionais, raciais e de gênero) são valores inegociáveis e essenciais.", dando a entender que o outro candidato, no posicionamento deles, teria pensamento completamente contrário a esses princípios, em total demonstração de puro preconceito aos princípios democráticos.
O certo é que essa formação de juízo prévio, sem base materialmente comprovada, é de tamanha leviandade comparável às práticas políticas em uso nas piores republiquetas, diante da irresponsabilidade quanto ao menosprezo ao outro candidato, como se ele fosse antítese da ideologia petista, da maior capacidade administrativa, que, em passado recente, foi afastado do governo ao meio às piores crises social, econômica, política, moral, administrativa, entre outras, em que o Brasil estava mergulhado em recessão econômica, com seus piores reflexos, como desemprego elevado, para mais de 12 milhões de pessoas sem trabalhar; taxas de juros beirando os 15% a.a.; dívida pública em franco crescimento; queda vertiginosa da arrecadação; desindustrialização; rebaixamento do grau de investimento do Brasil; rombo nas contas públicas; práticas dementes e espúrias de fisiologismo administrativo; falta de investimento em obras públicas; péssima qualidade da prestação dos serviços públicos à população, diante da precariedade dos serviços pertinentes à saúde, educação, segurança etc.; entre outras mazelas incompatíveis com as grandezas econômicas e sociais do Brasil.
Com o maior espírito cívico e patriótico, os brasileiros, nestas eleições presidenciais , estão mostrando a sua real insatisfação aos métodos ideológicos petistas e dizendo em bom e alto som que eles foram absolutamente reprovados nos seus governos, fato que somente rechaça os argumentos desses pseudos e insensatos economistas, que demonstram completo desconhecimento das deficiências e incompetências de governos recentes, em termos de administração dos recursos públicos, principalmente com relação aos fatos deploráveis relacionados com a destruição da Petrobras.
Como é sabido dos brasileiros, essa empresa estatal teve seu patrimônio dilapidado durante a gestão dos governos recentes, a exemplo da materialidade do famigerado petrolão, cujos atos são extremamente contrários aos princípios democráticos, aqueles mesmos suscitados pelos ditos economistas, com tanto ardor, em cristalina prova do desconhecimento dos desastrados acontecimentos protagonizados por governos negligentes e prejudiciais aos interesses dos brasileiros.
Isso somente reafirma a precariedade de alegações com viés tendencioso, principalmente pelas declarações indiscutivelmente irreais aos fatos da vida, uma vez que a democracia praticada pelo presidenciável defendido pelos economistas é aquela que somente serve para a satisfação de seus interesses políticos, com nada a ver com a democracia universal, que não permite a formalização de juízo sobre fatos inexistentes, em referência ao presidenciável que lidera as pesquisas de intenção de voto, eis que não há a mínima base para se afirmar que o seu governo não será capaz de garantir o pleno exercício da democracia, a busca da paz verdadeira, a consolidação das liberdades individuais, da pluralidade de opiniões, do combate ao preconceito e do enfrentamento das desigualdades referentes à renda, à riqueza, às raciais e às de gênero, entre outras formas de segregação e preconceito.
 Os referidos princípios realmente são valores essenciais ao primado dos direitos humanos, da pluralidade democrática e dos verdadeiros sentimentos de cidadania, ao contrário da leviana manifestação dos economistas, quando afirmam que somente o candidato petista seria capaz de assegurar a consecução desses princípios, quando os governos do seu partido deixaram para os brasileiros terrível legado, que precisa ser suplantado pela consciência política dos eleitores, mediante a sua decisão lúcida e soberana, dizendo com a maior clareza possível que todos anseiam intransigentemente por mudanças e este é o tão esperado momento para a sua efetivação, de modo que não haja a menor possibilidade da volta ao poder de governo que não passa de triste pesadelo para os brasileiros, o qual, de tão maléfico, precisa acabar em definitivo. Acorda, Brasil!
Brasília, em 20 de outubro de 2018

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