De acordo com o resultado das urnas, há notícia
de que, pelo
menos, 13 deputados federais e 10 senadores que estão envolvidos em casos de investigações
da Operação Lava-Jato não lograram êxito em novo mandato político nas eleições 2018 e
perderão, automaticamente, a partir da nova legislatura, o benefício judicial
do foro privilegiado, que estabelece que eles são julgados pelo Supremo
Tribunal Federal.
Diante
desse fato, os respectivos processos deverão ser enviados pelo Supremo para a
primeira instância, onde certamente correm o enorme risco de ser julgados com a
presteza que deveria ocorrer em todas as instâncias, visto que é notório que o
Supremo não tem condições sequer de julgar a pletora dos processos pertinentes
às questões sobre a constitucionalidade de outros assuntos, conquanto os
parlamentares, enquanto estiverem no exercício do cargo, são julgados
exclusivamente por essa Corte.
Com
a perda do foro, o destino de cada processo é definido de acordo com o tipo de
delito e a origem do inquérito, como no caso da roubalheira da Petrobras, cujos
processos comuns são examinados pelo juiz da Operação Lava-Jato, em Curitiba,
que certamente será o destino daqueles parlamentares, quando deixarem os cargo,
em 1º de fevereiro de 2019.
Trata-se
de evolução da mentalidade de alguns eleitores, por compreenderem o verdadeiro
sentido sobre a necessidade da moralização da administração do país, em que os
políticos desavergonhados devem ser eliminados da vida pública.
Em
que pese a existência de alguns maus homens públicos, que foram penalizados
pelo povo, por meio do voto, percebe-se que o Brasil precisa ainda evoluir de
forma extraordinária para se alcançar o patamar dos países sérios e
civilizados, em termos políticos e democráticos, nos quais as questões ética e moral
são ponto de honra dos eleitores, que não permitem, em hipótese alguma que
homem público, mesmo sendo suspeito de prática de atos irregulares possam
participar de processo eleitoral, para o exercício de cargos públicos eletivos,
ante a responsabilidade que se impõe quanto à preservação dos princípios
republicano e democrático, que são seguidos à risca, como forma de moralização das
instituições democráticas, que estão absolutamente acima de quaisquer outros
interesses.
Convém
que esse sentimento de moralização e de purificação dos princípios democráticos
seja rapidamente evoluído, para que os nomes dos corruptos sequer se aproximem
das urnas eletrônicas, porque o sacrossanto depósito da democracia universal
precisa ser objeto usado tão somente por políticos honrados e dignos, em
contemplação aos ideais do princípio da "ficha-limpa", em todos os
sentidos políticos, evidentemente em harmonia com a real finalidade de escolha
dos representantes do povo, que não merece mais ser enganado por péssimos
homens públicos, que se profissionalizam na carreira política exclusivamente
para defender seus interesses e/ou de seus partidos, em detrimento das causas
da população.
Em
harmonia com os avanços da humanidade, é imperioso que os homens públicos tenham
a dignidade de honrar os cargos públicos para os quais tenham sido eleitos e que
os brasileiros se conscientizem sobre a necessidade de não votarem em quem não
esteja devidamente purificado com a nobreza da imaculabilidade e identificado com
o sinete da idoneidade e da conduta morais, de modo a se permitir a valorização
das atividades político-partidárias. Acorda, Brasil!
Brasília,
em 11 de outubro de 2018
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