Depois
de exaustivo emprego indevido e até criminoso, pelo delito da falsidade
ideológica, de se imaginar que ele seria outra pessoa, ou seja, de se passar por
outrem indevidamente, parece que o candidato petista caiu na real e, agora, ele
deixou de ser o outro que nunca teria sido, porque se fosse estaria igualmente
preso pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em
razão do recebimento de propina.
O
candidato do PT, depois da estrepitosa surra nas urnas, deixou o político preso
e este, por sua vez, não mais o candidato petista, ou seja, o candidato deixou
de ser o que nunca fora, porque havia confusão de identidade, sem saber quem era
um ou outro, ao mesmo tempo ou em momento diferente, e, finalmente, agora, o
candidato não sabe mais quem ele realmente é, tendo apenas a certeza de que ele
foi sem ter sido quem jamais imaginava que teria sido e, por fim, tenta,
aturdido, saber se ele ainda pensa que seria ele se não fosse o outro, sem
nunca ter sido nem ele e muito menos o outro.
Graças
à sem-vergonha politicagem para tão somente tentar enganar o eleitor ingênuo, a
falta de personalidade termina confundindo um pouco, mas para o bom entendedor
tudo fica muito complicado mesmo, tanto que o resultado nas urnas deixou tudo
com a maior clareza que se esperava, em que a quantidade dos votos ao candidato
petista refletiu exatamente a confusão do eleitor atônito, que não sabia se
estava votando em um ou se deveria votar no outro, mas a urna ajudou a decifrar
o mistério e o resultado foi justamente o que ambos não mereciam.
Com
a finalidade de esclarecer os fatos, o slogan
petista, de repente, surge um tanto diferente, com aspecto capaz de confundir ainda
mais o próprio eleitor petista, porque o fundo vermelho característico do
partido socialista, materializado há década, foi substituído por fundo banco
esquisito, acenando para algo sério e moderno, sem o nº 13, para confundir tudo.
Agora,
o mais surpreendente foi a retirada da fotografia e do nome do todo-poderoso da
propaganda petista ao Palácio do Planalto, dando a entender que seria
vergonhoso ao extremo que alguém condenado à prisão e já cumprindo a pena
estivesse em primeiro plano com a sua imagem na propaganda eleitoral de outra
pessoa, embora ela dissesse que era ele, como se participasse ativamente do
pleito eleitoral como sendo ele o principal interessado, em clara
materialização de maquiagem enganadora aos ingênuos eleitores, que ainda
acreditam em tudo no que o político preso dizia, inclusive de que é inocente
quanto às acusações da prática de irregularidades com dinheiro público.
Convém
frisar que, depois da condenação à prisão pela Justiça, ele reduziu
sensivelmente a petulância de alardear, com veemência, que é imaculado, embora
as provas constantes dos autos fortalecem o entendimento segundo o qual há a
materialidade da culpa sobre os fatos denunciados atribuída a ele.
Em
termos de práticas políticas, é completamente inadmissível que alguém de dentro
da cadeia ainda se julgue com plenos poderes para ditar os destinos do partido
e do seu candidato à Presidência da República, que não consegue ter autonomia
para resolver seus problemas sem a orientação dele, como nesse caso, em que o
candidato se submete ao ridículo de visitá-lo para pedir conselhos e pegar orientação a um criminoso condenado pela
Justiça, em visível situação de constrangimento moral, principalmente em se
tratando de candidato ao principal carga da República, em que ele tem o dever
de integridade moral para ser independente e autêntico homem público, para atuar
livre e com poderes autônomos quanto ao
destino da sua campanha.
É
verdade que tem sido normal, nos últimos tempos, os chefões da criminalidade
darem orientações sobre as atividades pertinentes às organizações criminosas,
mas é insólita essa forma de se comandar campanha eleitoral diretamente do
presídio, o que demonstra forma explícita de desmoralização das práticas
político-eleitorais, em que presidenciável não se envergonha de ser instruído e
orientado por condenado pela Justiça, de dentro do presídio, local
completamente incompatível com as saudáveis, sérias e responsáveis práticas
políticas.
Não
há a menor dúvida de que é por demais deprimente que presidiário possa ser
importante e principal conselheiro de candidato à Presidência da República, em
evidente inversão de valores e da ordem democrática e republicana, que jamais
se poderia imaginar que as atividades políticas pudessem chegar a ponto tão
deprimente e aviltante, evidentemente em situação inadmissível nem mesmo nas
piores republiquetas, onde o primado democrático é questão de honra para a
nação.
Esse
episódio tem o condão de evidenciar que o candidato petista não tem o mínimo de
personalidade para presidir o país com as grandezas econômica e social do
Brasil, por se permitir ser verdadeiro marionete, ao se submeter, de forma
passiva, às ordens emanadas por presidiário, em situação absolutamente
constrangedora quanto aos padrões de dignidade do ser humano, que precisa, no
mínimo, ser respeitado na sua honradez como cidadão.
Não
há a menor dúvida de que a reformulação do slogan
em referência se trata de mais uma espetacular manobra de marketing de campanha
eleitoral, que é peculiar ao partido, em calculada tentativa de mudar suas
cores para simplesmente enganar o eleitor, mas a verdade é que o rótulo até
pode ser mudado, enquanto, por certo, dificilmente o partido vai alterar um
milímetro a sua forma de ideologia, que tem como cerne a absoluta dominação das
classes política e social, além do enlouquecido propósito da conquista do poder
e da permanência nele, não importando os fins empregados para o atingimento de seus
objetivos políticos.
Convém
que os brasileiros honrados ou não tenham pelo menos a dignidade para
enxergarem as explícitas estupidez e desmoralização da prática política, em que
candidato aceita ser orientado por alguém preso, em indiscutível falta de condições
dignas e morais para representar o povo, à vista da sua submissão à orientação por
alguém condenado à prisão exatamente pela prática dos crimes de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro, em cristalina dissonância com o exercício do
principal cargo da República por ele pleiteado, em claro entendimento de
despreza à relevância da sua liturgia, considerando que o mandatário da nação precisa
demonstrar altíssimos sentimentos ao culto de reverência aos princípios
republicanos de moralidade e dignidade, que são inexoravelmente inexistentes na
pessoa de quem se encontra reclusa na prisão. Acorda, Brasil!
Brasília,
em 12 de outubro de 2018
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