Com a finalidade de contribuir para o aperfeiçoamento do
programa de governo de um candidato presidencial, mandei, em 10/10/2018, para o
seu comitê de campanha a crônica abaixo, que contém projeto especial destinado
ao desenvolvimento do Nordeste, tendo por essencial objetivo possibilitar a
criação de empregos/rendas e, ao mesmo tempo, contribuir para a dignificação
dos homens e pais de família daquela tão esquecida região pelo governo federal,
salvo com relação à distribuição de renda, em especial por meio do Bolsa
Família, que não passa de ajuda necessária, mas de forma paliativa, em termos
de segurança futura das famílias, em contraposição ao emprego que tem a
possibilidade de assegurar tranquilidade, não somente quanto à contribuição da
produtividade, mas também à aposentadoria pela contribuição previdenciária,
fato que, por si só, já poderia até mudar o incompreensível e arraigado sentimento
de gratidão por algo que não passa de obrigação do Estado.
Em se tratando de eleição no Nordeste, salta aos
olhos do sertanejo, em primeiro plano, quais as reais políticas voltadas para
os seus interesses, em termos dos acréscimos das melhorias que já estão
asseguradas para aquela população, tão carente de assistências do Estado.
Não é novidade para ninguém que os resultados das
urnas refletem exatamente o apoio dos nordestinos aos candidatos que demonstram
efetividade política na defesa seus interesses e eles sempre têm sido socorridos
por meio dos programas permanentes de assistência do Estado e isso é da maior
importância social.
Diante desse quadro de permanente necessidade dos
cuidados e da assistência do Estado, o programa Bolsa Família tem sido da maior
expressão para aquela região, fazendo com que os nordestinos tenham sido
eternos fiéis eleitores do candidato oficial, como forma de manter a certeza
que o Nordeste nunca deixará de ser assistido com essa importante assistência
social.
O exemplo palpável dessa certeza, na atual
campanha, é a preferência indiscutível ao candidato que representa o partido
que privilegiou a distribuição de renda sob a forma peculiar do Bolsa Família, ficando
bastante patenteada a poderosa influência desse programa assistencialista na
preferência dos eleitores pelo candidato petista.
Não há a menor dúvida de que se trata de programa
de suma relevância para a população bastante carente do Nordeste, que,
inexplicavelmente, vincula o pagamento do benefício à figura do presidente da
República ou mais especificamente até mesmo ao próprio PT, partido que elegeu
esse programa como a sua menina dos olhos, principalmente porque ele foi
transformado em espécie de curral eleitoral, a ponto de o seu líder maior ser
considerado o pai dos pobres, embora só há o envolvimento de recursos públicos
aplicados normalmente em programa governamental, sem qualquer vinculação
partidária.
Não há como convencer os nordestinos de que o Bolsa
Família é tão somente uma forma de distribuição de renda que integra,
necessariamente, senão as políticas de Estado que qualquer governo, não
importando a sua ideologia ou partido, tem o dever constitucional de mantê-las
em plena execução, como forma de assistência de incumbência às famílias
carentes de recursos, não tendo qualquer vinculação partidária.
Diante disso, apesar de parecer muito clara a
situação desse programa, é quase impossível se promover campanha de
esclarecimentos junto aos bolsistas, no sentido de ser mostrados a eles a
realidade de que a mudança de governo não altera, absolutamente em nada, a
forma de execução do programa em causa, porque é interesse do governo que sejam
cumpridos os ditames constitucionais sobre a sua competência institucional de
prestar assistência financeira às famílias carentes.
É evidente que os demais candidatos precisam
repisar, de forma enfática, a importância desse programa para a população
cadastrada e da existência dele como forma de valorização social, fatos que ensejam
a sua continuidade, o qual terá especial atenção na sua gestão, entre as prioridades
das metas de governo, ante o notório reconhecimento das dificuldades de emprego
e de renda existentes na região nordestina.
Não obstante, à vista da consolidação do
entendimento dos nordestinos sobre o Bolsa Família, com forte vinculação ao PT,
como se o dinheiro para o pagamento do benefício também tivesse origem desse
partido, convém que outro candidato seja mais ousado, em esforços e originalidade,
comprometendo-se com a criação de projeto de impacto para a região nordestina,
como forma de neutralizar a força eleitoral do aludido programa e o seu peso nas
urnas, em prol do candidato petista.
Essa iniciativa certamente faria com que o eixo dos
interesses pelo Bolsa Família, já tornado consistente entre os beneficiários, fosse
imediatamente desviado para o novo projeto, por se tratar de algo de suma
importância social e econômica para o desenvolvimento do Nordeste e do país.
A ideia em causa pode ser considerada viável, tanto
econômica como constitucionalmente, que tem como finalidade o desenvolvimento
de regiões carentes que precisam sair urgentemente do atraso e se inserir nas
atividades produtivas do país.
Esse projeto é factível de execução e chama-se “Polo
de Desenvolvimento do Nordeste”, que tem como formato exatamente o modelo do
projeto em funcionamento na Zona Franca de Manaus e como foco de funcionamento estratégico
as localidades do interior do alto sertão dos estados nordestinos, em regiões
altamente carentes de investimentos e de desenvolvimento.
Cite-se, a título de exemplo a cidade Uiraúna, no
interior da Paraíba, de aproximadamente 15 mil habitantes, que poderia receber
uma fábrica de bicicletas, cujo projeto teria o condão de contribuir para a
criação de empregos para muitas cidades circunvizinhas, além de se tornar polo
de desenvolvimento da região.
Com absoluta certeza, o projeto se encaixaria como
uma luva no curso da campanha eleitoral, por propiciar impressão ou sensação
muito forte em embate eleitoral, especialmente por atrair a atenção para algo
diferente e especial que não tem sido objeto de discussão por outro candidato,
ou seja, trata-se de projeto de impacto que certamente terá excelente recepção
pelos nordestinos.
Não há dúvida de que se trata de projeto de efetivo
impacto e objetiva desviar o foco do ridículo e improdutivo debate que vem
sendo travado, entre candidatos, sobre escândalos, irregularidades e corrupções
típicos das colunas policiais, por envolverem a dilapidação do patrimônio público,
dada a constância dos escândalos que possibilitaram a sua banalização na administração
pública.
Em síntese o projeto revolucionário desta eleição chama-se
“Polo de Desenvolvimento do Nordeste”, que certamente irá despertar a atenção
do mundo econômico, porque a sua maior atração é a inovação, porquanto não
seria possível o desenvolvimento das regiões pobres do Nordeste se não houver
um programa com tamanha repercussão como esse, porque ele vai cuidar de legar o
progresso para localidades simplesmente abandonadas e esquecidas na lonjura dos
grandes centros econômicos, onde funcionam normalmente as indústrias e os polos
industriais, abundam os fáceis ciclos de desenvolvimento do país.
A ideia é exatamente conceder incentivos fiscais
para a implantação de indústrias onde a mão de obra é abundante, precisando
somente do capital e da especialização, para que os investimentos da iniciativa
privada possam contribuir para transformar localidades paupérrimas e polos de industrialização
e exportação de produtos de qualidade, sob as condições de incentivo fiscal nos
moldes do que já existe em Manaus, em que o governo possa definir as
localidades a serem beneficiadas com as indústrias.
Por certo, o projeto, por sua relevância
estratégica política e socioeconômica, tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento
de algumas regiões onde, atualmente, inexistem empregos e oportunidades de
trabalho para a população em condição e capacidade de produção.
Importa se vislumbrar a real possibilidade do
incremento de investimentos em localidades totalmente esquecidas e abandonadas
pelo governo federal, as quais, com a implantação do projeto de impacto,
passarão a contribuir para o desenvolvimento não somente das regiões-sede, mas
também do país, com o incremento da produção, do turismo e do microempreendedorismo,
uma vez que este terá o poder de se alastrar pelas proximidades do polo de
produção, entre tantos e abrangentes benefícios que hão de resultar dessa
importante iniciativa, que terá o condão de transformação social e econômica.
À toda evidência, nem precisa dizer que, em termos
de dignificação dos titulares das bolsas recebidas do governo, essa iniciativa
terá o condão de diminuir significativamente os gastos com o programa Bolsa
Família, porque parcela significativa vai preferir sustentar sua família tendo
a certeza do salário proveniente do seu emprego, que é muito mais digno e
honrado, principalmente pela certeza de estar contribuindo para o
desenvolvimento do país.
Por último, o governante que tiver a iniciativa
corajosa e digna de tentar mudar esse triste e decepcionante estado de penúria
que representa a distribuição de renda por meio do Bolsa Família, que nada mais
é do que o reconhecimento da indigência natural se isso não acontecesse, será
naturalmente saldado e glorificado como o homem público que vislumbrou algo em
real benefício do nordestino, porque o Polo de Desenvolvimento do Nordeste é
programa perfeitamente viável, em termos de projeto político, porque só depende
da vontade do governante de conceder incentivo aos empresários que precisam
investir em regiões carentes.
À
vista do exposto, não há dúvida de que o projeto aqui imaginado possibilitará,
por suas fundamentações acima expostas, importante injeção de motivação para se
atrair a atenção dos nordestinos para o homem pública com a coragem dos grandes
estadistas, que resolve enfrentar tamanha responsabilidade no seu governo, que
é o desenvolvimento de região extremamente relegada pelo Estado ao ostracismo,
justamente pela falta dessa relevância que seria dada com a iniciativa
projetada neste trabalho, ficando patenteado o seu real interesse pelas
localidades mais pobres do país, em clara demonstração de vontade política pessoal,
que pode contribuir para a efetiva melhoria das condições de vida do sofrido povo
nordestino, por meio de iniciativa que irá envolvê-lo em projeto de desenvolvimento
das localidades totalmente improdutivas e somente lembradas até aqui, de forma
melancólica, por ocasião das eleições, ou seja, apenas em busca do seu voto. Acorda, Brasil!
Brasília, em 29 de outubro
de 2018
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