segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Repúdio às notícias tendenciosas


A vantagem do presidenciável do PSL, no primeiro turno da eleição presidencial, de pouco mais de 46% contra 29% do segundo colocado, presidenciável petista, chamou a atenção da imprensa mundial.
Os jornais The New York Times, Financial Times e El País e a rede de televisão britânica BBC cuidaram de emitir urgentes alertas em seus aplicativos, em todo o mundo, imediatamente após a confirmação do segundo turno, pela Justiça Eleitoral brasileira.
O texto do New York Times sublinha que “Os votantes deram uma vitória de primeiro turno a Jair Bolsonaro, que atordoou a política tradicional ao crescer entre uma campanha presidencial lotada, apesar de seu longo histórico de declarações ofensivas sobre mulheres, negros e gays”.
A eleição brasileira estava na manchete e logo no alto do site dos referidos jornais e de outros como o britânico The Guardian e o francês Le Monde, sendo que este disse que “Estes resultados (...) oferecem ao candidato do Partido Social Liberal, saudoso declarado da ditadura militar, uma vantagem bem superior à apresentada nas pesquisas antes da eleição”.
O El País relembra o histórico de declarações polêmicas do presidenciável, afirmando que ele e “Um político autoritário, racista, machista, homofóbico. Um adorador da ditadura que colocou o Brasil em uma de suas épocas mais escuras durante 20 anos. Jair Messias Bolsonaro, o defensor dos valores mais retrógrados, esses que cada vez com mais força andam pelo mundo sem freio, acaricia a presidência do país sul-americano.”.
A TV Al Jazeera, do Qatar, assinalou que o segundo turno pode ser caracterizado por eleição turbulenta, enquanto o Wall Street Journal coloca o deputado fluminense como se posicionando para controlar a quarta maior democracia do mundo.
A eleição também foi destaque de capa de jornais de países vizinhos, a exemplo dos jornais argentinos La Nación e Clarín, que publicaram outras notícias sobre a eleição, inclusive gráficos. O La Nación classificou a vitória parcial do deputado carioca como contundente.
A imprensa em geral também deu outros detalhes nas suas edições, como a derrota da ex-presidente da República petista para o Senado Federal, por Minas Gerais, o peso da vitória do candidato do PSL nas grandes cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, bem assim a situação do PT, após o pleito presidencial.
No canal Telesur, mantida em maior parte pelo regime venezuelano, foi dado destaque às declarações do presidenciável petista, de que possível vitória de seu opositor representaria risco à democracia e a divisão dos votos pelo Brasil.
As publicações europeias referiram-se ao deputado federal carioca como candidato de extrema-direita, deixando de informar a ideologia do seu opositor e a fama maléfica do partido que ele representa.
Não deixa de ser risível que as notícias sobre o resultado do pleito que se encerrou ontem abordem com fartura possível ideologia do candidato do PSL, como sendo criatura pública da pior espécie da face da terra, como “(...) autoritário, racista, machista, homofóbico. Um adorador da ditadura que colocou o Brasil em uma de suas épocas mais escuras durante 20 anos. (...) o defensor dos valores mais retrógrados, esses que cada vez com mais força andam pelo mundo sem freio, (...)”, dando a entender que os brasileiros são sem noção, quando os meios de comunicação somente avaliaram, colocando em um prato da balança possíveis qualidades nefastas, quando a polarização decorre justamente porque os brasileiros honrados não querem a volta de partido que teve o despudor de esculhambar os sagrados princípios da moralidade e da dignidade na administração, mas isso não foi objeto das notícias tendenciosas e até irresponsáveis, por deixar de dá destaque às qualidades nada republicanas do partido dele, que muitos brasileiros sentem ojeriza e temor por sua vota ao centro do poder, diante do desastroso legado da sua gestão.
Pois bem, quanto ao opositor do vitorioso, o petista, os que se acham donos da verdade, razão e sapiência jornalística internacional esqueceram-se de dizer a exata origem do candidato esquerdista, ou seja, a qual partido ele pertence, mostrando que ele faz parte de legenda de triste e lamentável memória, por ser representante do partido que tem acervo lastimável de desgraça para os brasileiros, com destaque para o afastamento de uma presidente da República, exatamente por ela ter deixado de observar as comezinhas normas de administração orçamentária e financeira.
Ou seja, ela foi enquadrada no crime de responsabilidade fiscal, segundo o entendimento do respeitável Senado Federal, diante da constatação das famigeradas “pedaladas fiscais”, denominadas assim pela caracterização de gastos públicos sem o devido lastro financeiro, fazendo com que bancos oficiais fossem obrigados a arcar com os pagamentos, nas datas aprazadas, de despesas da incumbência do governo, cujo montante eram transformados em empréstimo, em procedimento bancário vetado pela legislação aplicável à espécie, que o governo não poderia ignorar.
Nessa mesma linha de reportagem, caberia também à imprensa mundial informar o que mais identifica o partido do candidato de esquerda, quais sejam, os seus envolvimentos em operações lastimáveis da corrupção, a exemplo do mensalão e do petrolão, porque isso tem muito a ver com o sentimento de moralidade emergente no seio da opinião pública, eis que, nos países sérios, civilizados e evoluídos, em termos políticos e democráticos, jamais seria aceitável na representação político-eleitoral partido com tamanho acervo de suspeitas de irregularidades, na dimensão monumental dos casos cuja autoria é atribuída ao partido do opositor do candidato vitorioso, conforme mostram delações premiadas, denúncias e investigações realizadas por instituições públicas, confirmando a existência e consistência de fatos delituosos, em malefício dos interesses da sociedade.
Os jornais internacionais fizeram questão de pôr em evidência tudo aquilo imaginado que pode dizer respeito à imagem do capitão reformado, em se tratando de fatos que até podem ser verdadeiros, mas também podem nem ser, ressalvado o princípio da presunção de inocência respaldado na Carta Magna brasileira, em especial, com relação aos processos sobre ele, que tramitam na Justiça.
Diante do exposto, em que os jornais internacionais somente pinçaram fatos depreciativos pertinentes à figura do deputado fluminense, deixando à margem os famosos predicativos nada construtivos do seu opositor, tem-se a natural ilação de que se trata de algo preconcebido de forma harmônica e concatenada para tão somente expor a imagem do candidato carioca, em preservação o currículo do candidato esquerdista, que certamente foi derrotado fragorosamente porque os brasileiros não querem, em hipótese alguma, o retorno do seu partido ao poder.
Convém que os brasileiros honrados, no âmbito da sua responsabilidade cívica, repudiem, com veemência, a veiculação de notícias incompletas, parciais e com viés visivelmente tendencioso, exigindo que os meios de comunicação, inclusive internacionais, tenham a dignidade de focalizar os fatos noticiosos com a devida abrangência aos casos envolvidos, como forma de prestar serviços informativos de qualidade, credibilidade e principalmente fidelidade aos fatos e acontecimentos, para que a verdade possa prevalecer no seio da opinião pública. Acorda, Brasil!
Brasília, em 8 de outubro de 2018

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