A
vantagem do presidenciável do PSL, no primeiro turno da eleição presidencial,
de pouco mais de 46% contra 29% do segundo colocado, presidenciável petista,
chamou a atenção da imprensa mundial.
Os
jornais The New York Times, Financial
Times e El País e a rede de televisão britânica BBC cuidaram de emitir urgentes alertas em seus aplicativos, em
todo o mundo, imediatamente após a confirmação do segundo turno, pela Justiça
Eleitoral brasileira.
O
texto do New York Times sublinha que “Os votantes deram uma vitória de primeiro
turno a Jair Bolsonaro, que atordoou a política tradicional ao crescer entre
uma campanha presidencial lotada, apesar de seu longo histórico de declarações
ofensivas sobre mulheres, negros e gays”.
A
eleição brasileira estava na manchete e logo no alto do site dos referidos
jornais e de outros como o britânico The
Guardian e o francês Le Monde,
sendo que este disse que “Estes
resultados (...) oferecem ao
candidato do Partido Social Liberal, saudoso declarado da ditadura militar, uma
vantagem bem superior à apresentada nas pesquisas antes da eleição”.
O
El País relembra o histórico de
declarações polêmicas do presidenciável, afirmando que ele e “Um político autoritário, racista, machista,
homofóbico. Um adorador da ditadura que colocou o Brasil em uma de suas épocas
mais escuras durante 20 anos. Jair
Messias Bolsonaro, o defensor dos valores mais retrógrados, esses que cada vez
com mais força andam pelo mundo sem freio, acaricia a presidência do país
sul-americano.”.
A
TV Al Jazeera, do Qatar, assinalou
que o segundo turno pode ser caracterizado por eleição turbulenta, enquanto o Wall Street Journal coloca o deputado fluminense
como se posicionando para controlar a quarta maior democracia do mundo.
A
eleição também foi destaque de capa de jornais de países vizinhos, a exemplo
dos jornais argentinos La Nación e Clarín, que publicaram outras notícias
sobre a eleição, inclusive gráficos. O La
Nación classificou a vitória parcial do deputado carioca como contundente.
A
imprensa em geral também deu outros detalhes nas suas edições, como a derrota
da ex-presidente da República petista para o Senado Federal, por Minas Gerais,
o peso da vitória do candidato do PSL nas grandes cidades de São Paulo e Rio de
Janeiro, bem assim a situação do PT, após o pleito presidencial.
No
canal Telesur, mantida em maior parte
pelo regime venezuelano, foi dado destaque às declarações do presidenciável
petista, de que possível vitória de seu opositor representaria risco à democracia
e a divisão dos votos pelo Brasil.
As
publicações europeias referiram-se ao deputado federal carioca como candidato
de extrema-direita, deixando de informar a ideologia do seu opositor e a fama maléfica
do partido que ele representa.
Não
deixa de ser risível que as notícias sobre o resultado do pleito que se encerrou
ontem abordem com fartura possível ideologia do candidato do PSL, como sendo criatura
pública da pior espécie da face da terra, como “(...) autoritário, racista, machista, homofóbico. Um adorador da ditadura
que colocou o Brasil em uma de suas épocas mais escuras durante 20 anos. (...) o defensor dos valores mais retrógrados,
esses que cada vez com mais força andam pelo mundo sem freio, (...)”, dando
a entender que os brasileiros são sem noção, quando os meios de comunicação
somente avaliaram, colocando em um prato da balança possíveis qualidades
nefastas, quando a polarização decorre justamente porque os brasileiros
honrados não querem a volta de partido que teve o despudor de esculhambar os
sagrados princípios da moralidade e da dignidade na administração, mas isso não
foi objeto das notícias tendenciosas e até irresponsáveis, por deixar de dá destaque
às qualidades nada republicanas do partido dele, que muitos brasileiros sentem
ojeriza e temor por sua vota ao centro do poder, diante do desastroso legado da
sua gestão.
Pois
bem, quanto ao opositor do vitorioso, o petista, os que se acham donos da
verdade, razão e sapiência jornalística internacional esqueceram-se de dizer a
exata origem do candidato esquerdista, ou seja, a qual partido ele pertence, mostrando
que ele faz parte de legenda de triste e lamentável memória, por ser representante
do partido que tem acervo lastimável de desgraça para os brasileiros, com
destaque para o afastamento de uma presidente da República, exatamente por ela ter
deixado de observar as comezinhas normas de administração orçamentária e
financeira.
Ou
seja, ela foi enquadrada no crime de responsabilidade fiscal, segundo o
entendimento do respeitável Senado Federal, diante da constatação das famigeradas
“pedaladas fiscais”, denominadas assim pela caracterização de gastos públicos
sem o devido lastro financeiro, fazendo com que bancos oficiais fossem
obrigados a arcar com os pagamentos, nas datas aprazadas, de despesas da
incumbência do governo, cujo montante eram transformados em empréstimo, em procedimento
bancário vetado pela legislação aplicável à espécie, que o governo não poderia
ignorar.
Nessa
mesma linha de reportagem, caberia também à imprensa mundial informar o que
mais identifica o partido do candidato de esquerda, quais sejam, os seus
envolvimentos em operações lastimáveis da corrupção, a exemplo do mensalão e do
petrolão, porque isso tem muito a ver com o sentimento de moralidade emergente
no seio da opinião pública, eis que, nos países sérios, civilizados e evoluídos,
em termos políticos e democráticos, jamais seria aceitável na representação
político-eleitoral partido com tamanho acervo de suspeitas de irregularidades,
na dimensão monumental dos casos cuja autoria é atribuída ao partido do opositor
do candidato vitorioso, conforme mostram delações premiadas, denúncias e
investigações realizadas por instituições públicas, confirmando a existência e
consistência de fatos delituosos, em malefício dos interesses da sociedade.
Os
jornais internacionais fizeram questão de pôr em evidência tudo aquilo imaginado
que pode dizer respeito à imagem do capitão reformado, em se tratando de fatos que
até podem ser verdadeiros, mas também podem nem ser, ressalvado o princípio da
presunção de inocência respaldado na Carta Magna brasileira, em especial, com
relação aos processos sobre ele, que tramitam na Justiça.
Diante
do exposto, em que os jornais internacionais somente pinçaram fatos depreciativos
pertinentes à figura do deputado fluminense, deixando à margem os famosos
predicativos nada construtivos do seu opositor, tem-se a natural ilação de que
se trata de algo preconcebido de forma harmônica e concatenada para tão somente
expor a imagem do candidato carioca, em preservação o currículo do candidato
esquerdista, que certamente foi derrotado fragorosamente porque os brasileiros não
querem, em hipótese alguma, o retorno do seu partido ao poder.
Convém
que os brasileiros honrados, no âmbito da sua responsabilidade cívica, repudiem,
com veemência, a veiculação de notícias incompletas, parciais e com viés
visivelmente tendencioso, exigindo que os meios de comunicação, inclusive
internacionais, tenham a dignidade de focalizar os fatos noticiosos com a
devida abrangência aos casos envolvidos, como forma de prestar serviços informativos
de qualidade, credibilidade e principalmente fidelidade aos fatos e acontecimentos,
para que a verdade possa prevalecer no seio da opinião pública. Acorda, Brasil!
Brasília,
em 8 de outubro de 2018
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