Em
primeiro ato de campanha para o segundo turno, o presidenciável do PT fez visita
ao ex-presidente da República petista, na prisão, em Curitiba (PR), como forma
de homenagem ao padrinho político, mas certamente essa visita de cortesia teve
como principal objetivo colher orientação política para o começo da estratégia a
ser esboçada para o restante da corrida eleitoral, que certamente há de pegar
fogo nessa fase decisiva.
Na
apuração das urnas, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o petista
ficou em segundo lugar, com 29,3% dos votos apurados, contra os 46,1% do
candidato ultradireitista, que já começa a segunda etapa presidencial com
expressiva margem de vantagem sobre o petista.
De
acordo com importante colunista política do jornal Folha de S. Paulo, também esteve no presídio, em visita ao petista-mor,
o secretário de finanças do partido, que, em conjunto com a equipe de advogados
do político preso, vão traçar os planos para a campanha petista do segundo
turno.
Há
setores do PT que defendem que o petista-mor delegue, de vez, a campanha ao
presidenciável, para que ele busque os acordos necessários para o segundo turno
e tenha autonomia para resolver as questões próprias da sua candidatura,
ficando livre da orientação do político preso.
Um
dos dirigentes do partido afirmou à coluna do jornal Folha de S. Paulo que a prioridade agora é criar uma “zona de conforto” para que pessoas que
rejeitam o candidato de oposição, mas, ao mesmo tempo, são críticas ao PT, possam
apoiar o candidato petista, num movimento suprapartidário e da sociedade civil
“pela democracia”.
Na
avaliação de caciques petistas, a vitória sobre o capitão reformado, nessa
altura da campanha eleitoral, é considerada “muito difícil”, mas não chega a ser impossível.
Não
há a menor dúvida de que já se tornou normal o candidato petista se dirigir ao
presídio de Curitiba, toda segunda-feira, para reabastecer seu arsenal de
argumentos para dá continuidade à sua campanha presidencial, como uma espécie
de moleque de recados, em cristalina demonstração de que ele não tem condições
de atuar de forma independente, precisando ser orientado pelo presidiário, que
mantém sobre seu controle as atividades não somente partidárias, mas também
tudo que envolve a candidatura de afilhado político.
Em
tese, a campanha eleitora do PT é centralizada e comandada de dentro da cadeia
e isso seria a maior sinalização de que, em caso de vitória do candidato
petista, o Brasil também poderá ser governado de dentro do presídio, eis que
ninguém ousa fazer absolutamente nada sem a ingerência do todo-poderoso, que,
mesmo preso, dita as normas que devem ser seguidas no seio do partido.
Agora,
em termos de práticas políticas, é completamente inadmissível que alguém de
dentro da cadeia ainda se julgue com plenos poderes para ditar os destinos do
partido, que não consegue ter autonomia para resolver seus problemas sem a
orientação dele, como nesse caso, em que o candidato se submete ao ridículo de
visitá-lo para pedir conselhos e pegar
orientação a um criminoso condenado pela Justiça, em visível situação de
constrangimento moral, principalmente em se tratando de candidato ao principal
carga da República, em que ele tem o dever de integridade moral para ser
independente e autêntico homem público, para ser livre e com poderes autônomos quanto
ao destino da sua campanha.
Tem
sido normal, nos últimos tempos, os chefões da criminalidade darem orientações
sobre as atividades das organizações criminosas, mas jamais essa forma de se
comandar campanha eleitoral teria sido feita diretamente do presídio, o que
demonstra forma explícita de desmoralização das práticas político-eleitorais,
em que presidenciável não se envergonha de ser orientado por condenado, de
dentro do presídio.
Não
há a menor dúvida de que é por demais deprimente que o presidiário seja
conselheiro de candidato à Presidência da República, em evidente inversão de
valores e da ordem democrática, que jamais se poderia imaginar que as
atividades políticas pudessem chegar a ponto tão deprimente e aviltante,
evidentemente em situação inadmissível nem mesmo nas piores republiquetas, onde
o primado democrático é questão de honra para seu povo.
Esse
episódio tem o condão de evidenciar que o candidato petista não tem o mínimo de
personalidade, por se permitir ser verdadeiro marionete, que se submete
passivamente às ordens emanadas por presidiário, em situação absolutamente
constrangedora quanto aos padrões de dignidade do ser humano, que precisa ser
respeitado na sua honra como cidadão.
É
preciso que os brasileiros honrados repudiem, com veemência, essa forma
estapafúrdia e desmoralizante de prática política, em que candidato se digna a
ser orientado por preso, no âmbito da cadeia, diante da sublime evidência de
que ele padece das mínimas condições de dignidade e moralidade para representar
o povo, à vista da sua submissão à orientação de condenado à prisão justamente
pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em completa
incompatibilidade com o exercício do cargo público para o qual o candidato
pleiteia se eleger, dando a entender que ele simplesmente despreza a relevância
da sua liturgia, considerando que o presidente da República precisa demonstrar
altíssimos sentimentos de culto aos salutares princípios republicanos de
moralidade e dignidade, que são inexistentes na pessoa de quem se encontra presa.
Acorda, Brasil!
Brasília,
em 15 de outubro de 2018
Infelizmente, o PT, além da roubalheira, não para de desmoralizar o Brasil é o povo brasileiro.
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