quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Pura descortesia política


O derrotado presidenciável petista, um dia depois de anunciada a vitória do seu adversário, enviou a seguinte mensagem para ele, in verbis: "Presidente Jair Bolsonaro. Desejo-lhe sucesso. Nosso país merece o melhor. Escrevo essa mensagem, hoje, de coração leve, com sinceridade, para que ela estimule o melhor de todos nós. Boa sorte! (sic)".
A referida mensagem foi feita um dia depois do encerramento da eleição, mesmo o petista tendo usado o microfone, em discurso dirigido exclusivamente aos seus apoiadores, deixando de mencionar o nome de seu adversário vencedor na acirrada disputa presidencial, sob a alegação de que ele teria sido grosseiro para com a sua pessoa, com palavras agressivas, dizendo que, se eleito, iria mandar prendê-lo, exatamente em revide de ameaça feita pelo candidato do PSol que, em comício no palanque do petista, teria incitado a invasão da residência do pesselista, sob o argumento grosseiro e injusto de que se tratava de casa onde não se produzia nada.
Ou seja, o petista levou ao pé da letra o que o candidato vitorioso teria dito contra ele, mas ignorou a agressão indevida e graciosa protagonizada por seu apoiador, que deveria sim ser evitada, porque não condiz com os princípios de civilidade e respeito tanto ao ser humano como ao direito de propriedade, assegurado pela legislação pátria.
Ainda no mesmo dia do resultado das urnas eletrônicas, um jornalista fez análise sobre o discurso do derrotado candidato petista, tendo afirmado, verbis: “Haddad mostra em seu discurso porque todo petista é um anão moral. Não deu os parabéns ao vencedor, falou em medo, insistiu na tese de golpe contra a ‘presidente’ e na prisão injusta do Lula, e apelou para um clima de divisão, já fazendo campanha política de olho nas próximas eleições. Enquanto isso, Bolsonaro falou em união e na construção de uma nação que dê orgulho a todos. Mas a imprensa diz que é Bolsonaro que inverte no racha, não o PT. Bem, o choro é livre. Lula não.”.    
O presidente eleito agradeceu, via redes sociais, a mensagem do concorrente derrotado, nestes termos: “Senhor Fernando Haddad, obrigado pelas palavras! Realmente o Brasil merece o melhor”.
O presidente eleito aproveitou o ensejo para reafirmar o que dissera o petista, no sentido de que o país não pode permanecer nessa situação de muitas precariedades, que precisam ser urgentemente saneadas, como forma de melhorar as condições de vida da população, tão desprezada nos últimos governos, diante da ineficiência e da má qualidade dos serviços públicos prestados ao povo, com as deficiências estampadas na saúde, educação, segurança pública, entre outras formas de serviços de incumbência constitucional do Estado.
Nas palavras do futuro presidente do Brasil, vislumbra-se muita esperança por parte dos brasileiros, no sentido de que as mudanças precisam ser implementadas logo no início do governo, principalmente aquele trambolhão que se encontra logo e imediatamente sob os olhos dele, que é exatamente o elefante branco representado pelo inchaço da paquidérmica máquina pública, com injustificável quantidade de ministérios e empresas estatais, muitas das quais recheadas de apaniguados e cabos eleitorais, em verdadeiro desperdício de dinheiro público, que poderia ser aplicado em atividades e projetos que deixam de ser executados por falta de recursos, porque ele está sendo direcionado para despesas sem a menor relevância, razão ou justificativa, havendo nisso indiscutivelmente ferimento dos princípios da efetividade e da economicidade, que são essenciais à eficiência e eficácia da gestão pública moderna, que deve se preocupar, de forma prioritária, com o atendimento satisfatório do interesse público.
Os brasileiros nutrem esperança de que o novo presidente do país tenha sensibilidade para melhorar substancialmente o funcionamento da máquina pública, por meio da racionalização e do aperfeiçoamento de suas estruturas, levando-se em conta os benfazejos conceitos de modernidade e funcionalidade, principalmente com a eliminação de desperdícios e a implantação de sistema adequado que possa assegurar a eficiência e a eficácia da administração pública, em clara demonstração de que, sem os indispensáveis sistemas de organização e planejamento, a importante missão institucional do mandatário da República poderá ser prejudicada, por força dos indesejáveis trambolhos que impedem a modernização do Estado e do desenvolvimento do país. Acorda, Brasil!
Brasília, em 31 de outubro de 2018

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