terça-feira, 23 de outubro de 2018

Trágico destino brasileiro?


Mensagem reunindo textos possivelmente atribuídos a jornais do estrangeiro faz afirmações negativas e contrárias ao presidenciável do PSL, conforme alguns deles transcritos a seguir, ipsis litteris: “Bolsonaro assusta com soluções simplistas e autoritárias” (El Mercurio – Chile); ”Bolsonaro, seria este o político mais repulsivo do mundo.” (New Au – Austrália); “Trágico destino brasileiro de uma rebelião antidemocrática surge novamente.” (Financial Times – EUA); “Com Bolsonaro a democracia do Brasil corre sério risco” (The New York Times – EUA); “Um pesadelo chamado Bolsonaro” (Corriere dela Sierra – Itália); “No Brasil, um ex-soldado para liquidar a democracia” (Liberation – França); “Trump tropical, homofóbico e machista” (Le Monde – França); entre outras expressões na mesma linha, descendo o malho no capitão reformado, pondo seu nivelamento pessoal à pior espécie, em termos de homem público, dando a entender que ele seria absolutamente incapaz de representar e defender a democracia.
Agora, diante de quem teve o cuidado somente para selecionar matérias exclusivamente destinadas a denigrir a imagem do pesselista, aqueles jornais não fazem qualquer referência às ricas adjetivações do candidato petista, como se, para os donos da verdade internacional, somente houvesse um presidenciável, pouco importando, certamente de propósito, a existência também do presidenciável petista, cujos partido e filiados, em nível de liderança, têm histórico para longe de antirrepublicano e antidemocrático.
Vejam-se que, a título de exemplo, o principal político do partido dele, que até já foi presidente da República do Brasil, por duas vezes seguidas, e o comanda, encontra-se preso, pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e, o mais grave, é exatamente esse cidadão preso que vinha orientando os passos da campanha eleitoral do candidato do partido, em clara demonstração de que este não tem personalidade, tanto que passou todo primeiro turno dizendo que ele era o próprio presidiário, se negando a ser ele próprio, o que significa a indiscutível ilação segura de inversão de valores e absurda e visível prática do crime de falsidade ideológica, quando alguém tenta se passar, de forma descarada e irresponsável, por quem é impossível ser, tão somente com as leviana e ridícula exploração do processo simbiótico consistente na tentativa de transferência de votos que seriam dados ao político condenado para ele, em cristalina forçação de barra que, por certo, nem nas piores republiquetas seria imaginável prática repugnante como essa ainda pudesse acontecer, diante de abominável e decadente método político-eleitoral, à luz dos conceitos de seriedade, civilidade e evolução, em termos políticos e democráticos.
Não obstante, a pior e mais severa desgraça do mundo é a ilação que se  pode ser feita com base nesses textos, evidentemente publicados para influenciar a decisão dos eleitores brasileiros, por evidenciar que político com clamorosas qualificações inidôneas à vida pública, no entendimento da imprensa internacional, vem superando todas as formas de preconceitos e acusações ainda nada comprovadas, na prática, e merecendo o expressivo apoio do eleitorado, conforme mostram as pesquisas de intenção de voto.
À toda evidência, não deixa de ser cruel para o outro candidato, que pode perder a disputa presidencial para adversário com tantas eventuais adjetivações maléficas atribuídas a ele por aqueles jornais, embora sem nenhuma base material, a não ser declarações esparsas, de momento, fato este que não significa qualquer comprovação sobre a efetividade de coisa nenhuma do que foi dito por ele, mas os mencionados textos jornalísticos procuram demonizá-lo da pior forma possível, como se ele fosse figura simplesmente abominável e indigna, à vista do que ficou bastante patenteado nas intenções constantes dos supracitados textos, contrariando a avaliação e o sentimento dos eleitores brasileiros, que já sinalizaram que a sua preferência é para quem melhor representa, na atualidade, seus anseios, em termos político-administrativos, certamente sob a ótica de que o outro candidato seria muito mais desastroso para a defesa dos interesses dos brasileiros.
Causa espécie que ninguém da imprensa internacional tenha se atrevido ou se interessado em saber as razões pelas quais há por traz dessa tragédia política ou se ela não precisa saber nada sobre as deficiências do presidenciável petista, fato que parece sintomático, estranho e até deplorável, considerando que a disputa eleitoral acontece exatamente entre dois candidatos, não que um seja do bem e o outro do mal, porque ambos podem ter adjetivações benéficas e maléficas, a depender do ângulo que cada qual for avaliado político e administrativamente.
Ou seja, é muito fácil de se compreender, sem o menor esforço, que, se alguém consegue ter a simpatia de tanta gente, só pode ser em razão da evidente das indiscutíveis antipatia e rejeição por aquele que se encontra em desvantagem na preferência do eleitorado, sendo visível que só pode haver algo muito podre por parte desse último, mas parece muito estranho que a imprensa mundial não esboce o mínimo interesse em compreender essa situação emblemática, o que se tornaria muitíssimo fácil de se compreender o fenômeno bolsonarianismo.
Para tanto, bastaria ser pesquisado, consultado o histórico do partido que o adversário do capitão reformado está vinculado, que o representa como candidato, tendo a preocupação de analisar as gestões e os fatos relacionados com os governos de integrantes dele.
Só assim talvez a imprensa passaria a fazer avaliação segura sobre a repulsa e o repúdio dos eleitores ao seu atual presidenciável, em clara demonstração de que a experiência administrativa do passado recente não é exatamente o desejável para as melhores pretensões dos eleitores brasileiros, por ter sido desaprovada por eles e não seria aconselhável que os mesmos integrantes voltassem ao poder, já agora com novas intenções, inclusive de regulação da mídia, para censurar a imprensa, realização de constituinte, para a implementação da sua ideologia com viés socialista, além da continuidade da sua gestão deletéria, com o aparelhamento e o inchamento da máquina pública, como espécie de cabide de empregos, em sintonia com os abomináveis esquemas de corrupção, em especial, em empresas públicas, a exemplo dos desvios havidos na Petrobras, que teve seu patrimônio dilapidado na gestão do partido, causando enorme dano financeiro à petrolífera, mediante a indevida canalização de recursos para o financiamento de campanhas políticas milionárias de partidos políticos, inclusive de quem era governo à época, conforme mostram os fatos investigados, e outros fins espúrios e antirrepublicanos.
Em que pese toda desgraça havida com o desprezo aos princípios ético e moral na gestão pública, os principais políticos envolvidos nas operações prejudiciais ao patrimônio público nunca assumiram seus erros e muito menos as responsabilidades pelos danos ao erário, com vistas ao ressarcimento dos valores subtraídos dos cofres daquela estatal, mas, a despeito disso, ainda tentam se passar por vítimas e injustiçados, dando a entender que a esculhambação é algo normal na gestão pública sob o seu comando, embora, por obra do destino, muitos políticos endeusados do partido foram condenados à prisão, sendo que, queira ou não, esses fatos nefastos e prejudiciais ao interesse público têm enorme repercussão no âmbito dos brasileiros honrados e de boa vontade, que anseiam pela moralização da administração do país, por meio do vigoroso combate à corrupção e à impunidade, sem necessidade de se dar ouvido ao que é dito por jornais mundiais, que não têm nenhum compromisso com os destinos do Brasil, que precisa ser cuidado pelos brasileiros cônscios da sua responsabilidade cívica.
É evidente que, sem as rigorosas medidas corretivas, não é possível ter-se esperança de melhores dias para os brasileiros, que, na expressiva maioria, estão apostando na tão ansiada mudança na forma de administração do país, mesmo sob o terrível risco de gestão temerosa, não tanto quanto se alardeia mundo afora, mas certamente nada pior e desastroso poderia ser para o Brasil, com a temerosa e assustadora volta ao poder de governo com a mentalidade alta e vigorosamente destrutiva dos princípios administrativos e morais, à luz dos fatos históricos recentes.
Trata-se, indiscutivelmente, de gestão com arraigado fisiologismo, por estimular o loteamento de ministérios e empresas estatais entre os partidos da coalizão governamental, no contexto de impudente e vergonhoso esquema do “toma lá, dá cá”, em apoio aos projetos do governo; capacidade para criar dois poderosos sistemas de corrupção: o mensalão e o petrolão, para, entre tantas deformações éticas, a compra da consciência de inescrupulosos parlamentares, conforme mostraram os fatos apurados; demonstração de total desinteresse em promover reformas necessárias nas estruturas do Estado, permitindo que o país seja governado de forma empírica e retrógrada; iniciativa de investir, com dinheiro dos brasileiros, em obras de países comandados por ditadores, a exemplo de Cuba, Venezuela, nações africanas etc.; capacidade para formalizar alianças com os piores políticos corruptos, com o que foi possível piorar ainda mais a qualidade da prestação dos serviços públicos à população; despudorada e irresponsável realização de dois megas eventos, como a Copa do Mundo de Futebol e a Olimpíada, quando a população padecia e ainda sofre com a precariedade da educação, saúde, segurança etc.; entre outras medidas que levaram o país á recessão econômica e às piores consequências de desastrada e incompetente administração dos recursos públicos.
Há quem até alegue que os governos petistas foram produtivos e eficientes, mas com certeza em alguns momentos, com a experimentação de desenvolvimento econômico e social, inclusive com a realização de programas de distribuição de renda às famílias carentes, em termos financeiros, que se tornaram modelo de concentração eleitoral em torno do partido, mas tudo isso não pode ser considerado algo extraordinário, porque todo esforço desses governos não conseguiu ser identificado senão pelo cumprimento normal do que se exige de qualquer gestão pública, que é exatamente transformar os recursos dos contribuintes em serviços e obras indispensáveis ao conforto da população, como forma de atendimento à satisfação do bem comum, a despeito de tantas precariedades e mazelas próprias desses governos, como os casos referidos acima, com relação aos escândalos de corrupção e as deficiências administrativas.
Enfim, os governos petistas foram capazes de protagonizar muitas outras gestões temerárias e prejudiciais ao interesse público, em evidente demonstração de que os brasileiros, com o mínimo de sensatez e sensibilidade cívica e patriótica, preferem que as mudanças sejam urgentemente experimentadas, com a escolha de político polêmico, mesmo que os resultados da sua gestão, nos próximos quatro anos, possam ser sob outras formas de desastres e infortúnios administrativos, porque seria absolutamente insuportável a repetição da dose cavalar de incompetência, ineficiência e principalmente desmoralização dos princípios democrático e republicano, já aplicada e amargamente sentida pelas desastradas e inesquecíveis gestões encampadas pelo candidato de menor preferência pelos eleitores, justamente por não suportarem tanto infortúnio, em tão pouco tempo. Acorda, Brasil!
Brasília, em 23 de outubro de 2018

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