Circula
na internet mensagem dizendo exatamente o seguinte: “Ah blá blá blá presidiário. Sabe quem tbm foi preso? Mandela, Martin
Luther King, Jesus... Sabe quem não foi? Hitler (sic)”.
É
bem possível que o aludido texto, pobre e melancólico, queira fazer alusão ao mais
importante político brasileiro preso, talvez como forçada tentativa de mostrar que não é desonra
autoridade ser presa, mesmo nas condições lastimáveis de acusado por desvio de
recursos públicos, em benefício próprio, segundo atestação da Justiça, tendo por
base a denúncia dos fatos delituosos, as delações e os levantamentos e
investigações realizadas pelas instituições especializadas.
Ocorre
que a aludida mensagem não especifica os motivos pelos quais as personalidades
elencadas acima foram presas ou, no caso uma que deixou de ser, mas, por certo,
nenhum deles se beneficiou de propina, de recursos públicos, crime este
devidamente atestado pela Justiça, com relação ao famoso preso brasileiro.
A
verdade é que os mencionados homens públicos, com fama e destaque mundiais,
foram presos em razão dos seus exclusivos empenho e dedicação em defesa de
causas socialmente relevantes, capazes de justificar verdadeira injustiça contra
seus atos ou ainda comoção social em prol de suas ações humanitárias.
É
muito importante se avaliar a causa motivadora das prisões desses heróis
mundiais, porque isso é mais do que fundamental para se determinar o caráter
dos grandes homens públicos que se tornaram heróis em razão de seus notáveis
atos de espontânea bravura, pondo em risco a sua vida, depois de memoráveis
demonstrações de coragem e destemor, por terem sido capazes de defender magistrais
causas da sociedade, do povo da sua época.
Esses
atos de verdadeiro amor ao próximo, que têm o autêntico significado de altruísmo,
se diferencia extraordinariamente do degradante sentido daquele em que o homem
público é preso por decorrência de acusação e denúncia referentes à prática de irregularidade,
com a caracterização dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro,
porque isso tem a conotação própria de ato indigno que leva ao indevido enriquecimento
pessoal, diante da configuração de crimes contra a administração pública, fato
este bastante dissonante das prisões decorrentes da defesa de notáveis causas
sociais, políticas e humanitárias.
Causa
perplexidade que, em pleno século XXI, quando a humanidade já conseguiu
significativa evolução social e humanitária, à luz do aproveitamento dos
conhecimentos científico e tecnológico, com o atingimento de elevado nível de
conhecimento, ainda haja gente totalmente incapaz de diferenciar os fatos louváveis,
dignos do reconhecimento pela verdadeira disposição de bravura, altruísmo e
coragem em defesa de seu semelhante, de casos visivelmente deprimentes e
desmoralizantes, por simbolizarem, de forma cristalina, a decadência moral e
cívica de quem tem o impoluto dever de quem atingiu o ápice na vida pública de,
ao contrário, dá bons exemplos de dignidade e honorabilidade.
Não
obstante, de modo diferente, a personificação do político preso é somente
comparável a de um condenado qualquer, sem a menor diferença de seus pares que
cometeram os mesmos crimes pelo recebimento de propina, segundo a confirmação
da Justiça, que tem prevalência sobre qualquer outro entendimento, enquanto não
houver medida judicial que altere o veredicto em plena vigência a declarar, na
forma do ordenamento jurídico do Brasil, que o todo-poderoso politicamente tem
a equivalência de qualquer pessoa presa incursa nos crimes de corrupção passiva
e lavagem de dinheiro, em consonância com o princípio constitucional segundo o
qual os brasileiros são iguais perante a lei, em direitos e obrigações, o que
vale dizer que a única diferença entre o ex-presidente da República, em termos
legais, é o direito ao usufruto de sala especial, em respeito à liturgia do
relevante cargo por ele ocupado.
As
pessoas precisam se conscientizar de que o salutar princípio isonômico é
aplicável indistintamente aos brasileiros, como imperativo constitucional que
precisa ser observado de forma retilíneo sobre todos aqueles que cometerem
crimes similares, não importando a relevância da sua autoridade política ou pública,
que, quanto maior ela for, mais é o seu dever de mostrar a sua elevada conduta limpa,
de cidadão probo e imaculado, quanto aos seus atos na vida pública, como
imperativo legal, que determina que o homem público tem o dever de prestar
contas sobre a regularidade de seus atos.
Causa
enorme estranheza que a insensibilidade humana ainda tente perseguir objetivo
totalmente incompatível com a realidade dos fatos, como nesse caso do político preso,
que tem a indevida veneração de alguns idólatras, por o defenderem como que seu
crime de lesa-pátria, por horrível afronta aos princípios republicano e
democrático, pudesse ser comparável aos atos heroicos de grandes humanistas, a
justificar as suas prisões, evidentemente no insano entendimento de quem os
prendeu, por acharem que eles estariam infringindo as regras e os princípios da
época.
No
caso do político brasileiro preso, tem-se a nítida impressão sobre a
fragilidade mental e ideológica de seus intransigentes defensores, pugnando por
liberdade de pessoa despudorada, diante dos movimentos com conotação de pura
demência intelectual de seus integrantes, à vista da extrema falta de
fundamentação jurídica para justificar sequer o mínimo esforço que seja na
defesa da vergonhosa causa por ele protagonizada, qual seja, o desprezo aos
princípios da probidade e da dignidade ínsitos no verdadeiro homem público, por
via do indevido recebimento de propina, assim decretado pela autoridade da Justiça
brasileira, que tem o poder constitucional de julgamento dos atos irregulares
contra a administração do país.
Não
há a menor dúvida de que a infeliz e desditosa ilação sobre prisões de
verdadeiros heróis, que chegaram ao patamar da glória justamente por atos
dignos e edificantes, deixa na poeira qualquer pensamento comparativo com
alguém que simplesmente se envolveu em caso pessoal de exclusiva competência da Justiça brasileira, que não tem nenhuma
conotação com cunho político ou social, merecendo os repúdio e protesto dos
brasileiros que anseiam pela moralização do Brasil e pelo feroz combate à
corrupção e à impunidade, como a única forma de passar o país a limpo, o mais
rapidamente possível. Acorda, Brasil!
Brasília,
em 18 de outubro de 2018
Kkkkkkkkkkkkkk, Bolsonarista? Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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