sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Necessidade de reflexão sobre candidatos


De acordo com as últimas pesquisas de intenção de voto, tem sido evidenciado o expressivo aumento da rejeição ao candidato ao Palácio do Planalto pelo PT, já atingindo os impressionantes 40% dos brasileiros que se manifestaram nesses levantamentos, afirmando que não votariam nele de jeito nenhum, cujo percentual já se aproxima daquele representado pelo candidato ultradireitista, que chegou a 45%, também indicado em pesquisa.
Não há dúvida de que os referidos dados expressam a aversão que parcela dos eleitores tem contra o PT, que indiscutivelmente constituiu partido símbolo nacional da corrupção sistêmica e endêmica, conforme tem sido atestado pela força-tarefa da Operação Lava-Jato, cuja podridão se alastrou e contaminou a administração do país.
A materialização dessa crescente ojeriza, como visto, aproxima-se da repulsa que outra parte dos brasileiros sente quanto aos sentimentos atribuídos, verdadeiros ou não, ao candidato de direita, de machista, homofóbico e outros predicativos contrários aos direitos humanos. 
O crescimento da rejeição ao candidato petista, conforme mostram as últimas pesquisas, certamente que tem a ver com a notória arrancada na intenção de votos ao candidato da direita, que atingiu os 39% dos votos válidos, segundo a avaliação do Datafolha, fato que significa que, embora sendo muito difícil, haja possibilidade da vitória dele já no primeiro turno, bastando que eleitores de outros candidatos de centro pendam para o lado dele.
O veemente discurso do candidato da direita parece que está conseguindo ser captado por eleitores com simpatia voltada para a ideologia mais liberal, passando a interpretar que ele é o único candidato com capacidade de derrotar o petismo, em que pesem os números mostrarem que não será tão fácil assim. 
A última simulação da intenção de voto para o segundo turno, da lavra do Datafolha, indica que os candidatos do PSL e do PT estão simplesmente empatados dentro da margem de erro com, respectivamente, 44% e 43% das preferências dos eleitores.
Mesmo no centro da batalha natural das pesadas ofensas de toda ordem, que são trocadas na campanha eleitoral, é possível se concluir que o candidato ultradireitista dá preferência à vitória no primeiro turno do petista, para competir com ele no segundo turno, por entender que isso pode facilitar a sua vida no embate final ao Palácio do Planalto e a recíproca parece ser verdadeira, porque os resultados das pesquisas sinalizam exatamente nesse sentido.
Já estando na reta final da corrida presidencial, parece não haver resquício de dúvidas de que esse será realmente o desfecho de batalha que nunca esteve clara em termos do desejo do eleitorado, que já definiu que não muda mais o seu voto, ou seja, diminuindo de forma significativa as chances dos demais candidatos, que certamente têm propostas bem melhores para o Brasil e a população.
Vai ser preciso decidir exatamente quanto à preferência entre dois candidatos que despontam na corrida eleitoral não por suas qualidades e capacidades administrativas, sabendo que um jamais gerenciou absolutamente nada na vida pública, enquanto o outro teve péssima gestão na maior cidade do país, principalmente por ter deixado de cumprir as principais promessas prometidas feitas aos eleitores paulistanos, que, no final da gestão dele, apresentaram-lhe o cartão vermelho, com a preferência de tucano novato na vida pública, em cristalina demonstração de que o petista não teria passado no difícil teste de administrador público.
Ou seja, os brasileiros vão ser obrigados a decidir por um dos dois extremistas, de um lado a força da direita e do outro a experiência desastrosa da esquerda, diante da certeza absoluta de que não haverá mais mudança do voto capaz de alterar o status quo.
É preciso que se diga que um ou outro candidato que se eleger certamente não será bom negócio para os brasileiros, exatamente diante das incertezas e certezas referidas acima, mas se impõe intensa reflexão nesse momento crucial para a vida dos brasileiros, de vez que o direitista ainda é verdadeira incógnita, diante da sua falta de estrutura e de experiência administrativa, que apenas coleciona muitas promessas improváveis de implementação, a depender de muita boa vontade do Congresso Nacional, que por certo será igual ou até pior ao da legislatura anterior.
À vista das pesquisas, grande parte da classe política em atividade pode retornar ainda mais triunfante, por ter merecido o aval e o respaldo do povo, como a se justificar que, mesmo que seu trabalho legislativo tenha sido péssimo e prejudicial ao interesse público, pela pouca ou nenhuma produção em benefício da população, isso tem pouca importância, porque o povo quis a sua volta para onde jamais deveria retornar, para representá-lo e isso é exatamente a prova como funciona a democracia retrógrada tupiniquim, apenas ao sabor da mediocridade explícita na vontade dos brasileiros, que demonstram plena satisfação em tudo que não presta, mesmo nessa situação caótica, em que a degeneração dos princípios políticos merece os inadmissíveis aplausos dos eleitores.
Por seu turno, o retorno ao poder da ala da esquerda seria nada mais, nada menos, do que a reafirmação dos extremos gosto e prazer à desmoralização dos princípios republicano e democrático, quando não é novidade para ninguém que o governo seria orientado diretamente da cadeia, sob as ordens e a vontade política revanchista e frustrada de presidiário que foi legalmente impedido de concorrer à Presidência da República, justamente ante o reconhecimento por parte da Justiça de que ele teria se comportado de maneira contrária aos salutares princípios da legalidade, moralidade, probidade, honestidade, entre outros que precisam ser observados no exercício de cargos públicos eletivos.
Naturalmente que a vitória da esquerda seria também a virada de uma página lúgubre e terrível que os brasileiros honrados e dignos jamais poderiam querer esquecer tão rápido e de forma irresponsável e leviana, porque nada pode ter marcado tanto a dignidade e a memória dos brasileiros do que as roubalheiras perpetradas, com o maior sentimento de banalidade, contra o patrimônio do povo, tendo por finalidade a simplicidade da absoluta dominação das classes política e social e da conquista do poder, bem assim da perenidade nele.
          Impende salientar que, com relação ao candidato direitista, tudo que se possa afirmar sobre ele pode ter algum fundo de verdade e fantasia, porque muitos fatos são citados no calor da disputa eleitoral, mas o mesmo não se pode dizer do candidato da esquerda, porque todos os fatos vergonhosos e indignos foram atestados por meio de denúncias, delações premiadas, investigações, comprovações sobre a autoria da materialidade, julgamentos de condenações à prisão e outros tantos elementos ricos em confirmação sobre o rastro de maldade protagonizada pelo partido que, a despeito de tudo mais que conspira contra os princípios republicano e democrático, ainda pretende retornar ao poder, embora não tendo a mínima sensibilidade para assumir as suas culpa e responsabilidade por todos os danos causados não somente ao patrimônio dos brasileiros, mas, em especial, ao que é mais sagrado nas atividades políticas: o respeito inafastável e intransigente aos princípios e ao ordenamento jurídico, quanto à defesa da res publica.  
          Urge que os brasileiros tenham a necessária conscientização para refletir quanto à eleição entre candidatos extremistas, tendo de um lado político com ideologia em absoluto estado de incógnita sobre o que poderá acontecer no seu governo, e do outro a certeza sobre a necessidade de orientação que melhor sinalize para se impedir que a esquerda volte ao poder, com todos seus desastrosos acervos de absoluta dominação, populismo, espúrio fisiologismo do “toma lá dá cá”, desmoralização dos princípios republicano e democrático, a exemplo do mensalão e petrolão, resistência às reformas do Estado, aparelhamento dos órgãos e das entidades públicos, entre outras plataformas de ideologia esquerdista. Acorda, Brasil!
Brasília, em 5 de outubro de 2018

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