De
acordo com as últimas pesquisas de intenção de voto, tem sido evidenciado o
expressivo aumento da rejeição ao candidato ao Palácio do Planalto pelo PT, já
atingindo os impressionantes 40% dos brasileiros que se manifestaram nesses
levantamentos, afirmando que não votariam nele de jeito nenhum, cujo percentual
já se aproxima daquele representado pelo candidato ultradireitista, que chegou
a 45%, também indicado em pesquisa.
Não
há dúvida de que os referidos dados expressam a aversão que parcela dos eleitores
tem contra o PT, que indiscutivelmente constituiu partido símbolo nacional da
corrupção sistêmica e endêmica, conforme tem sido atestado pela força-tarefa da
Operação Lava-Jato, cuja podridão se alastrou e contaminou a administração do
país.
A
materialização dessa crescente ojeriza, como visto, aproxima-se da repulsa que
outra parte dos brasileiros sente quanto aos sentimentos atribuídos,
verdadeiros ou não, ao candidato de direita, de machista, homofóbico e outros predicativos
contrários aos direitos humanos.
O
crescimento da rejeição ao candidato petista, conforme mostram as últimas pesquisas,
certamente que tem a ver com a notória arrancada na intenção de votos ao candidato
da direita, que atingiu os 39% dos votos válidos, segundo a avaliação do Datafolha,
fato que significa que, embora sendo muito difícil, haja possibilidade da
vitória dele já no primeiro turno, bastando que eleitores de outros candidatos
de centro pendam para o lado dele.
O
veemente discurso do candidato da direita parece que está conseguindo ser captado
por eleitores com simpatia voltada para a ideologia mais liberal, passando a
interpretar que ele é o único candidato com capacidade de derrotar o petismo, em
que pesem os números mostrarem que não será tão fácil assim.
A
última simulação da intenção de voto para o segundo turno, da lavra do
Datafolha, indica que os candidatos do PSL e do PT estão simplesmente empatados
dentro da margem de erro com, respectivamente, 44% e 43% das preferências dos
eleitores.
Mesmo
no centro da batalha natural das pesadas ofensas de toda ordem, que são trocadas
na campanha eleitoral, é possível se concluir que o candidato ultradireitista dá
preferência à vitória no primeiro turno do petista, para competir com ele no segundo
turno, por entender que isso pode facilitar a sua vida no embate final ao
Palácio do Planalto e a recíproca parece ser verdadeira, porque os resultados
das pesquisas sinalizam exatamente nesse sentido.
Já
estando na reta final da corrida presidencial, parece não haver resquício de dúvidas
de que esse será realmente o desfecho de batalha que nunca esteve clara em
termos do desejo do eleitorado, que já definiu que não muda mais o seu voto, ou
seja, diminuindo de forma significativa as chances dos demais candidatos, que
certamente têm propostas bem melhores para o Brasil e a população.
Vai
ser preciso decidir exatamente quanto à preferência entre dois candidatos que
despontam na corrida eleitoral não por suas qualidades e capacidades administrativas,
sabendo que um jamais gerenciou absolutamente nada na vida pública, enquanto o
outro teve péssima gestão na maior cidade do país, principalmente por ter deixado
de cumprir as principais promessas prometidas feitas aos eleitores paulistanos,
que, no final da gestão dele, apresentaram-lhe o cartão vermelho, com a
preferência de tucano novato na vida pública, em cristalina demonstração de que
o petista não teria passado no difícil teste de administrador público.
Ou
seja, os brasileiros vão ser obrigados a decidir por um dos dois extremistas,
de um lado a força da direita e do outro a experiência desastrosa da esquerda,
diante da certeza absoluta de que não haverá mais mudança do voto capaz de
alterar o status quo.
É
preciso que se diga que um ou outro candidato que se eleger certamente não será
bom negócio para os brasileiros, exatamente diante das incertezas e certezas referidas
acima, mas se impõe intensa reflexão nesse momento crucial para a vida dos brasileiros,
de vez que o direitista ainda é verdadeira incógnita, diante da sua falta de
estrutura e de experiência administrativa, que apenas coleciona muitas promessas
improváveis de implementação, a depender de muita boa vontade do Congresso
Nacional, que por certo será igual ou até pior ao da legislatura anterior.
À
vista das pesquisas, grande parte da classe política em atividade pode retornar
ainda mais triunfante, por ter merecido o aval e o respaldo do povo, como a se justificar
que, mesmo que seu trabalho legislativo tenha sido péssimo e prejudicial ao
interesse público, pela pouca ou nenhuma produção em benefício da população,
isso tem pouca importância, porque o povo quis a sua volta para onde jamais
deveria retornar, para representá-lo e isso é exatamente a prova como funciona
a democracia retrógrada tupiniquim, apenas ao sabor da mediocridade explícita
na vontade dos brasileiros, que demonstram plena satisfação em tudo que não
presta, mesmo nessa situação caótica, em que a degeneração dos princípios
políticos merece os inadmissíveis aplausos dos eleitores.
Por
seu turno, o retorno ao poder da ala da esquerda seria nada mais, nada menos,
do que a reafirmação dos extremos gosto e prazer à desmoralização dos
princípios republicano e democrático, quando não é novidade para ninguém que o
governo seria orientado diretamente da cadeia, sob as ordens e a vontade
política revanchista e frustrada de presidiário que foi legalmente impedido de
concorrer à Presidência da República, justamente ante o reconhecimento por parte
da Justiça de que ele teria se comportado de maneira contrária aos salutares
princípios da legalidade, moralidade, probidade, honestidade, entre outros que
precisam ser observados no exercício de cargos públicos eletivos.
Naturalmente
que a vitória da esquerda seria também a virada de uma página lúgubre e terrível
que os brasileiros honrados e dignos jamais poderiam querer esquecer tão rápido
e de forma irresponsável e leviana, porque nada pode ter marcado tanto a
dignidade e a memória dos brasileiros do que as roubalheiras perpetradas, com o
maior sentimento de banalidade, contra o patrimônio do povo, tendo por
finalidade a simplicidade da absoluta dominação das classes política e social e
da conquista do poder, bem assim da perenidade nele.
Impende salientar que, com relação ao candidato direitista,
tudo que se possa afirmar sobre ele pode ter algum fundo de verdade e fantasia,
porque muitos fatos são citados no calor da disputa eleitoral, mas o mesmo não
se pode dizer do candidato da esquerda, porque todos os fatos vergonhosos e
indignos foram atestados por meio de denúncias, delações premiadas,
investigações, comprovações sobre a autoria da materialidade, julgamentos de condenações
à prisão e outros tantos elementos ricos em confirmação sobre o rastro de maldade
protagonizada pelo partido que, a despeito de tudo mais que conspira contra os
princípios republicano e democrático, ainda pretende retornar ao poder, embora
não tendo a mínima sensibilidade para assumir as suas culpa e responsabilidade
por todos os danos causados não somente ao patrimônio dos brasileiros, mas, em
especial, ao que é mais sagrado nas atividades políticas: o respeito inafastável
e intransigente aos princípios e ao ordenamento jurídico, quanto à defesa da res publica.
Urge que os brasileiros tenham a necessária conscientização
para refletir quanto à eleição entre candidatos extremistas, tendo de um lado
político com ideologia em absoluto estado de incógnita sobre o que poderá
acontecer no seu governo, e do outro a certeza sobre a necessidade de
orientação que melhor sinalize para se impedir que a esquerda volte ao poder,
com todos seus desastrosos acervos de absoluta dominação, populismo, espúrio
fisiologismo do “toma lá dá cá”, desmoralização dos princípios republicano e democrático,
a exemplo do mensalão e petrolão, resistência às reformas do Estado,
aparelhamento dos órgãos e das entidades públicos, entre outras plataformas de
ideologia esquerdista. Acorda, Brasil!
Brasília,
em 5 de outubro de 2018
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