O resultado da eleição para o Senado Federal,
em Minas Gerais, não poderia ter sido melhor não somente para aquele estado,
mas também para o Brasil, porque os mineiros decidiram eleger possivelmente os
dois melhores políticos para representá-los naquela Casa.
Com
isso, a aventureira petista, a ex-presidente da República, que era indicação do
todo-poderoso e que figurou todo tempo no topo das pesquisas de intenção de
voto, foi descartada, de forma melancólica e espetacular, pelos mineiros,
deixando-a no quarto lugar entre os concorrentes, com apenas 15% da preferência
do eleitorado mineiro.
Nesse
embalo de derrota, o atual governador mineiro, que também é petista, viu seus
planos de reeleição serem mandados para o espaço sideral, tendo ficado em
terceiro lugar na disputa ao governo mineiro, totalmente impossibilitado de
continuar comandando o estado.
O
que mais estarrecia a dignidade e a honra dos brasileiros era se acompanhar o
resultado das intenções de voto para senador, por Minas Gerais, e ficar
anestesiado com a notícia de que a mencionada ex-presidente estava na liderança
dos pretendentes ao Senado, dando a entender que o povo mineiro era
simplesmente um bando de idiotas, cuja imbecilidade teria contribuído para, em
tão pouco tempo, ser apagado da memória o passado tenebroso protagonizado por
essa política, que demonstrou o tanto de incompetência no comando do país.
Como
se sabe, ela havia sido defenestrada do Palácio do Planalto pela porta dos
fundos, justamente por incompetência administrativa, diante da constatação da
prática do crime de responsabilidade fiscal, previsto na Constituição Federal,
exatamente por ter deixado de cumprir normas de administração financeira e
orçamentária, consistindo na inobservância do limite dos gastos públicos,
frente à arrecadação das receitas.
Ou
seja, a Lei Maior do país manda que os governantes somente podem gastar até o
limite das receitas arrecadadas, mas a gestão da petista entendeu de autorizar
as chamadas "pedaladas fiscais", tendo como parâmetro o pagamento por
bancos oficiais de despesas da incumbência do governo, cuja operação
configurava forma proibida legalmente de empréstimo.
Ao
resultado dessas transações irregulares, soma-se o incômodo e desastroso rombo
nas contas públicas, com reflexos diretos em indicadores econômicos, a exemplo
da recessão, da inflação, do aumento progressivo das dívidas públicas, da
insatisfatória prestação dos serviços de incumbência do Estado, do desemprego, da
falta de investimentos em obras públicas, da desindustrialização, ou seja, a então
presidente petista conseguiu estabelecer, pela indiscutível incompetência de
gestão, o estrangulamento da economia e o alarmante empobrecimento do Brasil,
O
reflexo de tudo isso ficou evidenciado no caos generalizado na administração do
país, mas, mesmo diante de tamanha tragédia na gestão dos recursos públicos, a
petista ainda pretendia, sem qualquer disfarce, ser senadora da República, por
Minas Gerais, dando a entender que as costumeiras ingenuidade e boa vontade dos mineiros seriam
suficientes para que o seu legado de precariedade e prejuízo ao interesse
público fossem esquecidos e ela continuaria rindo da cara dos tolos dos
mineiros e também dos brasileiros, por mostrar que teria capacidade para dá a
vota por cima, depois de ter recebido cartão vermelho do Congresso Nacional, numa
jogada de mestre, que felizmente foi abortada, em muito boa hora.
Ainda
bem que os eleitores das Minas Gerais perceberam a arapuca que estavam caindo e
entenderam, de bom alvitre, fazer o que os antipatriotas senadores deixaram de
promover, que teria sido a suspensão dos direitos políticos dela, com respaldo
no parágrafo único do art. 52 da Carta Magna, que estabelece que o homem público
afastado do poder, por força do disposto no citado artigo, fica inelegível pelo
período de 8 anos, mas esse não foi o entendimento da comissão de impeachment,
permitindo que a petista pudesse se candidatar ao Senado, por seu estado natal.
Pelo
menos, na primeira tentativa, a petista bateu com a cara na porta de entrada
das urnas eletrônicas, porque os heroicos mineiros, com a dignidade que lhes é
peculiar, cumpriram, de forma justa e
legítima, o seu dever cívico e patriótico de afastar da vida pública os maus
políticos que precisam se conscientizar de que eles já demonstraram plenas incapacidade
e falta de condições para o exercício de cargo público eletivo, de modo que a
sua participação nas atividades públicas evidenciam transtorno à satisfação do bem
comum e do interesse público.
Esperam-se que os políticos inconvenientes ao interesse público
possam, enfim, compreender que eles prestam importante contribuição ao Brasil
decidindo pelo seu definitivo afastamento das atividades políticas, permitindo que
novas gerações de homens públicos possam se interessar por essa tão brilhante
carreira, que somente deveria ser abraçada por quem realmente tem condições para
prestar bons serviços públicos aos brasileiros. Acorda, Brasil!
Brasília,
em 9 de outubro de 2018
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