A campanha
presidencial do primeiro turno teve o indiscutível destaque a polarização entre
direita e esquerda, com a sinalização de que os mais de 147 milhões de
eleitores cumpriram o dever de placitar, hoje, nas urnas eletrônicas, a
continuidade desse ferrenho embate, onde somente um será vitorioso, com data
marcada para o próximo dia 28.
Trata-se
do processo em que sempre há a esperança do aperfeiçoamento da redemocratização
brasileira, onde serão escolhidos o novo presidente da República, dois terços
do Senado Federal, toda bancada de deputados estaduais/distritais e federais,
além de governadores, que terão a incumbência de trabalhar para o bem comum dos
brasileiros.
A
disputa ao Palácio do Planalto foi definida na centralização, de acordo com os resultados
das urnas eletrônicas, entre os dois candidatos que já vinham mostrando as
maiores condições de seguirem ao segundo turno, nas pessoas dos presidenciáveis
do PSL, com pouco mais de 46% dos votos válidos, e do PT, com pouco mais de 28%,
sendo que este foi escolhido pelo ex-presidente da república petista, que se
encontra preso em Curitiba (PR), cumprindo condenação pelos crimes de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro, em face do recebimento de propina.
Causa
espécie que o cacique petista, mesmo encarcerado, foi o principal mentor e
orientador do candidato petista, dando clara demonstração de que este não tem a
mínima condição de comandar o país, por se vislumbrar que, na hipótese da
vitória dele, quem governaria o Brasil seria, na verdade, o prisioneiro, que
tem o supremo controle das ações políticas de seu partido, conforme mostram os
fatos, principalmente porque o candidato não faz nada sem a orientação do
petista-mor.
Isso
acontecendo, seria o maior desastre para que poderia acontecer não somente para
a democracia e a República, mas em especial para o Brasil, que não seria governado
por pessoa autêntica e de personalidade, visto que ele estaria simplesmente atrelado
à orientação de quem se acha onipotente, que não consegue delegar absolutamente
nada a ninguém, porque somente ele tem a razão e o poder.
O
certo é que a polarização evidenciada nesta eleição presidencial tem o sabor
amargo para os brasileiros, diante da absoluta certeza de que entre os demais
candidatos relegados pelos eleitores havia políticos com superiores capacidades
e qualificações para o desempenho do exercício do cargo de presidente da
República, à vista de suas experiências administrativas, acumuladas da vida
pública.
À
toda evidência, é por demais sabido que os dois candidatos que vão disputar a
cadeira presidencial, estão bastante distanciados do perfil de estadista que o
Brasil está carecendo, diante das monumentais precariedades que grassam em
todos os cantos do país, conquanto eles não estão, em termos de qualificação, à
altura para solucioná-las.
Em
termos político-eleitorais, o Brasil foi dividido praticamente ao meio, onde,
de um lado, colocaram-se os brasileiros decididamente com viés antipetista, mais
especificamente as pessoas que anseiam ardentemente pela moralização do país e
punição aos maus políticos que desviaram recursos públicos, para benefícios
próprios ou seus partidos, e, de outro, houve o destaque das pessoas contrárias
à ideologia de direita, que, em tese, essa é a principal filosofia do candidato
que venceu o primeiro turno.
Ou
seja, um dos candidatos que pretende reconquistar o poder, cujos governos
passados se notabilizaram por altos e baixos, com fase de desenvolvimento
econômico e social e também com depressão econômica e as nefastas consequências,
que se juntaram aos escândalos do mensalão e do petrolão, já demonstrou o
quanto que não teve competência sequer para administrar a cidade de São Paulo,
quanto mais o Brasil.
Por
seu turno, o outro candidato não tem experiência administrativa, mas mesmo
assim pretende revolucionar o país, com políticas modernizantes, com destaque
para a segurança pública e as reformas nas estruturas do Estado, tendo por base
mudanças generalizadas na gestão pública.
Compete
aos brasileiros, à luz da responsabilidade cívica e patriótica, a avaliação
criteriosa e ponderada sobre a escolha do candidato que melhor possa
desempenhar o cargo de presidente da República, de modo que o seu trabalho seja
efetivamente em benefício tanto para os brasileiros como para a consolidação dos
princípios democráticos, principalmente com a adoção de medidas que possam
aperfeiçoar e modernizar as estruturas do Estado. Acorda, Brasil!
Brasília, em 7 de outubro de 2018
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