O
mais importante político brasileiro preso fez apelo, por meio de carta, por
união em torno do nome do candidato do PT à Presidência da República, contra o
que ele chamou de "ameaça fascista"
representada pela candidatura do presidenciável pelo PSL.
O
petista afirmou que a campanha eleitoral chega ao final com o país sob o risco
de enorme retrocesso, entendendo que é o momento de “unir o povo, os democratas, todos e todas" em torno da
candidatura do presidenciável petista, em defesa da democracia.
O
ex-presidente declarou que, “Neste
momento em que uma ameaça fascista paira sobre o Brasil, quero chamar todos e
todas que defendem a democracia a se juntar ao nosso povo mais sofrido, aos
trabalhadores da cidade e do campo, à sociedade civil organizada, para defender
o Estado Democrático de Direito. Neste
momento, acima de tudo está o futuro do país, da democracia e do nosso povo. É
hora de votar em Fernando Haddad, que representa a sobrevivência do pacto
democrático, sem medo e sem vacilações”.
Segundo
o petista, “As divergências políticas
devem ser decididas por meio de debate, dos argumentos e do voto, mas o país
não tem o direito de abandonar o pacto social da Constituição de 1988, que
marcou a volta da democracia. Não
podemos deixar que o desespero leve o Brasil na direção de uma aventura
fascista, como já vimos acontecer em outros países ao longo da história.”.
Na
carta, o ex-presidente se defende mais uma vez das acusações, defende seu
legado e diz saber que seu governo contrariou interesses e por isso tentam “reescrever a história” e destruir a
imagem do PT, mas que a população ainda confia no projeto do partido.
O
petista está preso em Curitiba (PR), desde 7 de abril último, depois de ter
sido condenado em segunda instância, pelos crimes de lavagem de dinheiro e
corrupção passiva, no âmbito da Operação Lava-Jato, em que pese ele negar ter
cometido qualquer crime, mas foi incapaz de prova, com o adjutório de mais de
vinte advogados, a sua inocência.
Não
obstante, os fatos são implacáveis, diante da absoluta certeza de que juiz
algum, por mais medíocre que seja, que não é o caso dos magistrados que o
julgaram, jamais seria maluco em condenar logo político da relevância de quem
foi, por duas vezes, presidente da República do Brasil, sem que não houvesse,
nos autos, as devidas provas sobre a materialidade da autoria dos crimes
denunciados à Justiça, sob pena da caracterização do crime de prevaricação por
parte dele, algo que sequer foi questionado, porquanto o processo pertinente se
encontra incólume, absolutamente integral tal como concluído nas primeira e
segunda instâncias.
Mesmo
no Estado Democrático de Direito, não tem o menor cabimento que preso possa se manifestar
sobre o processo político, diante do fato de que a reclusão impede a sua
participação em atividade política, além do que a condenação aplicada a ele diz
respeito à infringência dos princípios republicano e democrático da moralidade
e da dignidade, no tocante às atividades públicas, recomendando-se que o petista
se mantenha em absoluto silêncio, como forma de contribuir para a tranquilidade
e a normalidade do mencionado processo, evitando-se intromissão indevida e
desnecessária, diante do péssimo exemplo dado por ele aos brasileiros, por ter
sido penalizado exatamente em razão do recebimento de propina, segundo o
veredicto da Justiça, que precisa ser levada em consideração e apoiada pela
sociedade, como forma de contribuição ao indispensável combate à corrupção e à
impunidade.
É
preciso deixar bastante claro que, nem nas republiquetas, político pode ficar
comandando processo eleitoral referente ao seu partido de dentro do presídio,
como vem sendo feito no país tupiniquim, em clara demonstração de decadência do
sistema político-eleitoral, que, em pleno século XXI, ainda seja permitido que
algo desprezível e ridículo como esse possa existir, à vista do sentimento ruim
de precariedade que alguém de dentro do presídio tenha influência na campanha
eleitoral, que visa à eleição logo do presidente da República, o mais
importante cargo do país, que jamais deveria ser permitido algo tão
desmoralizante para a nação com as grandezas econômica e social do Brasil.
É
evidente que o Brasil não merece essa forma esdrúxula do prevalecimento de
ideias impostas por pessoa fora da lei, não sendo admitido que ela possa ser
orientador de seu fantoche, que já demonstrou não ter independência nem
capacidade própria para exercer cargo eletivo algum, por ter passado quase o
primeiro turno afirmando que ele (o candidato) era o presidiário, ou seja, o
candidato era simplesmente a pessoa enclausurada, em evidente prática de
falsidade ideológica e enganação ao seu eleitorado, quando ele dizia que ele
era o outro, que estava preso.
Essa
forma maquiavélica de prática político-eleitoral foi normalmente aceita por
seus eleitores, em cristalina prova de esculhambação do sistema eleitoral, se
se levar em conta que o processo pertinente precisa ser encarado com seriedade
e civilidade, sem subterfúgios nem enganação de qualquer espécie, nem mesmo de
querer ser outra pessoa somente para conquistar, de forma nitidamente irregular,
os votos das pessoas que votariam naquele que se passava pelo candidato sem ele
ser, porque isso não condiz com os princípios salutares da honestidade e da
legitimidade, que precisam imperar no processo político-eleitoral decente,
evoluído e civilizado.
Ou
seja, em uma nação séria, civilizada e evoluída, em termos políticos e democráticos,
o político preso deveria ser considerado como pessoa de pouquíssima ou nenhuma significância
política, sem a mínima condição moral para ficar dando ordens e orientações de
dentro da cadeia, que é lugar exclusivamente para o cumprimento de condenação
pela prática de crimes, quanto mais, no caso dele, de corrupção passiva e
lavagem de dinheiro, o que caracteriza a total perda da moralidade, diante de o
fato de a sanção aplicada a ele ter por base a inobservância do que é mais
sagrado na vida pública, qual seja, o respeito ao regramento jurídico, que foi simplesmente
ignorado e atropelado por ele, em total desprezo às regras da dignidade e da
honestidade, passando a ser considerado, enquanto estiver cumprindo pena,
político fora da lei, nos termos das sentenças prolatadas pela Justiça.
Diante
dessas circunstâncias, é notório que o petista não tem direito algum de vir, em
pleno processo eleitoral, falar em defesa da democracia, diante da ameaça
fascista, que poderá imperar no Brasil, em chamamento ao que ele denomina de
povo mais sofrido, o mesmo que ele não teve o menor respeito, ao se envolver em
caso de corrupção, à vista das insofismáveis condenações das primeira e segunda
instâncias.
Chega
a ser risível que o petista diz que está em jogo o futuro do Brasil, da
democracia e do povo, mas ele não teve essa mesma preocupação quando o país foi
mergulhado, de forma assombrosa, nos escândalos que envolveram os destinos da
Petrobras, em que a roubalheira tomou conta das operações da empresa, que quase
comprometeu a situação dela, diante da dilapidação do seu patrimônio, que foi severamente
fraudado por meio de contratos superfaturados, como forma segura do desvio de
recursos para, principalmente, o abastecimento dos cofres dos partidos PT, PP e
MDB, que conseguiram realizar campanhas milionárias irregulares, em flagrante
violação da legislação eleitoral, em detrimento das atividades político-eleitorais
dos demais partidos que não utilizaram recursos sujos para as suas campanhas.
É
muito estranho que o petista ainda ouse aconselhar sobre algo que somente faz
sentido quando o partido dele está em desvantagem, porque o assunto mencionado
por ele nunca fez parte da sua cartilha, ou seja, não passa de pura hipocrisia
ele afirmar que, verbis: "as divergências políticas devem ser
decididas por meio de debate, dos argumentos e do voto, mas o país não tem o
direito de abandonar o pacto social da Constituição de 1988, que marcou a volta
da democracia."
Certamente
que os estragos causados à democracia brasileira pelos governos petistas,
manchados e enodoados por mentiras, corrupção e incompetências administrativas,
seriam mais do que suficientes para o PT ser extirpado da vida pública, como
forma de purificação de todos os sistemas político, administrativo,
democrático, republicano e tantos quantos estejam relacionados com as formas de
representatividade político-social.
Não
é verdade “que a população ainda confia
no projeto do partido.”, haja vista que somente parcela do povo, que ainda não
se deu conta da gravidade das desgraças protagonizadas pelos governos petistas contra
o Brasil, preferindo ignorar os danos
causados tanto à imagem do pais como ao patrimônio, em especial, da Petrobras,
que foi selvagemente dilapidado para o financiamento de milionárias e irregulares
campanhas eleitorais, com a finalidade da permanência no poder.
Não
é possível ser ignorado o triste e lamentável legado dos governos petistas,
principalmente com fatos marcantes de suas gestões, que precisam ser elencados
neste momento histórico, em que o povo honrado tem o firme sentimento de que a
vitória nas urnas se encaminha para encontro tão maravilhoso com as urnas, na esperança
do afastamento do pesadelo petista das vidas dos brasileiros, mesmo que o
próximo presidente ainda esteja cercado de dúvidas e incertezas, exatamente por
sua condição de estadista sem experiência no comando de órgãos do Executivo,
mas mesmo assim, por certo, jamais será pior do que as administrações que
deixaram rastros de incompetência e ilegalidades insuperáveis.
É
preciso se referir aos monstruosos e inevitáveis esquemas pertinentes às
alianças espúrias sustentadas pelo loteamento de ministérios e empresas
estatais, em que sempre dominava o espantoso fisiologismo conhecido como o balcão
de negociata apoiado pelo “toma lá, dá cá”, em que a sua prática contribuiu
para a precariedade da prestação dos serviços públicos de incumbência do
Estado, diante da constatação de que os titulares das pastas direcionavam e
priorizavam os projetos e os melhores recursos para os seus currais eleitorais,
além de comporem as equipes ministeriais com pessoas da sua corriola, em
inescrupuloso esquema e abominável apadrinhamento da sua patota partidária,
como foi visto recentemente com o Ministério do Trabalho, onde os principais
cargos eram ocupados por membros do PTB e todos foram afastados por corrupção.
Em
outro flanco de igual precariedade, tem-se o deplorável legado deixado pela
última gestão petista na escandalosa recessão econômica, que cuidou de levar para
o espaço sideral os empregos dos brasileiros, em cristalina demonstração de
incompetência administrativa, quando o Partido dos Trabalhadores contribuiu
para a marca histórica de desemprego, com mais de doze milhões de pessoas sem
trabalho, diante de crises que também atingiram investimentos privados, com a
desindustrialização, graças à falta de credibilidade dos empresários no governo,
que inspirava pouquíssima confiança e apenas respirava por aparelhos, até ser
afastado das suas funções de presidente do país.
Ainda
nessa linha de grave dificuldade de gestão, convém ressaltar as dificuldades no
cumprimento das normas de administração orçamentária e financeira, conquanto o
rombo nas contas públicas sinalizava para o abismo do déficit extraordinário de
mais de cem bilhões de reais, tendo reflexos diretos na falta de recursos para
os indispensáveis investimentos em obras públicas, necessárias ao
desenvolvimento do país.
Como
se falar em futuro comprometimento da democracia, se ela já vem sendo maltrata e
desgastadas desde as gestões petistas e não poderia se sustentar firme quando
os governos se mostraram incapazes de garantir, com o mínimo de qualidade, os
serviços públicos de saúde, educação, segurança, saneamento, infraestrutura,
entre outros que foram apenas racionados entre a população ávida pelo pleno atendimento
deles, em condições ideais da garantia da necessária estabilidade das
estruturas sociais, que continuam ainda a desejar, porque o povo se mostra
absolutamente insatisfeito com a grave situação de precariedade com relação aos
serviços essenciais da incumbência constitucional do Estado.
Neste
momento, acima de tudo está o futuro do país, da democracia e do nosso povo. Não
é verdade que o candidato petista à Presidência da República, conforme alegado
pelo petista-mor, “(...) representa a sobrevivência do pacto
democrático, sem medo e sem vacilações”, à vista dos desastres já
presenteados aos brasileiros, que, se eles tivessem o mínimo de memória,
certamente não o apoiaria tendo por base os resultados absolutamente
desfavoráveis das gestões petistas, considerando que nada fizeram de
extraordinário para serem lembradas nas urnas, a começar da falta de grandes
obras públicas, salvo a transposição das águas do Rio São Francisco, que seria
inaugurada em 2012, mas até agora os resultados são pouco palpáveis e os
recursos investidos já ultrapassam dos oito bilhões de reais, para obra
estimada em apenas dois bilhões de reais, dando a entender que os astronômicos
custos não compensam os esforços dos contribuintes, na manutenção de
empreendimento que não justifica o custo-benefício.
Por
certo que o presidenciável pesselista não será o salvador da pátria imaginado
por muitos eleitores, mas os brasileiros estes sim o são, por saberem
compreender o momento de mudança que tanto o Brasil exige, na tentativa de se
implantar administração com a devida seriedade, como prometido por ele, que não
terão fisiologismo nem aparelhamento dos órgãos e das entidades públicos;
financiamento, com recursos dos brasileiros, de obras em países presididos por
ditadores da conveniência petista, para o usufruto delas pelo povo dessas
nações; chance para completa eliminação dos esquemas de corrupção que
aconteceram nos governos passados; possibilidade de reformas estruturais do
Estado; chance de enxugamento da máquina pública; melhoria da prestação dos
serviços públicos, com enfoque para a segurança e a ordem públicas;
administração eficiente dos recursos públicos; privatização, pelo menos, das
mais de quarenta empresas estatais criadas pelos governos petistas; entre
outras medidas relevantes em benefício dos brasileiros, evitando-se o
vergonhoso sentimento difundido, por anos, entre “nós” contra “eles”, em clara
demonstração de sistemas perversos alimentados por preconceitos e animosidade
de puro ódio entre irmãos.
Não
há a menor dúvida de que o apelo para a união do povo, aquele que o petista
chamou de “os democratas”, como se aquelas que não comungam da mesma cartilha
socialista não o sejam, não passa de mais uma tirada de cunho eminentemente demagógica
e de efeito absolutamente inepto, pelo simples fato de que a compreensão de
democracia diz respeito a governo do povo para o povo, o que não diz com a
expressão “os democratas”, porque isso significa nomear, de forma explícita ato
de discriminação, especificando que somente os apoiadores petistas são
democratas e os outros são fascistas, certamente por apoiarem o candidato que
lidera as intenções de voto.
É inevitável se comentar aqui o que seja o verbete fascista,
porque o líder-mor petista fez menção ao risco da implantação do fascismo no
Brasil, e isso é de suma importância para a sua compreensão, de forma adjetiva.
Pois bem, o termo fascista tem relação com algo que diga
respeito aos ideais do fascismo, que é regime político marcado por governo
ditatorial, autoritário e violento, que se notabilizou e se fortaleceu na
Europa, no início do século XX.
No caso em comento, é possível que o petista tenha se referido à
expressão “ameaça fascista”, na tentativa de denegrir a imagem do
presidenciável pesselista, como se o candidato do partido dele estivesse imune
a qualquer suspeita de adjetivação negativa, mas os fatos descritos acima
mostram que ele precisa se empenhar bastante para tirar o peso sobre seus
ombros de muitíssimas precariedades e ruindades que se acumularam nos governos
petistas, que exigem explicações e justificativas, que são pertinentes àqueles
que sempre se imaginaram os suprassumos da competência, jamais admitindo as
suas falhas, mesmo aquelas mais notórias e cristalinas, com a devida
comprovação de órgãos investigativos da República.
Aliás, a história política brasileira vem mostrando quem é o maior farsante dos
últimos tempos, que procura confundir a opinião pública, por meio de histórias
fantasiosas, inclusive de ser o maior inocente do planeta, mas não teve
capacidade, nem com o adjutório de mais de duas dezenas de bons advogados, para
mostrar e provar a sua inocência, o que demonstra que a vida pública precisa
ser aberta ao público, como um livro, para que a transparência mostre a sua
verdade, de modo que os brasileiros consigam enxergar as entranhas do seu
verdadeiro pensamento político, que até agora tem prevalecido o sentimento
predominante apenas da absoluta dominação das classes política e social e da
conquista do poder, além da permanência nele.
A
propósito, convém salientar os objetivos da organização internacional constituída a partir do Foro de São Paulo, que consiste
na dominação política de países latino-americanos e conta, entre outros
partidos brasileiros, com a participação ativa e atuante do PT, que foi um de
seus principais mentores e que ajudou a impulsioná-lo e fortalecê-lo no seio de
seus integrantes, que são por essência partidos socialistas, por meio de pacto
de solidariedade, tendo por primordial finalidade a conquista do poder e,
sobretudo, lutar para conservá-lo.
Na verdade, não há maior prova da prática do fascismo com a
disseminação de ideia fajuta de democracia, no âmbito das atividades políticas,
demonstrando intransigente defesa dos princípios democráticos, mas, por outro
flanco há a solidariedade ao movimento que tem por propósito a hegemonia do
poder e a permanência nele, o que contradiz o real sentimento democrático,
porque isso fere o princípio saudável da alternância de poder, que é próprio da
democracia moderna.
Em linhas gerais, é preciso que os brasileiros
sejam despertados para o sentimento genuíno de brasilidade, em termos cívico e
patriótico, principalmente envolvendo os princípios republicano da moralidade,
dignidade e probidade, entre outros, na administração do Brasil, diante da
verificação de enorme euforia de eleitores em defesa de candidato de partido que
é símbolo da prática de atos inescrupulosos e irregulares, consistentes nas
mais graves roubalheiras, em especial, aos cofres da Petrobras, para a
implementação de espúrias finalidades políticas, como o financiamento de
campanhas eleitorais com dinheiro sujo, em que houve o envolvimento justamente
daqueles que teriam a obrigação de dar bons exemplos de decência, idoneidade e
conduta ilibada.
A normal vê-se a felicidade de pessoas loucamente
defendendo candidato de partido que foi capaz de desviar recursos públicos, que
poderiam ter sido aplicados em programas destinados ao benefício da população,
em demonstração de péssimo exemplo de esculhambação e desmoralização da gestão
pública.
As pessoas vêm demonstrando enorme satisfação de
dizer que é preciso voltar a ser feliz, como se a afirmar que é prazeroso se
alinhar ao sentimento de pessoas que integram o partido que foi responsável pela
implementação dos dois maiores escândalos de corrupção já vistos na história
não somente brasileira, mas mundial e o mais grave de tudo isso é que as
pessoas brigam com as mais afiadas garras em defesa de pessoas que participaram
dessa mega destruição da integridade do patrimônio público e o mais espantoso é
que nada disso é capaz de causar o mínimo de envergonha na cara delas nem de
constrangimento moral, certamente pelo explícito sentimento de que isso é
normal, quando o autêntico sentimento do ser humano normal o repele, de forma
veemente.
Há casos em que políticos graduados, grandes
caciques, ainda ficam bradando aos quatro cantos que a Justiça precisa se
ajoelhar aos seus pés e pedir desculpas, diante das injustiças, porque eles, na
verdade, são vítimas e, o mais grave disso, é que os fanatizados acreditam
piamente em tudo o que eles dizem, quando deveriam ter vergonha na cara e
dignidade de sentimento para exigirem que seus líderes provem, com elementos
juridicamente válidos, a sua inocência, como é normalmente feito nas nações
sérias, civilizadas e evoluídas, em termos políticos e democráticos.
Nessas mesmas nações, além da prisão dos
envolvidos, todos perdem os direitos políticos e o partido envolvido em
escândalo é simplesmente extinto, como forma de punição exemplar, ou seja, ele deixa
de funcionar, para o bem do interesse público e a purificação dos princípios
democráticos.
Causa perplexidade que, em pleno século XXI, ainda
exista parte da população que se permite ser levada pelo inconsequente sentimento
ideológico, o que é absolutamente natural, mas isso não é motivo suficiente
para justificar a inexorável promiscuidade quanto à responsabilidade, ao zelo e
à defesa dos princípios essenciais da decência, idoneidade e integridade, indiscutivelmente
entrelaçados com a moralidade e a dignidade, sabendo-se que os casos de corrupção
são da responsabilidade pessoal e individual, mas eles passam e se transferem
para a própria sociedade quando ela, implicitamente, a assume e, a partir daí,
passa a ser cúmplice com as irregularidades havidas, com o abono delas, principalmente
em um processo eleitoral, em que os eleitores, ao votarem em candidatos de
partido desmoralizado, em termos de legitimidade, pela contumácia da prática de
corrupção, estão se alinhando a ele e concordando com o entendimento de que é
normal qualquer espécie de roubalheira na administração pública.
O sentimento que se tem é o de que parte dos
brasileiros concorda que não é preciso qualquer combate à corrupção e à
impunidade e isso fica muito cristalino com a sua adesão a candidato de partido
que não consegue explicar nem justificar seus atos perante a Justiça e muito
menos para a população, preferindo conquistar o poder com o apoio exatamente de
quem demonstra absoluta satisfação com a roubalheira havida, não se preocupando
que essa maneira irresponsável e ilegítima de gestão pública possa se repetir,
em tão pouco tempo.
Não há a menor dúvida de que o povo tem o governo
que merece e ele merece exatamente na extensão da sua mentalidade política e no
tamanho exato do seu pensamento qual seja o significado dos princípios da
moralidade, legalidade, probidade, entre outros exigidos na administração
pública, ou seja, nenhuma validade, à luz da demonstração daqueles que querem,
a qualquer custo, a volta da “felicidade”, como tem sido irresponsavelmente apregoado,
que aconteceu exatamente para aqueles integrantes do partido que conseguiu dar
o maior tombo nos conceitos republicanos pertinentes à boa e regular aplicação
dos recursos públicos.
Por
fim, convém que seja ressaltado o sentimento de muitos brasileiros, nas
palavras precisas, claras e objetivas do futuro senador pelo PDT do Ceará, que
disse, in verbis: "Tem de fazer um mea culpa, pedir desculpa,
ter humildade e reconhecer que fizeram muita besteira. Não admitir os erros que cometeram é para perder a eleição. E é bem feito.
Vão perder feio porque fizeram muita besteira, aparelharam as repartições
públicas e acharam que eram donos de um país. E o Brasil não aceita ter donos.".
No
que foi repelido sob vaias de militantes petistas, mas ele chamou de "babacas" aqueles que protestavam
contra seu discurso e disse que o partido "merece perder", caso não faça autocrítica.
O
senador eleito ainda criticou o PT, dizendo que "Foram essas figuras que acham que são donas da verdade, que acham que
podem fazer tudo".
Como
reação, a militância petista, que é altamente refratária às críticas, gritou o
nome do ex-presidente da República petista, no que foi também mal interpretado pelo
pedetista, que lembrou que ele está preso, dizendo: "Lula o quê? Ele está preso, babaca. Lula vai fazer o quê? Babaca,
babaca. Isso é o PT e o PT desse jeito merece perder".
Ou
seja, alguns políticos que não estão presos ao sentimento da conveniência ou do
interesse pessoal ou partidário têm coragem de esboçar o seu caráter sobre o
entendimento acerca das roubalheiras ocorridas nos governos petistas, mas isso,
ao contrário, jamais terá o reconhecimento dos protagonistas, que preferem
ignorar os fatos deploráveis e brigar pela reconquista do poder, possivelmente
para mostrar que o seu povo merece realmente a voltar a ser feliz, evidentemente
nos moldes do seu estilão de ser, não precisando prestar contas sobre as suas
atividades políticas.
Enfim,
com a possibilidade da mudança de mentalidade a ser implantada na administração
pública brasileira, pelo novo presidente do país, espera-se não somente o
salutar alívio de gestão extremamente egoísta e discriminatória, mas sobretudo
que possa imperar a grande força democrática dos brasileiros honrados e de boa
vontade, que tanto lutaram pela prevalência da dignidade na gestão dos recursos
públicos, com a marca poderosa do sentimento de brasilidade, sob os auspícios
dos princípios republicano e democrático. Acorda, Brasil!
Brasília, em 26 de outubro de 2018
Nenhum comentário:
Postar um comentário