sexta-feira, 26 de outubro de 2018

A verdadeira força democrática


O mais importante político brasileiro preso fez apelo, por meio de carta, por união em torno do nome do candidato do PT à Presidência da República, contra o que ele chamou de "ameaça fascista" representada pela candidatura do presidenciável pelo PSL.
O petista afirmou que a campanha eleitoral chega ao final com o país sob o risco de enorme retrocesso, entendendo que é o momento de “unir o povo, os democratas, todos e todas" em torno da candidatura do presidenciável petista, em defesa da democracia. 
O ex-presidente declarou que, “Neste momento em que uma ameaça fascista paira sobre o Brasil, quero chamar todos e todas que defendem a democracia a se juntar ao nosso povo mais sofrido, aos trabalhadores da cidade e do campo, à sociedade civil organizada, para defender o Estado Democrático de Direito. Neste momento, acima de tudo está o futuro do país, da democracia e do nosso povo. É hora de votar em Fernando Haddad, que representa a sobrevivência do pacto democrático, sem medo e sem vacilações”.
Segundo o petista, “As divergências políticas devem ser decididas por meio de debate, dos argumentos e do voto, mas o país não tem o direito de abandonar o pacto social da Constituição de 1988, que marcou a volta da democracia. Não podemos deixar que o desespero leve o Brasil na direção de uma aventura fascista, como já vimos acontecer em outros países ao longo da história.”.
Na carta, o ex-presidente se defende mais uma vez das acusações, defende seu legado e diz saber que seu governo contrariou interesses e por isso tentam “reescrever a história” e destruir a imagem do PT, mas que a população ainda confia no projeto do partido.       
O petista está preso em Curitiba (PR), desde 7 de abril último, depois de ter sido condenado em segunda instância, pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, no âmbito da Operação Lava-Jato, em que pese ele negar ter cometido qualquer crime, mas foi incapaz de prova, com o adjutório de mais de vinte advogados, a sua inocência.
Não obstante, os fatos são implacáveis, diante da absoluta certeza de que juiz algum, por mais medíocre que seja, que não é o caso dos magistrados que o julgaram, jamais seria maluco em condenar logo político da relevância de quem foi, por duas vezes, presidente da República do Brasil, sem que não houvesse, nos autos, as devidas provas sobre a materialidade da autoria dos crimes denunciados à Justiça, sob pena da caracterização do crime de prevaricação por parte dele, algo que sequer foi questionado, porquanto o processo pertinente se encontra incólume, absolutamente integral tal como concluído nas primeira e segunda instâncias.
Mesmo no Estado Democrático de Direito, não tem o menor cabimento que preso possa se manifestar sobre o processo político, diante do fato de que a reclusão impede a sua participação em atividade política, além do que a condenação aplicada a ele diz respeito à infringência dos princípios republicano e democrático da moralidade e da dignidade, no tocante às atividades públicas, recomendando-se que o petista se mantenha em absoluto silêncio, como forma de contribuir para a tranquilidade e a normalidade do mencionado processo, evitando-se intromissão indevida e desnecessária, diante do péssimo exemplo dado por ele aos brasileiros, por ter sido penalizado exatamente em razão do recebimento de propina, segundo o veredicto da Justiça, que precisa ser levada em consideração e apoiada pela sociedade, como forma de contribuição ao indispensável combate à corrupção e à impunidade.
É preciso deixar bastante claro que, nem nas republiquetas, político pode ficar comandando processo eleitoral referente ao seu partido de dentro do presídio, como vem sendo feito no país tupiniquim, em clara demonstração de decadência do sistema político-eleitoral, que, em pleno século XXI, ainda seja permitido que algo desprezível e ridículo como esse possa existir, à vista do sentimento ruim de precariedade que alguém de dentro do presídio tenha influência na campanha eleitoral, que visa à eleição logo do presidente da República, o mais importante cargo do país, que jamais deveria ser permitido algo tão desmoralizante para a nação com as grandezas econômica e social do Brasil.
É evidente que o Brasil não merece essa forma esdrúxula do prevalecimento de ideias impostas por pessoa fora da lei, não sendo admitido que ela possa ser orientador de seu fantoche, que já demonstrou não ter independência nem capacidade própria para exercer cargo eletivo algum, por ter passado quase o primeiro turno afirmando que ele (o candidato) era o presidiário, ou seja, o candidato era simplesmente a pessoa enclausurada, em evidente prática de falsidade ideológica e enganação ao seu eleitorado, quando ele dizia que ele era o outro, que estava preso.
Essa forma maquiavélica de prática político-eleitoral foi normalmente aceita por seus eleitores, em cristalina prova de esculhambação do sistema eleitoral, se se levar em conta que o processo pertinente precisa ser encarado com seriedade e civilidade, sem subterfúgios nem enganação de qualquer espécie, nem mesmo de querer ser outra pessoa somente para conquistar, de forma nitidamente irregular, os votos das pessoas que votariam naquele que se passava pelo candidato sem ele ser, porque isso não condiz com os princípios salutares da honestidade e da legitimidade, que precisam imperar no processo político-eleitoral decente, evoluído e civilizado.
          Ou seja, em uma nação séria, civilizada e evoluída, em termos políticos e democráticos, o político preso deveria ser considerado como pessoa de pouquíssima ou nenhuma significância política, sem a mínima condição moral para ficar dando ordens e orientações de dentro da cadeia, que é lugar exclusivamente para o cumprimento de condenação pela prática de crimes, quanto mais, no caso dele, de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o que caracteriza a total perda da moralidade, diante de o fato de a sanção aplicada a ele ter por base a inobservância do que é mais sagrado na vida pública, qual seja, o respeito ao regramento jurídico, que foi simplesmente ignorado e atropelado por ele, em total desprezo às regras da dignidade e da honestidade, passando a ser considerado, enquanto estiver cumprindo pena, político fora da lei, nos termos das sentenças prolatadas pela Justiça.
Diante dessas circunstâncias, é notório que o petista não tem direito algum de vir, em pleno processo eleitoral, falar em defesa da democracia, diante da ameaça fascista, que poderá imperar no Brasil, em chamamento ao que ele denomina de povo mais sofrido, o mesmo que ele não teve o menor respeito, ao se envolver em caso de corrupção, à vista das insofismáveis condenações das primeira e segunda instâncias.
Chega a ser risível que o petista diz que está em jogo o futuro do Brasil, da democracia e do povo, mas ele não teve essa mesma preocupação quando o país foi mergulhado, de forma assombrosa, nos escândalos que envolveram os destinos da Petrobras, em que a roubalheira tomou conta das operações da empresa, que quase comprometeu a situação dela, diante da dilapidação do seu patrimônio, que foi severamente fraudado por meio de contratos superfaturados, como forma segura do desvio de recursos para, principalmente, o abastecimento dos cofres dos partidos PT, PP e MDB, que conseguiram realizar campanhas milionárias irregulares, em flagrante violação da legislação eleitoral, em detrimento das atividades político-eleitorais dos demais partidos que não utilizaram recursos sujos para as suas campanhas.
É muito estranho que o petista ainda ouse aconselhar sobre algo que somente faz sentido quando o partido dele está em desvantagem, porque o assunto mencionado por ele nunca fez parte da sua cartilha, ou seja, não passa de pura hipocrisia ele afirmar que, verbis: "as divergências políticas devem ser decididas por meio de debate, dos argumentos e do voto, mas o país não tem o direito de abandonar o pacto social da Constituição de 1988, que marcou a volta da democracia."
Certamente que os estragos causados à democracia brasileira pelos governos petistas, manchados e enodoados por mentiras, corrupção e incompetências administrativas, seriam mais do que suficientes para o PT ser extirpado da vida pública, como forma de purificação de todos os sistemas político, administrativo, democrático, republicano e tantos quantos estejam relacionados com as formas de representatividade político-social.
Não é verdade “que a população ainda confia no projeto do partido.”, haja vista que somente parcela do povo, que ainda não se deu conta da gravidade das desgraças protagonizadas pelos governos petistas contra o Brasil,  preferindo ignorar os danos causados tanto à imagem do pais como ao patrimônio, em especial, da Petrobras, que foi selvagemente dilapidado para o financiamento de milionárias e irregulares campanhas eleitorais, com a finalidade da permanência no poder.
Não é possível ser ignorado o triste e lamentável legado dos governos petistas, principalmente com fatos marcantes de suas gestões, que precisam ser elencados neste momento histórico, em que o povo honrado tem o firme sentimento de que a vitória nas urnas se encaminha para encontro tão maravilhoso com as urnas, na esperança do afastamento do pesadelo petista das vidas dos brasileiros, mesmo que o próximo presidente ainda esteja cercado de dúvidas e incertezas, exatamente por sua condição de estadista sem experiência no comando de órgãos do Executivo, mas mesmo assim, por certo, jamais será pior do que as administrações que deixaram rastros de incompetência e ilegalidades insuperáveis.
É preciso se referir aos monstruosos e inevitáveis esquemas pertinentes às alianças espúrias sustentadas pelo loteamento de ministérios e empresas estatais, em que sempre dominava o espantoso fisiologismo conhecido como o balcão de negociata apoiado pelo “toma lá, dá cá”, em que a sua prática contribuiu para a precariedade da prestação dos serviços públicos de incumbência do Estado, diante da constatação de que os titulares das pastas direcionavam e priorizavam os projetos e os melhores recursos para os seus currais eleitorais, além de comporem as equipes ministeriais com pessoas da sua corriola, em inescrupuloso esquema e abominável apadrinhamento da sua patota partidária, como foi visto recentemente com o Ministério do Trabalho, onde os principais cargos eram ocupados por membros do PTB e todos foram afastados por corrupção.
Em outro flanco de igual precariedade, tem-se o deplorável legado deixado pela última gestão petista na escandalosa recessão econômica, que cuidou de levar para o espaço sideral os empregos dos brasileiros, em cristalina demonstração de incompetência administrativa, quando o Partido dos Trabalhadores contribuiu para a marca histórica de desemprego, com mais de doze milhões de pessoas sem trabalho, diante de crises que também atingiram investimentos privados, com a desindustrialização, graças à falta de credibilidade dos empresários no governo, que inspirava pouquíssima confiança e apenas respirava por aparelhos, até ser afastado das suas funções de presidente do país.
Ainda nessa linha de grave dificuldade de gestão, convém ressaltar as dificuldades no cumprimento das normas de administração orçamentária e financeira, conquanto o rombo nas contas públicas sinalizava para o abismo do déficit extraordinário de mais de cem bilhões de reais, tendo reflexos diretos na falta de recursos para os indispensáveis investimentos em obras públicas, necessárias ao desenvolvimento do país.
Como se falar em futuro comprometimento da democracia, se ela já vem sendo maltrata e desgastadas desde as gestões petistas e não poderia se sustentar firme quando os governos se mostraram incapazes de garantir, com o mínimo de qualidade, os serviços públicos de saúde, educação, segurança, saneamento, infraestrutura, entre outros que foram apenas racionados entre a população ávida pelo pleno atendimento deles, em condições ideais da garantia da necessária estabilidade das estruturas sociais, que continuam ainda a desejar, porque o povo se mostra absolutamente insatisfeito com a grave situação de precariedade com relação aos serviços essenciais da incumbência constitucional do Estado.           
Neste momento, acima de tudo está o futuro do país, da democracia e do nosso povo. Não é verdade que o candidato petista à Presidência da República, conforme alegado pelo petista-mor,(...) representa a sobrevivência do pacto democrático, sem medo e sem vacilações”, à vista dos desastres já presenteados aos brasileiros, que, se eles tivessem o mínimo de memória, certamente não o apoiaria tendo por base os resultados absolutamente desfavoráveis das gestões petistas, considerando que nada fizeram de extraordinário para serem lembradas nas urnas, a começar da falta de grandes obras públicas, salvo a transposição das águas do Rio São Francisco, que seria inaugurada em 2012, mas até agora os resultados são pouco palpáveis e os recursos investidos já ultrapassam dos oito bilhões de reais, para obra estimada em apenas dois bilhões de reais, dando a entender que os astronômicos custos não compensam os esforços dos contribuintes, na manutenção de empreendimento que não justifica o custo-benefício.   
Por certo que o presidenciável pesselista não será o salvador da pátria imaginado por muitos eleitores, mas os brasileiros estes sim o são, por saberem compreender o momento de mudança que tanto o Brasil exige, na tentativa de se implantar administração com a devida seriedade, como prometido por ele, que não terão fisiologismo nem aparelhamento dos órgãos e das entidades públicos; financiamento, com recursos dos brasileiros, de obras em países presididos por ditadores da conveniência petista, para o usufruto delas pelo povo dessas nações; chance para completa eliminação dos esquemas de corrupção que aconteceram nos governos passados; possibilidade de reformas estruturais do Estado; chance de enxugamento da máquina pública; melhoria da prestação dos serviços públicos, com enfoque para a segurança e a ordem públicas; administração eficiente dos recursos públicos; privatização, pelo menos, das mais de quarenta empresas estatais criadas pelos governos petistas; entre outras medidas relevantes em benefício dos brasileiros, evitando-se o vergonhoso sentimento difundido, por anos, entre “nós” contra “eles”, em clara demonstração de sistemas perversos alimentados por preconceitos e animosidade de puro ódio entre irmãos.
Não há a menor dúvida de que o apelo para a união do povo, aquele que o petista chamou de “os democratas”, como se aquelas que não comungam da mesma cartilha socialista não o sejam, não passa de mais uma tirada de cunho eminentemente demagógica e de efeito absolutamente inepto, pelo simples fato de que a compreensão de democracia diz respeito a governo do povo para o povo, o que não diz com a expressão “os democratas”, porque isso significa nomear, de forma explícita ato de discriminação, especificando que somente os apoiadores petistas são democratas e os outros são fascistas, certamente por apoiarem o candidato que lidera as intenções de voto. 
É inevitável se comentar aqui o que seja o verbete fascista, porque o líder-mor petista fez menção ao risco da implantação do fascismo no Brasil, e isso é de suma importância para a sua compreensão, de forma adjetiva.
Pois bem, o termo fascista tem relação com algo que diga respeito aos ideais do fascismo, que é regime político marcado por governo ditatorial, autoritário e violento, que se notabilizou e se fortaleceu na Europa, no início do século XX.
No caso em comento, é possível que o petista tenha se referido à expressão “ameaça fascista”, na tentativa de denegrir a imagem do presidenciável pesselista, como se o candidato do partido dele estivesse imune a qualquer suspeita de adjetivação negativa, mas os fatos descritos acima mostram que ele precisa se empenhar bastante para tirar o peso sobre seus ombros de muitíssimas precariedades e ruindades que se acumularam nos governos petistas, que exigem explicações e justificativas, que são pertinentes àqueles que sempre se imaginaram os suprassumos da competência, jamais admitindo as suas falhas, mesmo aquelas mais notórias e cristalinas, com a devida comprovação de órgãos investigativos da República.
Aliás, a história política brasileira vem mostrando quem é o maior farsante dos últimos tempos, que procura confundir a opinião pública, por meio de histórias fantasiosas, inclusive de ser o maior inocente do planeta, mas não teve capacidade, nem com o adjutório de mais de duas dezenas de bons advogados, para mostrar e provar a sua inocência, o que demonstra que a vida pública precisa ser aberta ao público, como um livro, para que a transparência mostre a sua verdade, de modo que os brasileiros consigam enxergar as entranhas do seu verdadeiro pensamento político, que até agora tem prevalecido o sentimento predominante apenas da absoluta dominação das classes política e social e da conquista do poder, além da permanência nele.
A propósito, convém salientar os objetivos da organização internacional constituída a partir do Foro de São Paulo, que consiste na dominação política de países latino-americanos e conta, entre outros partidos brasileiros, com a participação ativa e atuante do PT, que foi um de seus principais mentores e que ajudou a impulsioná-lo e fortalecê-lo no seio de seus integrantes, que são por essência partidos socialistas, por meio de pacto de solidariedade, tendo por primordial finalidade a conquista do poder e, sobretudo, lutar para conservá-lo.
Na verdade, não há maior prova da prática do fascismo com a disseminação de ideia fajuta de democracia, no âmbito das atividades políticas, demonstrando intransigente defesa dos princípios democráticos, mas, por outro flanco há a solidariedade ao movimento que tem por propósito a hegemonia do poder e a permanência nele, o que contradiz o real sentimento democrático, porque isso fere o princípio saudável da alternância de poder, que é próprio da democracia moderna.
Em linhas gerais, é preciso que os brasileiros sejam despertados para o sentimento genuíno de brasilidade, em termos cívico e patriótico, principalmente envolvendo os princípios republicano da moralidade, dignidade e probidade, entre outros, na administração do Brasil, diante da verificação de enorme euforia de eleitores em defesa de candidato de partido que é símbolo da prática de atos inescrupulosos e irregulares, consistentes nas mais graves roubalheiras, em especial, aos cofres da Petrobras, para a implementação de espúrias finalidades políticas, como o financiamento de campanhas eleitorais com dinheiro sujo, em que houve o envolvimento justamente daqueles que teriam a obrigação de dar bons exemplos de decência, idoneidade e conduta ilibada.
A normal vê-se a felicidade de pessoas loucamente defendendo candidato de partido que foi capaz de desviar recursos públicos, que poderiam ter sido aplicados em programas destinados ao benefício da população, em demonstração de péssimo exemplo de esculhambação e desmoralização da gestão pública.
As pessoas vêm demonstrando enorme satisfação de dizer que é preciso voltar a ser feliz, como se a afirmar que é prazeroso se alinhar ao sentimento de pessoas que integram o partido que foi responsável pela implementação dos dois maiores escândalos de corrupção já vistos na história não somente brasileira, mas mundial e o mais grave de tudo isso é que as pessoas brigam com as mais afiadas garras em defesa de pessoas que participaram dessa mega destruição da integridade do patrimônio público e o mais espantoso é que nada disso é capaz de causar o mínimo de envergonha na cara delas nem de constrangimento moral, certamente pelo explícito sentimento de que isso é normal, quando o autêntico sentimento do ser humano normal o repele, de forma veemente.
Há casos em que políticos graduados, grandes caciques, ainda ficam bradando aos quatro cantos que a Justiça precisa se ajoelhar aos seus pés e pedir desculpas, diante das injustiças, porque eles, na verdade, são vítimas e, o mais grave disso, é que os fanatizados acreditam piamente em tudo o que eles dizem, quando deveriam ter vergonha na cara e dignidade de sentimento para exigirem que seus líderes provem, com elementos juridicamente válidos, a sua inocência, como é normalmente feito nas nações sérias, civilizadas e evoluídas, em termos políticos e democráticos.
Nessas mesmas nações, além da prisão dos envolvidos, todos perdem os direitos políticos e o partido envolvido em escândalo é simplesmente extinto, como forma de punição exemplar, ou seja, ele deixa de funcionar, para o bem do interesse público e a purificação dos princípios democráticos.
Causa perplexidade que, em pleno século XXI, ainda exista parte da população que se permite ser levada pelo inconsequente sentimento ideológico, o que é absolutamente natural, mas isso não é motivo suficiente para justificar a inexorável promiscuidade quanto à responsabilidade, ao zelo e à defesa dos princípios essenciais da decência, idoneidade e integridade, indiscutivelmente entrelaçados com a moralidade e a dignidade, sabendo-se que os casos de corrupção são da responsabilidade pessoal e individual, mas eles passam e se transferem para a própria sociedade quando ela, implicitamente, a assume e, a partir daí, passa a ser cúmplice com as irregularidades havidas, com o abono delas, principalmente em um processo eleitoral, em que os eleitores, ao votarem em candidatos de partido desmoralizado, em termos de legitimidade, pela contumácia da prática de corrupção, estão se alinhando a ele e concordando com o entendimento de que é normal qualquer espécie de roubalheira na administração pública.
O sentimento que se tem é o de que parte dos brasileiros concorda que não é preciso qualquer combate à corrupção e à impunidade e isso fica muito cristalino com a sua adesão a candidato de partido que não consegue explicar nem justificar seus atos perante a Justiça e muito menos para a população, preferindo conquistar o poder com o apoio exatamente de quem demonstra absoluta satisfação com a roubalheira havida, não se preocupando que essa maneira irresponsável e ilegítima de gestão pública possa se repetir, em tão pouco tempo.
Não há a menor dúvida de que o povo tem o governo que merece e ele merece exatamente na extensão da sua mentalidade política e no tamanho exato do seu pensamento qual seja o significado dos princípios da moralidade, legalidade, probidade, entre outros exigidos na administração pública, ou seja, nenhuma validade, à luz da demonstração daqueles que querem, a qualquer custo, a volta da “felicidade”, como tem sido irresponsavelmente apregoado, que aconteceu exatamente para aqueles integrantes do partido que conseguiu dar o maior tombo nos conceitos republicanos pertinentes à boa e regular aplicação dos recursos públicos.
Por fim, convém que seja ressaltado o sentimento de muitos brasileiros, nas palavras precisas, claras e objetivas do futuro senador pelo PDT do Ceará, que disse, in verbis: "Tem de fazer um mea culpa, pedir desculpa, ter humildade e reconhecer que fizeram muita besteira. Não admitir os erros que cometeram é para perder a eleição. E é bem feito. Vão perder feio porque fizeram muita besteira, aparelharam as repartições públicas e acharam que eram donos de um país. E o Brasil não aceita ter donos.".
No que foi repelido sob vaias de militantes petistas, mas ele chamou de "babacas" aqueles que protestavam contra seu discurso e disse que o partido "merece perder", caso não faça autocrítica.
O senador eleito ainda criticou o PT, dizendo que "Foram essas figuras que acham que são donas da verdade, que acham que podem fazer tudo".
Como reação, a militância petista, que é altamente refratária às críticas, gritou o nome do ex-presidente da República petista, no que foi também mal interpretado pelo pedetista, que lembrou que ele está preso, dizendo: "Lula o quê? Ele está preso, babaca. Lula vai fazer o quê? Babaca, babaca. Isso é o PT e o PT desse jeito merece perder".
Ou seja, alguns políticos que não estão presos ao sentimento da conveniência ou do interesse pessoal ou partidário têm coragem de esboçar o seu caráter sobre o entendimento acerca das roubalheiras ocorridas nos governos petistas, mas isso, ao contrário, jamais terá o reconhecimento dos protagonistas, que preferem ignorar os fatos deploráveis e brigar pela reconquista do poder, possivelmente para mostrar que o seu povo merece realmente a voltar a ser feliz, evidentemente nos moldes do seu estilão de ser, não precisando prestar contas sobre as suas atividades políticas.
Enfim, com a possibilidade da mudança de mentalidade a ser implantada na administração pública brasileira, pelo novo presidente do país, espera-se não somente o salutar alívio de gestão extremamente egoísta e discriminatória, mas sobretudo que possa imperar a grande força democrática dos brasileiros honrados e de boa vontade, que tanto lutaram pela prevalência da dignidade na gestão dos recursos públicos, com a marca poderosa do sentimento de brasilidade, sob os auspícios dos princípios republicano e democrático. Acorda, Brasil!
Brasília, em 26 de outubro de 2018

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