Hoje é chamado de Sábado Santo,
diante da evocação de sentimentos difíceis, depois da morte trágica de Jesus
Cristo, em que predomina a tristeza e o desespero diante da solidão, depois da
parte do Mestre.
Não obstante, o sábado é
antevéspera da Páscoa, que significa passagem, que vem com a alegria da ressurreição.
A história mostra que o sábado,
seguido da crucificação de Jesus Cristo, é dia da Vigília Pascal, conhecido pelos
sentimentos difíceis de assimilação do sacrifício.
Enquanto seu filho era retirado da
cruz, a Virgem Maria chorava desolada a maior perda da sua vida e aproveitava aquele
momento para refletir, ao tempo que implorava por ajuda celestial, para
compreender todos os acontecimentos com o seu filho.
Logo em seguida, a fé Dela a
ajudava a adquirir confiança para se reposicionar diante dos trágicos acontecimentos,
na certeza de que apenas se confirmavam as escrituras sagradas e o seu coração
readquiria a alegria da vida eterna.
O certo é que a voz do Nazareno
se calara para sempre, restando as belas lições inovadoras e inconfundíveis de
justiça, caridade, acolhimento e amor.
Não é mais possível a sua
presença junto às pessoas, que se aproximavam Dele, felizes com o acolhimento e
as curas realizadas uma atrás da outra, em ritual que se renova costumeiramente,
pois Jesus se satisfazia em operar o bem do seu próximo e não se conformava com
o sofrimento de ninguém.
Reinavam momento de muita esperança
com a presença de Jesus Cristo entre os seus admiradores, porque a presença Dele
era a certeza do acalento, do amparo e do contraponto às dificuldades daqueles tempos.
Sim, é muito difícil para aqueles
que gostavam da presença de Jesus Cristo, depois que foi visto que Ele não estava
mais no meio das pessoas, usufruindo das palavras de conforto e de esperança
pronunciadas por pessoa que só praticava o bem.
Em que pese a dimensão da morte e
da solidão, o sábado precisa ser vivido intensamente pelos cristãos.
Este sábado é o dia em alguém
muito querido foi perdido pela incompreensão dos homens, mas há a certeza da
ressurreição e da glorificação eterna.
É preciso viver o sábado, de vez que
após o sábado vem o domingo e, nesse novo dia, a vida se mostra vitoriosa sobre
a morte.
O certo é que há o Jesus Cristo
sorridente e luminoso após a sua crucificação e de carne dilacerada.
Agora, só existem novos horizontes
e esperanças após as piores e amargas decepções, contribuindo para o amor
renasça nos corações dos cristãos, porque é preciso que esse amor refloresça e
se expanda renovado.
Convém que as pessoas vivam dignamente
o sábado de morte e solidão, na certeza de que logo a noite passa e aparecerá resplandecente
a madrugada da ressurreição.
Brasília, em 30 de março de 2024
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